sábado, 22 de fevereiro de 2025

O CAFÉ: É SÓ O QUE SE FALA

O café - "Coffea arabica, tornou-se popular em princípios do séc. XIX, alcançando os sertões no meado da centúria." Afonso d'E. Taunay.

Estimulante pelo alcaloide, nutritivo pelos hidratos de carbono, reconfortante, animador, indispensável das velhas refeições. era veículo de encantos e bebida preferida para filtros amorosos, coado na fralda da camisa da candidata, misturado com excretos humanos, com poderes irresistíveis. Era contraveneno, antibáquico, podendo, sozinho, alimentar durante dias de marcha ou de trabalho. No Brasil era bebida de escritores, fonte de inspiração, comadre do cigarro fumegante. Venceu o chá que entre nós, para o povo, era sinônimo de socorro terapêutico. A borra ou o próprio líquido, atirados em superfície plana e branca, parede caiada, dava anúncios, profecias, palpites para o jogo-do-bicho, conforme o desenho que a nódoa simulava. Idênticos ou variantes do marc de café na Europa. Nos cafezais, plantios e especialmente colheita, operação obrigatoriamente manual, nasce um rico folclore de cantigas, sátiras, lirismos, superstições, fórmulas normativas de trabalho, ao derredor da tarefa fatigante, como nas apanhas do  algodão. (Dicionário do Folclore Brasileiro).

Nenhum comentário:

O CAFÉ: É SÓ O QUE SE FALA

O café - " Coffea arabica , tornou-se popular em princípios do séc. XIX, alcançando os sertões no meado da centúria." Afonso d...