segunda-feira, 30 de junho de 2008

COTIDIANO

O QUE FAZER NESSE FIM DE RECESSO ESCOLAR

Nesse fim de recesso o que podemos fazer é curtir bastante essa folguinha que sempre temos no meio do ano, porque daqui a oito dias já estaremos de novo no batente. Para nós professores o batente é a sala de aula. Lá teremos de ouvir a mesma coisa dos anos anteriores: “ôu, de novo aula! Era para demorar mais! Essas aulas de novo!”
E nós professores, ficamos com vontade de dizer a mesma coisa.
O que mais temos a fazer? Da parte dos professores temos bastante, principalmente para os que ainda não corrigiram as atividades antes do recesso.
Para os alunos, se não foram dar um passeiozinho ali em Mossoró, Natal ou Zona Rural da cidade, se puder, faça isso. Pelo menos na zona rural, como num assentamento desses daqui, é bom. Vão e tenham uma experiência de vida diferente. Lembrem-se de que vocês ainda têm muito que aprender. Sintam o cheiro do mato ao acordar ou o berrado de um ovelha ou um mugido de uma vaca. Vão, porque lá não tem muriçoca. Nem livro ou caderno para “atormentar”. Estou falando só para uma parcela de pessoas que não merecem o titulo de estudante.
Ah! Há lugares por aí no sítio que também há livros para ler. São as chamadas “Arcas das letras.”
Dormir. Para quem gosta, é bom demais. Mas cuidado! Não vão ficar mal acostumado porque na próxima semana as aulas vão recomeçar.

domingo, 29 de junho de 2008

COMPORTAMENTO

PALAVRAS QUE NUNCA USEI

Nasci em um dos anos da década de 60. Bastava eu ter dito que nasci em 1965, mas preferi encompridar a conversa para encher umas linhazinhas. Quero através desse texto falar um pouco sobre as palavras que estão em moda e as que eu nunca pronuncio. Por exemplo, eu nunca chamo alguém bem vestido como um mauricinho. A patricinha é a mocinha bem vestida. Pagar mico é passar vergonha. Eu quando passo uma vergonha eu digo que passei vergonha e nunca que paguei um mico. Se alguém está atento, eu digo que ele está atento e nunca antenado. “Antenado” é o nome da coluna de Anaximandro no Jornal de Upanema.
São essas e outras expressões que não consigo me expressar. Prefiro falar direto. Se bem que às vezes faço um arrodeio tão grande pra dizer uma coisa que o leitor se desespera e pensa que eu não vou chegar ao fim do assunto. Chamo alguém que é chato, de “chato” e nunca mala. Existe até o mala sem alça, que é aquele que está ali pra dificultar, atrapalhar. Mas para esses, eu digo que ele atrapalha, dificulta, mas nunca que ele é uma mala sem alça. Nem com alça.

sábado, 28 de junho de 2008

CONVERSA VAI, CONVERSA VEM

MAS É CLARO!

Estava eu num lugar acolá e de repente, conversa vai, conversa vem, um homem contava uma história de duas irmãs velhas, que depois de o pai e a mãe morrerem, elas ficaram pra titia. Não. É melhor que eu diga que elas ficaram no caritó ou não se casaram porque não encontraram quem elas queriam e nem quiseram quem as queria. Bom. Nem é preciso dizer que as duas moravam na casa deixada pelos pais. Ao começar a contar a história, o dito cidadão do começo do meu texto lascou: “havia duas irmãs. Uma era mais nova que a outra.” Nesse instante, um outro, muito observador, saltou de lá e disse: nem precisava dizer que uma é mais nova que a outra, a não ser que elas fossem gêmeas.

sexta-feira, 27 de junho de 2008

NOSSA LÍNGUA

O TEIMOSO

Nunca vi uma gente tão teimosa como esse povo que diz récorde, em vez de recorde. A verdade é que muitas pessoas utilizam a língua pátria a torto e a direito sem importar com o que diz.
Como é notório, a palavra dicionarizada corretamente deve ser pronunciada como paroxítona, ou seja, com o acento prosódico na penúltima silaba, não na antepenúltima. Ou melhor esclarecendo, deve ser dito recorde e não récorde.
Pelo andor da carruagem estou convicto de que a frase atribuída a um nazista a qual dizia que uma mentira pronunciada mil vezes tornar-se-á uma verdade, tem um fundo de verdade. Foi assim com outras palavras da língua, que aos poucos se tornaram outras consagradas e aceitas pelo povo. “Cadê” consagrou-se e ninguém mais se lembra de “que é de?”
Eu ainda faço parte da resistência ao “récorde”. Mas já estou sentindo que dia mais dia perderei a batalha. Vi um certo dia num dicionário não muito tradicional que a palavra em questão estava acentuada. Fiquei um pouco desconcertado, mas serviu para que eu tomasse consciência que a língua evolui. Se as palavras nascem, crescem e procriam, elas poderão, se transformarem como os lagartos se transformam em borboletas. Por que não? Mas por enquanto, conclamo as pessoas do país inteiro a resistirem e escreverem recorde, enquanto o “lado de lá” não vence a questão.

COMPORTAMENTO

LÁ E CÁ

Lá tem plantas pra gente sentir o cheiro. Aqui tem muita fumaça de padaria e cheiro de gasolina.
Lá não tem. Aqui tem bastante muriçoca. Tem tantas pra bater de vara. Não precisamos nem chamar, pois elas vêm. (Estejam de olho na gramática: no próximo ano quando eu for dizer que para as muriçocas não precisamos nem chamar pois elas vêm, não botaremos mais o acento).
Lá ouvimos ao acordar o mugido de bichos. Aqui, uma zuada de carros e motos. (Se bem que lá também já tem isso).
Lá temos um ar puro. Aqui o ar é misturado com tanta coisa que nem sei dizer.

CÓDIGO PARA COMPREENDER ESTE TEXTO:
Lá: Zona Rural
Cá: Zona Urbana

quinta-feira, 26 de junho de 2008

ELEIÇÕES 2008

O LADO DE CÁ E O LADO DE LÁ

Mais uma vez vamos ouvir frases que só escutamos de quatro em quatro anos. São aqueles casos como quem aniversaria em ano bissexto. Como dizia, este ano é ano de ouvirmos muita coisa diferente dos anos normais, ou seja, no período eleitoral:
- O lado de lá está dizendo que se ganharmos a eleição vamos acabar com...
- Diz o candidato do lado de lá que...
- O lado de lá, já se sentindo derrotado, fica caluniando o lado de cá, que é o da vitória.
- O lado de lá está desesperado.
- O lado de lá só diz mentiras.
- O lado de cá só diz a verdade.
- O lado de lá anda espalhando por aí que não somos competentes.
- Não confiem no lado de lá.
- No lado de cá, sim, vocês podem confiar.
- Você escolhe em quem votar: no lado de cá, que é o da verdade, do trabalho.
- Ou no lado de lá, que é o da mentira, etc, etc.

quarta-feira, 25 de junho de 2008

RENOVAÇÃO

EDIÇÃO DE JULHO DO JU

Estreou no Jornal de Upanema no mês de junho o engenheiro agrônomo Zé Wilson Tavares. Ele escreve sobre o campo. Ele veio preencher uma lacuna no periódico.
A coluna denomina-se “Agronotas” e é dividida em três partes: O “Aconteceu”, na qual ele relata os acontecimentos na área rural e o setor produtivo; na segunda parte o colunista apresenta soluções para a agricultua local em “Semeando opinião". A terceira e última parte é “Gente da agricultura”. Nela Zé Wilson destaca as pessoas que vivem do campo e no campo. No mês passado ele apresentou o casal Machado/Marinete. Neste mês ele destacará mais gente que vive da agricultura. Já sei quem é, mas não digo. Vamos esperar para a próxima edição do JU. Bem-vindo, Zé!

terça-feira, 24 de junho de 2008

ELEIÇÕES 2008

O PODER

Nicolò Machiavelli é constantemente citado pelos estudiosos da política como um grande estrategista que ensina como os políticos governam de maneira camuflada. O florentino do século XV deixou uma obra de cabeceira dos políticos, dizem algumas línguas por aí. Não sei se isto é verdade visto que nunca olhei a cabeceira de nenhum, mas até que gostaria de tirar isso a limpo. Só sei que “O Príncipe” é a obra-prima de Maquiavel. É uma leitura muito pesada à guisa de Machado de Assis quando o leitor é principiante. Numa época que o poder não era conquistado como hoje, ou seja, pelo sufrágio do voto, ele fala, no capitulo II, dos principados hereditários e como eles podem ser governados e mantidos. Não podemos comparar com os governos de hoje pelo motivo acima. Como se manter no poder é o tema principal da obra de Maquiavel. Sua obra é tão importante para o poder que muitos políticos de hoje, mesmo inconscientes, utilizam os métodos maquiavélicos. Uma informação: Maquiavel não foi maquiavélico porque não podia ser.

segunda-feira, 23 de junho de 2008

FEIRA DE UPANEMA

VÃO À FEIRA OU À CAMARA

Hoje não posso marcar presença na feira livre de Upanema porque estarei ausente pela parte da manhã. Não poderei comprar ovos, mel ou pamonha na banca das assentadas do Esperança ou Sorocaba; não poderei chupar um dindin no carrinho de Inácio Veloso; não poderei escutar aquele barulhão dos feirantes vendendo cada um o seu produto naquela barulheira que muitos alunos fazem na sala e acham-se os tais fazendo isso. Não estarei lá, mas recomendo que quem puder, vá. Ou se não der, vá à Câmara de vereadores ver o que eles dizem lá. Não esqueçam que este é o ano deles. É neste ano que eles vão botar pra fora tudo que prometeu em 2004. It’s now or never!

domingo, 22 de junho de 2008

COMPORTAMENTO

AOS QUE DEIXAM OS OUTROS PREOCUPADOS DEMAIS

Sei de uma história que uma pessoa me contou de uma filha, no auge de sua juventude, num tom de zombaria disse para a mãe: vixe, mãe como a senhora tem cabelos brancos!
A mãe, sem pestanejar, explicou, num tom professoral: minha filha, cada cabelo branco que tenho representa uma preocupação que você me deu. Os cabelos brancos que tenho são as noites mal dormidas por causa de você, seja pelas suas doenças, seja pelas vezes que você me deixou contrariada e fez ruindade e me machucou bastante.
A historinha já terminou, mas a reflexão ficará por sua conta, caro leitor, cara leitora, que neste domingo estava esperando um texto meu que prestasse. Então escrevi este. É só que tenho para o momento. Mais tarde talvez eu tenha outros.

sexta-feira, 20 de junho de 2008

DICIONÁRIO

PERSEGUIÇÃO

Há anos tenho perseguido a origem da palavra “sostôr”, ou seja, de onde ela veio, como foi formada etc. Eu sei e você sabe, por exemplo, que a palavra cadê veio primeiramente de “que é feito de?” Depois evoluiu para “quêde”, depois “quedê” e agora conhecemos como “cadê. O nome ficou tão famoso que virou até ferramenta de pesquisa na internet.
Outra palavra que também sei sua origem (e você também sabe) é o uso do você. “Sua origem etimológica encontra-se na expressão de tratamento de deferência "vossa mercê", que evoluiu sucessivamente a "vossemecê", "vosmecê" e você. "Vossa mercê" (mercê significa graça, concessão) era um tratamento dado a pessoas às quais não era possível se dirigir pelo pronome tu.” (Enciclopédia Wikipédia)
Disso nós sabemos, mas o sostôr...!
A perseguição à palavra continua. Não desisto fácil. Já fiz até buscas no Yahoo, e nada!
Cadê, minha gente a origem de sostôr?
Sostôr ninguém saber a origem de sostôr! Sostôr!

quinta-feira, 19 de junho de 2008

O QUE VOCÊ NÃO ENCONTRA NEM NO BLOG DE SILVA JÚNIOR NEM NO BLOG DE ANAXIMANDRO

O DINDIN AQUI E ALHURES

Segundo o Diconário Upanemês,dindin é uma “iguaria feita de frutas ou ki-suco e congelada, colocada num saquinho.” Geladinho é outro nome dado a esse símbolo dos nordestinos. Mas o dindin não é chamado só de geladinho. Há cidades do Nordeste que ele é também chamado de tubiba, disse um viajante que passou por aqui hoje. Aqui nós chamamos geladinho o dindin industrializado.

Receita de dindin que peguei na internet: (alguns preferem "dindim")

Dindim de Coco (Sorvete)
Receita indicada por: Ana Teresa Mariano

“- 1 coco ralado
- 1/2 litro d1água
- 2 xícaras de açúcar

Colocar o coco ralado em uma vasilha, e levar a água ao
fogo.Quando estiver fervendo retirar do fogo e
despejar no coco, espremer e coar , juntar o açúcar,
colocar nos saquinhos, amarrar e levar ao freezer para
congelar.
Desta forma você faz com qualquer fruta.”

“Me leva aos tempos de criança. Aqui em
Salvador e no Recôncavo Baiano, chama-se
geladinho", disse a internauta Vera Costa (Vera da Bahia).

quarta-feira, 18 de junho de 2008

COTIDIANO

DIA INTERNACIONAL DO MUSEU

Hoje é um daqueles dias em que muita gente nem sabe o que é comemorado. Um dos motivos é por causa da relevância, presença e cultura na cidade. Upanema nunca teve um. Mas pode ter. O Dia Internacional do Museu é hoje. Só descobri porque há pouco consultei um site e ele me informou.
Mas o museu daqui poderá ser criado. Mas isso é já coisa para a próxima administração.

terça-feira, 17 de junho de 2008

ELEIÇÕES 2008

OUTRA FASE DAS ELEIÇÕES

Já chegamos na reta final dos prés. Dia 30 próximo finda os prazos para as convenções. Aí onde o processo eleitoral entrará noutra fase, que é da campanha propriamente dita e escancarada. Por enquanto ainda a peleja do vice situacionista é um assunto na boca do povo. O vice da oposição já parece estar consolidado. Mas só em termos, porque um jogo só termina no fim. Não esqueçam que o Flamengo conquistou um título contra o Vasco da Gama no último minuto. E olhem que o time cruz-maltino precisava de um empate e o meu Flamengo, da vitória. Rondinelli fez o gol. O vice de Luiz Cândido em 1982 era Agenor Vitorino até alguns dias antes. Rosvaldo Bezerra veio de última hora e papou pra ele. Observem bem que a história é sábia e inexorável!

segunda-feira, 16 de junho de 2008

COLUNA DE ESPORTE

GUERRA BRASIL X PARAGUAI

No meado do século XIX o Brasil enfrentou o Paraguai na famosa guerra, cujo vencedor foi o nosso país. Solano Lopez e suas tropas foram derrotadas pelas nossas. No duelo de ontem, o solano paraguaio venceu. Dunga representou o fracasso brasileiro e não apresentou um time que vencesse ou convencesse ninguém. Deu no que deu: Paraguai 2 e nós, 0.

UM OLHAR SOBRE A CIDADE

VAQUEJADA

A vaquejada na cidade torna a cidade ora vazia, ora movimentada. É que o esporte preferido de alguns mexe com uma parcela da população, que mesmo sem apreciar nem entender de correr e derrubar bois, é atraída pelo forró, que também é um divertimento. A verdade é que muita gente vai participar do evento pelo fato de não ter outra opção de lazer ou divertimento.

domingo, 15 de junho de 2008

ELEIÇÕES 2008

AINDA A QUESTÃO DO VICE

O tema da escolha do vice na chapa situacionista já está bastante esgotado e saturado que qualquer comentário nesse momento não irá contribuir e nem remediar a situação. Mas só para rimar, vou fazer uma provocação/ aos que neste momento estão,/ com muita atenção/ lendo esta informação/ desligue a televisão/ leia uma observação/ publicada no veiculo de comunicação/ do nosso torrão/ Jornal de Upanema/51ª edição/ página 10/ próximo a resenha da 29ª sessão (Câmara de vereadores.)

sábado, 14 de junho de 2008

NOSSA LÍNGUA

SANTO ANTONIO ME ENGANOU

A expressão “Santo Antônio me enganou” ainda é corrente na boca das pessoas. Ela surgiu por causa das promessas que muitas moças faziam ao santo casamenteiro. E como muitas vezes a expectativa era frustrada, elas resolviam botar culpa em Santo Antônio. Acho que esta é a melhor explicação para a expressão.

EDUCAÇÃO

PARA QUE SERVE A ESCOLA?

Observo diariamente as produções de textos dos alunos e fico com vontade de desistir de ensinar. O meu desencanto é porque vejo que a cada dia eles pioram em suas produções. Há pelo menos dois outros problemas graves que diagnostiquei (parece coisa de médico) neles: a letra feita toda de fôrma e a escrita com lápis comum, ou a carvão, como dizíamos nos bons tempos da escola. Perco tanto tempo nessas picuinhas que não consigo resolver outros graves problemas como os de ortografia e coerência. Diante disso, fico me perguntando: para que está servindo a escola? Sobre outros problemas como o de ortografia escreverei noutra blogada.

sexta-feira, 13 de junho de 2008

REMINISCÊNCIAS DA POLÍTICA

NELSON E ZEZÉ

Na semana que agora se finda eu quase teimo com um cidadão sobre a política local. Quase teimo, disse, porque logo parei e disse que ia consultar alguém mais sabido do que nós dois. Ele queria ver uma semelhança entre a chapa situacionista que está sendo cogitada (Maristela/Naide) e uma do passado (a eleição de 1976). Ele dizia que Seu Nelson foi candidato a prefeito fazendo dobradinha com Zezé (vice). Não. Absolutamente não. Eu era criança e só tinha onze anos, mas tenho certeza que não foi assim. Tenho ao meu lado a autoridade de Inez e Zé Wilson Tavares que mostram em seu livro “Upanema: a história dos três poderes (de distrito a cidade), na página 9: “O Movimento Democrático Brasileiro lançou duas candidaturas, a chapa formada por Manuel Nelson e Raimundo Nonato Gonçalves e uma segunda chapa formada por José de Anchieta Freire e Antonio Oton Bezerra.” Como vêem, José de Anchieta Freire (Zezé do Poré) era cabeça de chapa e não vice, como teimou lá o cidadão. O MDB tinha duas chapas num sistema de sublegenda. Sem conhecer os detalhes acima, o dito cujo queria ver nisso uma nova versão de Poré/Nelson.
Se o leitor me entendeu, verá que estou coberto de razão. Ou não?

quinta-feira, 12 de junho de 2008

UM OLHAR SOBRE A CIDADE

UMA TRADIÇÃO QUEBRADA

Quem teve o trabalho de dar um rápido olhar sobre a cidade hoje à noite verificou que a tradição da fogueira de Santo Antonio está aos poucos sendo queimada. Quem queimou? Perguntará o leitor, entre satisfeito e perplexo. Quem queimou a tradição foi as modernas teologias que querem de fina força apagar da memória do povo tudo que cheira a tradição. Para as novas teologias, a tradição é uma inimiga da verdade. Mas não é. A tradição pode ser boa. O encanto da fogueira é uma festa e um patrimônio que estamos perdendo. Só para terminar: os mesmos que defendem o fim da tradição constroem outras do mesmo gênero. Só o que vejo de positivo em não se fazer mais fogueira é a não queimação de alguns gravetos de lenha. Só isso e nada mais.

NAMORADOS

UMA CINCERIDADE E TANTO

A fase do namoro é dentre todas a melhor. É a fase do encanto da vida ao máximo. Os namorados sabem disso mas nem todos aproveitam bem o momento porque “pensam” que aquilo nunca vai acabar ou a própria fase faz com que isso ocorra. Muitos namorados se dão ao luxo de passarem boa parte do tempo brigando. Nessa fase é o tempo do preparo para a seguinte. Infelizmente poucos fazem isso com propriedade. E os que o fazem nem sempre logram bom êxito porque os relacionamentos humanos são muito complexos. Outros vão ao extremo e num dia como hoje fazem loucuras de amor como a oferta de um presente caro, demonstrando uma cinceridade sem tamanho.

ELEIÇÕES 2008

OS MUROS VÃO CAIR

Há uma canção de Padre Zezinho dos anos 80 que dizia assim: “os muros vão cair/ e mesmo que demore muito/ eu só sei dizer que os muros vão cair.” Ao ver muita gente dizendo que está em cima do muro sem decidir de qual lado vai votar, eu me recordo da letra da música acima citada. Essa indecisão quase sempre é de mentirinha. Se bem conheço os que estão “em cima do muro”, boa parte pelo menos, estão fingindo que estão em cima, mas na verdade eles estão bem embaixo, posicionados. Digo isso porque numa eleição dessa, polarizada como é, as pessoas já se decidiram em quem votar, tirando as raríssimas exceções. Os “apaixonados” (nada a ver com o dia de hoje) contemplam uma boa parcela de eleitores certos de uma ou outra coligação. Há outros que votam em alguém porque estão amarrados a alguma coisa. Só eles é que sabem de si. Não vou tentar explicar porque não sei. Só sei por enquanto que se os que se é verdade que muita gente está em cima do muro, este não irá agüentar e a profecia de Padre Zezinho vai cumprir-se, ou seja, os muros vão cair.

quarta-feira, 11 de junho de 2008

UM OLHAR SOBRE A CIDADE

PAUTA PARA A CAMPANHA

A minha primeira postagem sobre “Pauta para campanha” será dirigida especialmente para os pré-candidatos à edilidade (de edil=vereador). Mesmo sabendo que um vereador não possa fazer tanta coisa em prol do cidadão/eleitor, um postulante a tal cargo precisa levar ao eleitor propostas que tenham praticidade. Primeiro é preciso que ele conheça as leis que regem o país, a começar pelas Constituições Federal, Estadual e Municipal. A municipal (Lei Orgânica) é de fundamental importância o seu conhecimento. Lamentavelmente muitos desses pré desconhecem por completo. Mas a sugestão aqui fica: se você pretende ser vereador, se liga na nossa Lei Orgânica porque ela tem muito o que revisar, acrescentar, emendar, etc. E é através do cumprimento de suas leis é que o município poderá crescer.

terça-feira, 10 de junho de 2008

LIVROS

VITÓRIAS ALHEIAS

Ao ler o livreto “Câmara Cascudo, meu pai”, de Anna Maria Cascudo Barreto, encontrei uma frase inteligente e interessante sobre o folclorista rio-grandense-do-norte. Diz a autora que ele “vibrava com as vitórias alheias e cultivava com dedicação as amizades.”
É ver um povo que eu conheço!

segunda-feira, 9 de junho de 2008

LIVROS

UM APELO PÚBLICO

O livro “Upanema: A história dos três poderes (de distrito a cidade)”, de autoria de Zé Wilson Tavares e Inez Tavares foi publicado em setembro de 2003. O livro tem 27 páginas e tem a seguinte divisão: Poder executivo, poder legislativo e poder judiciário.
Agora vem a minha vez de reclamar dos autores: porque não ampliam o livro até se tornar um compêndio mais rico de informações?

domingo, 8 de junho de 2008

COTIDIANO II

CHUVA DA TARDE E INTERNET

A propósito de chuva, lembro-me de um leitor do blog de Silva Júnior que comentou a respeito da relação entre chuva e internet. Ele escrevia (não posso nem citar seu nome, pois era anônimo – ô povo pra gostar de brincar de esconde-esconde!) quando Silva noticiava que em Upanema estava chovendo. Aí ele saiu-se com essa: “como pode? Pode em Upanema ter chuva e internet ao mesmo tempo?” Com a palavra, os sabidos, pois disso aí, eu sou mascarado de vocação. (Inclusive nesse instante tem chuva e internet ao mesmo tempo.) Pode ter chuva e internet ao mesmo tempo em Upanema, sim. Agora não sei dizer o por quê.

COTIDIANO

CHUVA DA TARDE

Uma chuvinha transformou-se numa chuvona esta tarde. Veio para quebrar a rotina do é-não-é-pré-vice-da-chapa-prefeitista-basista. Veio também mexer, esfriar e encharcar nossos pobres couros nordestinos que mesmo depois de vários meses de chuvas ainda não se acostumaram com isso. Sabem para o que mais a chuva veio hoje à tarde? Veio para encharcar o solo upanemense que ainda sofre os efeitos das recentes chuvas. E os pré-vice?
Não posso resolver os problemas deles assim como não posso parar essa neblina que já se arrasta um bocado de minutos. Não sei quanto tempo chove porque dormi. Os pré-vice são de ferro. Eu não!

HOJE É DOMINGO

NOSSA BARRAGEM

Hoje é dia de visitar a Barragem Jessé Pinto Freire, a conhecida Barragem de Umari. Por que visitá-la? Acho que é porque ela mais uma vez foi esquecida por nós, só pelo fato de não ter recebido grande volume de água e consequentemente ter sangrado.
Sim, já ia me esquecendo: Se forem de carro, me levem, pois também já estou com saudades dela.

sábado, 7 de junho de 2008

NOSSA LÍNGUA

A REFORMA ORTOGRÁFICA

Com o advento da reforma ortográfica, haverá um barateamento de livros, principalmente gramáticas e dicionários. O fato será bom pra mim e também para todos os que gostam do que é bom e barato. Há um motivo óbvio disso. Ninguém ou quase ninguém quer comprar um produto que não seja atual. Com as regras da ortografia deve ser a mesma coisa. As novíssima gramáticas tornar-se-ão “velhíssimas” gramáticas muito breve. Os dicionários atualizados tornar-se-ão “atrasados” daqui a pouco tempo, ou seja, alguns meses. A regra do HÁ e A não está incluída na nova ortografia. Ainda bem, porque estou tão acostumado a usar HÁ para passado e A para futuro que se mudasse, eu estranharia bastante.
Ainda sobre o possível barateamento dos livros, isto são apenas conjecturas. Apenas conjecturas minhas.

NOSSA LÍNGUA

ELEIÇÕES MUNICIPAIS

Como geralmente fazemos exercícios e não exercício para os alunos, assim também sempre a cada ano eleitoral não temos eleição, mas eleições. Por que? Dirá o leitor escandalizado com a língua de Camões, que em cada regra complica o nosso falar e o nosso escrever. É simples. Em cada ano eleitoral nós temos uma eleição para prefeito, ou seja, elegemos um prefeito. E uma eleição para vereador, que legitima os cargos legislativos. Então, são duas eleições. Seguindo esse raciocínio, temos em 2008 as eleições municipais.
Com os exercícios são a mesma coisa: quase sempre sugerimos mais de uma questão, ou seja, cada questão é um exercício. Seguindo esse raciocínio, o professor deve dizer que vai fazer exercícios com os alunos e não exercício, a menos que ele faça somente uma questão.

sexta-feira, 6 de junho de 2008

COTIDIANO

O PERIGO DOS BALÕES

Os balões juninos (não muito comuns por aqui) são bastante perigosos se soltados em áreas florestais. Aliás, soltar balão é crime porque atenta contra a vida das pessoas e já tem feito muitas vítimas por aí.
Aqui só temos as bombinhas (traques) de pequenos e médios portes, que também causam danos à nossa saúde e poderão agredir o nosso aparelho auditivo.

ELEIÇÕES 2008

PT LOCAL: UMA CHANCE QUASE PERDIDA(?)II

Agora a história mudou positivamente para o partido. Percebemos claramente que a chance de conquistar o poder por aqui está sendo desperdiçada. No dia 18 de maio Naide Fernandes foi eleita para compor a chapa com a enfermeira Maristela Freire. Para quem pensava que seria a solução, se enganou, pois a eleição transformou-se em episódio e racha.
Na época da eleição de Naide veio à tona um nome que poderia unificar e apaziguar os ânimos de todos: seria a volta de Socorro Oliveira, como vice. Quem primeiro lembrou disso não fui eu, mas alguns leitores do blog de Silva Júnior, o upanema.blogspot.com. Reproduzirei ipsis literis os comentários: “Oi Silva.jr, lendo essa última atualização, pensei que uma outra possibilidade seria o nome de Socorro Oliveira. Gostaria que você postasse essa possibilidade no seu blog. De uma coisa eu sei: ela (Socorro) unifica todo o PT. E não faz parte de nenhum dos dois grupos.” Anônimo disse... Ainda bem que apareceu o nome q pode ser consenso!!!!!!!!!!!!! Upanema pede SOCORROOOOOOOOOOOOOOOO VIXi como foi bom eu nem votava.... se votasse nunca q eu poderia .... naquele tempo que o PT visto como tudo de ruim..... e a minha família era toda enrolada ainda bem que a "Repressão acabou" . Anônimo disse... Atenção Stela! Está aí a saída, Peça Socorro ao PT. Se o povo do PT tiver juizo acaba com essa briganhada e coloca Socorro como vice.” A história que até agora era bonita, está ficando feia.
Agora já há outros nomes postos para a disputa interna, pois pelo que parece, a novela ainda terá outros capítulos com um final feliz. Ou não, como diria Caetano. Recentemente surgiu o nome de Júnior professor, que também é vice, mas vice-diretor do Calazans e está, digamos, no meio do “chafurdo” visceral. Depois dessa, o caldo vai engrossar cada vez mais. Cabe ao PT agir nesse momento com a maior cautela possível e o maior juízo possível para resolver o problema que se agigantou e já alcançou grandes proporções. Agora o partido não pode perder a grande chance real de chegar ao poder. Do outro lado da questão, o PMDB não pode dar-se ao luxo de perder o PT com seu grande discurso e o embalo da popularidade de Lula pelas casas populares, bolsa-família e outros benefícios.
E lembrem-se: é melhor resolverem o problema do vice porque quem pode sair ganhando poderá ser o adversário. E vice... nem puxa muitos votos a favor, nem é muito lembrado na campanha. Só os cabeças-de-chapa é que são o carro-chefe. Vice não ajuda tanto, mas pode atrapalhar. Vice?

quinta-feira, 5 de junho de 2008

ELEIÇÕES 2008

PT LOCAL: UMA CHANCE QUASE PERDIDA (?)

O PT é um partido de grande história ao mesmo tempo bonita e feia. Considerando o partido em termos de Brasil, ele começou sua história em 1980 firmado nas lutas sindicais e protagonizado pelo atual presidente da República. Hoje já alcançou a maioridade. A história bonita só durou até chegarem os escândalos do mensalão e outros que até me esqueci. Localmente falando, o partido também tem história bonita, apesar de muita gente não pensar assim.
Aqui o partido também tem história. Em 1988, o partido lançou a professora Socorro Oliveira como candidata a prefeita. Como vice, o agrônomo Evangelista e um certo número de vereadores. Em fins dos anos 80, uma pessoa do sexo feminino ser candidata ao cargo de prefeita soava como heresia braba. Apesar disso, não recuaram, mesmo tendo a consciência de que não tinham chance nenhuma de chegar à prefeitura, e pouca chance de eleger um vereador por causa do coeficiente eleitoral.
Em 1992 o partido continua marcando espaço na política. Lança Francisvan de França e vice, Lucas Evangelista. Também lançou um número de vereadores, que mais uma vez não somaram votos suficientes para ter um representante na câmara. Daquela vez ficou mais próximo. Depois daquele pleito, por algumas razões, incluindo o fato de que parte do diretório municipal tenha ido morar noutras cidades e não ter quem tocasse pra frente, o partido ficou sem representação. Durante três eleições municipais seguidas o PT não lançou nenhum candidato.

COTIDIANO

NOITES E MADRUGADAS DE JUNHO

As noites e madrugadas de junho estão se tornando quase insuportáveis por aqui tendo em vista o grande frio que está se abatendo sobre os nossos couros desde o comecinho do mês. Por mais que a gente tenha consciência que é assim mesmo e a gente não dá jeito, não nos acostumamos do fato. Os lençóis não impedem de sentirmos tanto frio. O certo é que é melhor nos acomodarmos porque a friação irá até o fim deste mês ou poderá ainda se estender até julho. Nada podemos fazer a não ser nos protegermos da melhor forma possível.

quarta-feira, 4 de junho de 2008

NOSSA LÍNGUA

REFORMA ORTOGRÁFICA EM PAUTA

Há notícias de que no próximo ano a nossa amada língua vai sofrer algumas modificações. Ora, se a língua vai sofrer, o povo também vai sofrer com as mudanças porque mudanças mexem e remexem com nossos comportamentos. A regra da inclusão das letras k, w e y não vai perturbar ninguém porque as letras já são usadas diariamente e muitas vezes abusivamente. Muitas pessoas trocam o belíssimo i nosso pelo y e assim por diante. O mais grave é que dizem que não gostam de inglês. E se gostassem?

terça-feira, 3 de junho de 2008

ELEIÇÕES 2008

NINGUÉM AINDA É CANDIDATO

O dia 5 de julho é a data-limite para que os partidos políticos e coligações apresentem no cartório eleitoral o requerimento de registro de seus candidatos aos cargos de prefeito, vice-prefeito e vereador. Assim, não é correto o que muita gente diz: “Eu sou candidato!” Então, o pessoal que assim se expressa deve ter muito cuidado com o que diz pois a legislação eleitoral não permite isso. Por enquanto só existem pré-candidatos. Alguns são pré e depois perdem até a patente de pré e ficam desPREzados.

segunda-feira, 2 de junho de 2008

ELEIÇÕES 2008

UMA FALTA E UM ALÍVIO

Uma coisa que até agora não tivemos que aturar nessa guerra de pré-vice-fulana e pré-vice-sicrana foi os tais fogos de artifício. Pense num negócio choco e sem futuro! Em certos momentos até que tem sentido. Mas há tempos em que eles botam pra moer. Soltam fogos por nada. A gente está muito tranqüilo, aí lá vem eles com aquele tiro que deixa a gente perturbado. Ô coisa choca, minha gente!

domingo, 1 de junho de 2008

HOJE É DOMINGO

NOSTALGIA 

Os domingos de hoje não são os mesmos de antigamente nos quais as pessoas iam para as praças ou visitavam os amigos. 

Não temos mais o cenário da música “Domingo feliz”: 

Meu domingo alegre vai ser
Pois pretendo sair com você
Iê, iê, iê, que dia feliz.

De mãos dadas 
Vamos andar
Muitos beijos iremos trocar
Iê, iê, iê, que dia feliz”. 

E no período que antecede as eleições é que a rotina muda consideravelmente. Por exemplo, no dia de hoje muita coisa rolou por aí. Só vamos saber de tudo quando olharmos os blogs da dupla de irmãos Silva e Anax.

CHUVA DE ONTEM

Apenas quatro milímetros.