terça-feira, 8 de outubro de 2024

COMO SE APRENDE?

Não há fórmula de se aprender qualquer coisa, mas quando se trata de aprendizagem escolar, indispensável é pelo menos ouvir ou escrever, ou ainda ouvir e escrever o que se estuda.

E com uma língua estrangeira a coisa piora se pensamos em aprender o mínimo do miníssimo sem pelo menos escrevermos algumas frases ou ouvirmos um nativo falar ou pelo menos praticarmos a língua oralmente.

Não se aprende sem praticarmos nada como muitos por aí tentam.

O QUE APRENDI EM POLÍTICA

Voto livre

O voto é livre, mas muitos perdem a liberdade ao longo da campanha.

São livres, teoricamente, mas prendem-se com diversas algemas.

É como diz o poeta português Luiz Vaz de Camões em seu belíssimo soneto com referência ao amor:

É querer estar preso por vontade;
É servir a quem vence, o vencedor;
É ter com quem nos mata, lealdade.


PROVÉRBIO

A muita abastança não farta, mas enfastia.

segunda-feira, 7 de outubro de 2024

O QUE APRENDI EM POLÍTICA

Voto secreto

Temos o direito de votar secretamente. É o que diz a Constituição Federal:

A soberania popular será exercida pelo sufrágio universal e pelo voto direto e secreto, com valor igual para todos e, e nos termos da lei... (Artigo 14).

É secreto, mas poucos exercem esse direito.

PROVÉRBIO

A moderação nas coisas é o todo delas.

domingo, 6 de outubro de 2024

DOMINGO

DIA DE DECISÃO

Eleição diferente

A eleição em cidades onde há reeleição, o voto tem um significado a mais, além de uma simples escolha.

É como se fosse um plebiscito entre sim e não.

Plebiscito: consulta popular através do voto para a decisão de uma questão específica; referendo. (Dicionário escolar da Academia Brasileira de Letras)

A palavra em questão em seu sentido literal é desconhecida de muitas pessoas, inclusive do senhor Rodrigues na crônica de Artur Azevedo:

Manduca é o menino questionador.

De repente, o menino levanta a cabeça e pergunta:
– Papai, o que é plebiscito?
O senhor Rodrigues fecha os olhos imediatamente para fingir que dorme.
O pequenos insiste.
– Papai?
Pausa.
– Papai?
Dona Bernardina intervém:
– Ó seu Rodrigues, Manduca está lhe chamando. Não durma depois do jantar que lhe faz mal.
O senhor Rodrigues não tem outro remédio senão abrir os olhos.
– Que é? Que desejam vocês?
– Eu queria que papai me dissesse o que é plebiscito.
– Ora essa, rapaz! Então tu vais fazer doze anos e não sabes ainda o que é plebiscito?
– Se soubesse não perguntava.
O senhor Rodrigues volta-se para dona Bernardina, que continua muito ocupada com a gaiola:
– Ó senhora, o pequeno não sabe o que é plebiscito!
– Não admira que ele não saiba, porque eu também não sei.
– Que me diz?! Pois a senhora não sabe o que é plebiscito?
– Nem eu, nem você: aqui em casa ninguém sabe o que é plebiscito.
– Ninguém, alto lá! Creio que tenho dado provas de não ser nenhum ignorante!
– A sua cara não me engana. Você é muito prosa. Vamos: se sabe, diga o que é plebiscito! Então? A gente está esperando! Diga!…
– A senhora o que quer é enfezar-me!
– Mas, homem de Deus, para que você não há de confessar que não sabe? Não é nenhuma vergonha ignorar qualquer palavra. Já outro dia foi a mesma coisa quando Manduca lhe perguntou o que era proletário. Você falou, falou, e o menino ficou sem saber!
– Proletário, acudiu o senhor Rodrigues, é o cidadão pobre que vive do trabalho mal remunerado.
– Sim, agora sabe porque foi ao dicionário: mas dou-lhe um doce, se me disser o que é plebiscito sem se arredar dessa cadeira!
– Que gostinho tem a senhora em tornar-me ridículo na presença destas crianças!
– Oh! Ridículo é você mesmo quem se faz. Seria tão simples dizer: – Não sei, Manduca, não sei o que é plebiscito, vai buscar o dicionário, meu filho.
O senhor Rodrigues ergue-se de um ímpeto e brada:
– Mas se eu sei!
– Pois se sabe, diga!
– Não digo para não me humilhar diante de meus filhos! Não dou o braço a torcer! Quero conservar a força moral que devo ter nesta casa! Vá para o diabo!
E o senhor Rodrigues, exasperadíssimo, nervoso, deixa a sala de jantar e vai para o quarto, batendo violentamente a porta.
No quarto havia o que ele mais precisava naquela ocasião: algumas gotas de água de flor de laranja e um dicionário…
A menina toma a palavra:
– Coitado do papai! Zangou-se logo depois do jantar! Dizem que é perigoso!
– Não fosse tolo, observa dona Bernardina, e confessasse francamente que não sabia o que é plebiscito!
– Pois sim, acode o Manduca, muito pesaroso por ter sido o causador involuntário de toda aquela discussão: pois sim, mamãe, chame papai e façam as pazes.
– Sim! sim! façam as pazes! Diz a menina em tom meigo e suplicante. Que tolice! Duas pessoas que se estimam tanto zangarem-se por causa do plebiscito!
Dona Bernardina dá um beijo na filha e vai bater à porta do quarto:
– Seu Rodrigues, venha sentar-se; não vale a pena zangar-se por tão pouco.
O negociante esperava a deixa. A porta abre-se imediatamente. Ele entra, atravessa a casa e vai sentar-se na cadeira de balanço.
– É boa! brada o senhor Rodrigues depois de largo silêncio; é muito boa! Eu! Eu ignorar a significação da palavra PLEBISCITO! Eu!…
A mulher e os filhos aproximam-se dele.
O homem continua num tom profundamente dogmático.
– Plebiscito…
E olha para todos os lados a ver se há por ali mais alguém que possa aproveitar a lição.
– Plebiscito é uma lei decretada pelo povo romano, estabelecida em comícios.
– Ah! Suspiraram todos aliviados.
– Uma lei romana, percebem? E querem introduzir no Brasil! É mais um estrangeirismo!

sábado, 5 de outubro de 2024

QUE PALAVRA!

Cafarnaum

Lugar de tumulto e desordem. Confusão. (Dicionário escolar da Academia Brasileira de Letras)

sexta-feira, 4 de outubro de 2024

O QUE É UMA CIDADE BEM ADMINISTRADA

Há sinais de uma cidade bem administrada quando há indicativos de avanços em todo setor administrativo.

Os temas eleitos pela população são da aérea da saúde, educação, moradia e panorama geral da cidade (infraestrutura).

Na saúde, a assistência cotidiana é pouco. É preciso avanço.

Na educação, se há indicativos de sucesso dos estudantes na aprendizagem, ok. Se não, não se pode dizer que está está no caminho certo.

PROVÉRBIO

A mentira não tem pés.

quinta-feira, 3 de outubro de 2024

PROMEÇAS REITERADAS

O ditado quem promete, deve, é verdadeiramente verdadeiro.

Se você promete algo e não cumpre pela primeira vez, é tolerável. Mas se reitera, reitera e reitera, as promessas viram promeças.

PROVÉRBIO

Se dá o pão, mas é sem o miolo.

quarta-feira, 2 de outubro de 2024

UMA ESCOLA BOA O QUE É?

Definir uma escola boa não é fácil porque requer o envolvimento de vários elementos. Quando os alunos estão devidamente alfabetizados na idade certa e demonstram um nível de conhecimento razoável.

É para isso, ou deveria ser, a finalidade da escola. 

Mas 

Quando sai desse foco - escola como agente do saber, da cultura, no sentido de ser culto - dá no que estão os índices de aprendizagem.

PROVÉRBIO

A mentira é o autor de toda a maldade.

terça-feira, 1 de outubro de 2024

PROVÉRBIO

A memória do prazer passado acrescenta a dor da tristeza presente.

MAIÊUTICA

O método socrático é designado por um termo sonoro maiêutica, e consiste precisamente em levar o educando a deitar para fora de si mesmo o que provavelmente já sabe, mas não sabe que sabe. O poeta Gibran tem esta boa tirada sobre o ensino: Nenhum homem poderá revelar-vos nada senão o que está meio adormecido na aurora do vosso entendimento." E quem não se lembra das palavras de Platão, segundo as quais "aprender é recordar?"

Achamos, contudo, que Platão não foi bem compreendido aí. Ele talvez tenha querido dizer que "aprender é acordar", acordar ou desenvolver as potencialidades do espírito, já latentes na criatura desde sempre. (Biblioteca do Saber, volume 3).

O método socrático até hoje é utilizado nas salas de aula. O professor pergunta e o aluno responde. Instiga-os à reflexão.

Não discordo do fato de que os alunos já saibam algumas coisas ensinadas por professores ou em casa. É fato também que há muitas, mas muitas coisas que o professor-educador leva para para os alunos e eles não sabem. Não somente não sabem de muita coisa, mas os professores também porque o saber é infinito.

Não temos dúvida de que muita coisa nunca será aprendida por qualquer pessoa, pois o saber é infinito.

COMO SE APRENDE?

Não há fórmula de se aprender qualquer coisa, mas quando se trata de aprendizagem escolar, indispensável é pelo menos ouvir ou escrever, ou ...