terça-feira, 30 de novembro de 2021

ELEIÇÃO NO CALAZANS

É hoje a eleição para diretor e vice na Escola Estadual Calazans Freire. Servirá para completar o mandato da atual diretoria ocupada pelas professoras Luciene Mendonça e Marta Alves. Elas completarão três anos no cargo a terminar no próximo ano.

A eleição terá chapa única, já que ninguém se dispôs ao cargo. Será durante os três turnos. Podem votar todos os alunos e pais ou responsáveis.

PROVÉRBIO

Panela que muitos mexem foi sempre mal temperada.

ARRETADO

Nasce há dias um sol arretado, com sinônimo de lindo. 

Ao rasgar o horizonte nas manhãs, ele é colírio e limpador de vistas turvas pelo engano e equívocos da vida. 

Perde quem não o vê. É um espetáculo matinal que passa em exibição durante poucos minutos. Quando cuidamos, ele já muda de cor e aspecto como a dizer: Não posso, por natureza, ficar assim desse jeito o tempo todo.

segunda-feira, 29 de novembro de 2021

COISAS DA LÍNGUA

O sentido das palavras na oralidade

Consoante a maneira como nos expressamos, uma palavra pode mudar de sentido, como no exemplo abaixo.

Armaria
Armaria!

No primeiro sentido, é um conjunto de armas. Arte heráldica.

No segundo sentido, é uma expressão popular, interjetiva, dita em momentos de espanto ou aperreio. Seria, na língua culta, o Ave Maria!

ELEIÇÃO

Haverá eleição na Escola Estadual José Calazans Freire na próxima terça-feira, 30.

O pleito é de chapa única e será para um mandato de um ano.

PROVÉRBIO

Pancada grande é que mata cobra.

domingo, 28 de novembro de 2021

ENTRETENDO - EDIÇÃO DE DOMINGO

QUEM SE LEMBRA?

Cartas em papel

"Escrevi em papel de seda e depois queimei", diz a canção.
Cartas em papel, chego a pensar que podemos contar nos dedos das mãos e pés o número dos que ainda escrevem à moda antiga.

A carta, nos tempos antigos - ainda nos anos 90, era um dos mais fortes e eficientes meios de se comunicação entre as pessoas. Substituída primeiramente pelo e-mail, foi escanteada pelos demais formatos quando a internet chegou pra valer na maioria das residências.

Se falamos para um jovem de quinzes anos sobre carta em papel, ele não sabe do que estamos falando.

FOLHAS - As folhas das árvores mexem-se levemente, num sinal claro do tempo quente, onde o sol impera e não há quem amenize o calor.

HUMOR

Um jovem na entrevista de emprego:
- Quais os seus pontos fortes e fracos? - pergunta o entrevistador.
- Bom, minha maior fraqueza, definitivamente, seria a minha relação com a realidade, o que é real e o que não é - respondeu o jovem.
- Ok - disse o entrevistador. - E os seus pontos fortes?
- Eu sou o Batman! (Seleção da revista Seleções, em maio de 2011)

sábado, 27 de novembro de 2021

QUE PALAVRA!

Cabide

Móvel com pequenos braços, ou móvel, ou objeto apropriado, onde se penduram roupas, chapéus, toalhas, etc. (Aurélio)

Silveira Bueno acrescenta: estaca, estaqueira, , mancebo. Este era uma coluna de madeira presa a uma base e com vários ganchos.

Cabide de emprego

Em política, a entidade cabide de emprego é definida como os empregos sem concurso e sem necessidade. A palavra cabide serve como figura de algo que estático, que abriga pessoas que ficam ali sem fazer nada.

Raimundo Nonato, do Calepino Potiguar definiu o cabide de emprego assim: "Muitos empregos ocupados por uma pessoa. Gancho. Sinecura. Cambito".

COMO ELES QUEREM VIVER

Os pássaros querem viver assim, num quintal, em ninhos aconchegantes e tecidos por eles mesmos.

E num pequeno movimento de câmera, eles fogem, pois pensam que serão capturados ou mesmo assassinados.

Há também os filhotes que lutam para sobreviverem no humilde ninho.

PROVÉRBIO

 Palavras sem obras, cítara sem cordas.

sexta-feira, 26 de novembro de 2021

MANTENHA DISTÂNCIA

Mantenha distância
De quem distancia
Do razoável
De quem não aprecia
O saudável
De quem não é maleável
No fazer e no querer
No ser e no fazer.

Mantenha distância de mim
Quando a ti não convieres
Que manterei distância de ti
Quando meu querer
Não bater com o teu
E quando o teu querer
Se chocar com o meu.






PROVÉRBIO

Palavras sem obras, plumas ao vento.

quinta-feira, 25 de novembro de 2021

INCÊNDIO

Começou devagarinho. Por causa de uma brasinha pretensamente inofensiva, foi crescendo debaixo de pequenos focos de fumaça. O período invernoso estava longe de chegar. O aquecimento global entrou em cena com força.

E o tempo passou, despercebido para os olhantes. Ninguém pensava que aquilo fosse crescer a ponto de chegar a um incêndio daquele quilate. Ninguém pensava, mas bem que poderia alguém ter percebido que aquilo que é natural não aceita mudança de curso assim de graça. 

E o fogo pegou forte e incendiou tudo, e tomou conta do canavial. As cinzas e o cheiro de fumaça são a vitrine do acampamento.

PROVÉRBIO

Palavras não temperam sopa.

quarta-feira, 24 de novembro de 2021

CAMINHAMOS, CAMINHEMOS

A estrada é longa, sinuosa e cheia de espinhos e espinheiros pontudos. Rasgam, muitas vezes, de várias maneiras, nossos pés. Sangreiam.

Contudo, apesar de tudo, deixar de caminhar não é bom negócio. Entrevam tudo, de nervos a músculos, seja simples ou composto, se abandonarmos o caminhar em linha reta.

Caminhar no sentido literal da palavra ou no figurado é uma das muitas palavras em voga, das mais badaladas e recomendadas. 

PROVÉRBIO

Pai com frio, filho com cobertor.

terça-feira, 23 de novembro de 2021

segunda-feira, 22 de novembro de 2021

PROVÉRBIO

Para o mau entendedor nem uma grande carrada de palavras bastam.

CHAMEM O VAR

Em alguns momentos da existência, fazemos o papel do var (video assistant referee). Fazemos revisão dos atos que realizamos o longo da caminhada. É aquele ajuste aqui, outro ajuste ali. Como o var, nem sempre acertamos, mesmo que estejamos com as câmeras ligadas em todos os ângulos. Conclusão: não somos deuses.

domingo, 21 de novembro de 2021

ENTRETENDO - EDIÇÃO DE DOMINGO

TEXTO DE RUI BARBOSA (Excursão)

Vai o gado na estrada mansamente, rota segura e limpa, chã e larga, batida e tranquila, ao tom monótono dos 'eias!' dos vaqueiros. Caem as patas no chão em bulha compassada. Na vaga doçura dos olhos dilatados transluz a inconsciente resignação das alimárias, oscilantes as cabeças, pendente a margem dos perigalhos, as aspas no ar em silva rasteira por sobre o dorso da manada. Dir-se-ia a paciência em marcha, abstrata de si mesma, ao tintinar dos chocalhos, em pachorrenta andadura, espertada automaticamente pela vara dos boiadeiros. eis senão quando, não se atina por quê, a um acidente mínimo, um bicho inofensivo que passa a fugir, um grito de um pássaro na capoeira, o estalido de uma rama no arvoredo, se sobressalta uma das reses, abala, a correr, e após ela se arremessa, em douda arrancada, atropeladamente, o gado todo. Nada mais o reprime. Nem brados, nem aguilhadas, o detêm, nem tropeços, voltas ou barrancos por d'avante. E lá vai incessantemente, o pânico em desfilada, como se os demônios o tangessem, léguas e léguas, até que, exausto o alento, esmorece e cessa, afinal, a carreira, como começou, pela cessação do seu impulso. Eis o estouro da boiada.

ERUDIÇÃO - A linguagem formal está perdendo força na escola. Se continuarmos nessa pisadinha, daqui a alguns anos não notaremos a diferença entre um estudante e um alguém que nunca pisou na escola.

Cultivemos a linguagem formal, gramatical. Isso não significa o desprezo da informalidade.

QUEM SE LEMBRA?

Como eram as fotografias no passado? Lembremos do filme "Guerra de Canudos". Um dos personagens diz que quando viu a fotografia, nem acreditou e pensou que era "armada do cão".

Até onde nossa lembrança alcança, as fotografias eram chamadas de retrato e em preto e branco. Curiosa era a forma de revelar. Utilizavam um processo eficiente, muito diferente de hoje.

Havia vários formatos. O binóculo era muito comum, assim o cliente quisesse.

HUMOR

Um rapaz vai a uma autoescola para fazer aulas práticas de direção. Ele entra no carro com o instrutor e começa a dirigir. Percebendo que ele não mudou de marcha, o instrutor resolve alertá-lo e diz:
- Você está de primeira.
O aluno agradece todo orgulhoso.
Então o instrutor esclarece:
- Isso não foi um elogio. Estou apenas avisando que você deveria trocar a marcha. (Seleção da revista Seleções)


sábado, 20 de novembro de 2021

REDAÇÃO NO ENEM

Proposta de redação

Depois de ler os dois fragmentos de poemas, veja em qual você se enquadra com relação à infância. Depois de escolher o texto, justifique sua escolha.

Lamento e saudade de uma infância que não volta mais ou um pensamento no presente e futuro, deixando a saudade para trás?


Oh! Que saudades que tenho
Da aurora da minha vida,
Da minha infância querida
Que os anos não trazem mais!

Que amor, que sonhos, que flores,
Naquelas tardes fagueiras
À sombra das bananeiras,
Debaixo dos laranjais! 

(Casimiro de Abreu)

Vamos, não chores...

A infância está perdida.
A mocidade está perdida.
Mas a vida não se perdeu.
O primeiro amor passou.
O segundo amor passou.
O terceiro amor passou.
Mas o coração continua.

(Carlos Drummond de Andrade)

UMA QUESTÃO DO ENEM

O texto abaixo é a estrofe inicial do poema "Meus oito anos", de Casimiro de Abreu:

Oh! Que saudades que tenho
Da aurora da minha vida,
Da minha infância querida
Que os anos não trazem mais!

Que amor, que sonhos, que flores,
Naquelas tardes fagueiras
À sombra das bananeiras,
Debaixo dos laranjais!

Sobre o poema, NÃO se pode afirmar que:

a) se trata de um dos poemas mais populares da Literatura Brasileira.
b) o poeta se vale do texto para manifestar a sua saudade da infância.
c) a linguagem não é erudita, pois se aproxima da simplicidade da fala popular, o que é uma marca da poesia romântica.
d) a memória da infância do poeta está intimamente ligada à natureza brasileira.
e) o poeta é racional e contido ao mostrar a sua emoção no poema. (Do livro didático "Estações linguagens, Editora Ática)

A questão correta a ser marcada é a letra e. A questão acima é daquelas que pode pegar o candidato de surpresa, por causa do não no enunciado.


QUESTÃO DO ENEM

Em bom português

No Brasil, as palavras envelhecem e caem como folhas secas. Não é somente pela gíria que a gente é apanhada (aliás, já não se usa mais a primeira pessoa tanto do singular como do plural: tud é "a gente"). A própria linguagem corrente vai-se renovando e a cada dia uma parte do léxico cai em desuso.

Minha amiga Lila, que vive descobrindo essas coisas, chamou minha atenção para os que falam assim:

- Assisti a uma fita de cinema com um artista que representa muito bem. 

Os que acham natural essa frase, cuidado! Não saberão dizer que viram um filme com um ator que trabalha bem. E irão ao banho de mar em vez de ir à praia, vestido de roupa de banho em vez de biquíni, carregando guarda-sol em vez de barraca. Comprarão um automóvel em vez de comprar um carro, pegarão um defluxo em vez de um resfriado, vão andar no passeio em vez de passear na calçada. Viajarão de trem de ferro e apresentarão sua esposa ou sua senhora em vez de apresentar sua mulher. (Sabino, F. Folha de São Paulo, 13 abr. 1984 (adaptado)

A língua varia no tempo, no espaço e em diferentes classes socioculturais. O texto exemplifica essa característica da língua, evidenciando que:

a) o uso de palavras novas deve ser incentivado em detrimento das antigas.
b) a utilização de inovações no léxico é percebida na comparação de gerações. 
c) o emprego de palavras com sentidos diferentes caracteriza diversidade geográfica.
d) a pronúncia e o vocabulário são aspectos identificadores da classe social a que pertence o falante. 
e) o modo de falar específico de pessoas de diferentes faixas etárias é frequente em todas as regiões. (Do livro didático Ser protagonista, Linguagem e suas tecnologias, Sm)

A questão marcada acima é a correta.



QUE PALAVRA!

Você se considera um capiau?

Capiau - Matuto. Fem.: capioa, com acento tônico fechado (ô) no (ó).

Aurélio o define como caipira.

Matuto refere-se a alguém que mora no mato, geralmente zona rural do município. Chamamos também de brenhas o lugar onde mora o matuto.

PROVÉRBIO

Paciência e sebo de grilo é bom pra aquilo.

sexta-feira, 19 de novembro de 2021

BANDEIRA

Não se dá mais bandeira ao seu dia como antigamente. Seu hasteamento era sagrado em repartições públicas, principalmente nas escolas.

As matas, as riquezas, o céu e a paz são tesouros representados nas cores da nossa bandeira.

VOZES

Ouves? Vozes de todas as partes, em volumes baixos, altos e mais ou menos.

Todas elas dizem alguma coisa, mas ao mesmo tempo, não fluem satisfatoriamente, compreensivelmente, objetivamente. 

Difícil é sermos objetivos absolutos. A subjetividade não deixa. Vozes gritam de muitas maneiras e não são interessantes aos ouvidos. Destoam e desafinam a ponto de agredirem nossa sensibilidade.

PROVÉRBIO

Paca, quando foge, vai a nado rio acima, na lua minguante, mas avança é rio abaixo, na crescente.

quinta-feira, 18 de novembro de 2021

ATO

O primeiro ato foi longo e muito confuso. Apesar de estarmos assistindo e ao mesmo tempo fazendo parte do grande elenco, ficamos o tempo todo sem compreendermos direito o enredo. 

Grande, enfadonho e aparentemente sem fim, a história vista por muitos, não poderá ser contada como um fato jornalístico, dito objetivo, com um lado somente, com uma versão, enfim. 

Ora, se nem nos acontecimentos mais triviais a objetividade absoluta ocorram com facilidade, imagina um enredo daquela envergadura e presença forte na história da humanidade.

Assim, depois de aproximadamente oito meses - se é possível dividirmos os atos como numa peça teatral - fecharam as cortinas para logo serem abertas e o segundo ato ser iniciado. 

A história prosseguiu e construiu um novo enredo, com relato de mais vítimas, mesmo em quantidades menores, num ritmo desacelerado, sem deixar que o motor pare nem silencie o barulho.

Registre-se o fato, acreditado, não por todos, que o ritmo tornou-se  em menor intensidade por causa de atos preventivos que serviram como freios, tipo meia pedalada, que não param o veículo de uma vez, mas não o deixa correr demais. 

Registre-se também que o segundo ato ainda está em curso, mas a torcida é que as cortinas sejam fechadas e não tenhamos um terceiro.

PROVÉRBIO

Ouvir cantar o galo e não saber onde.

quarta-feira, 17 de novembro de 2021

RUDIMENTOS DA GAMÁTICA

Substantivo - O que é?

É a palavra que designa, dá nome aso seres. Se é ser (coisa), então é um substantivo. Pode ser visível, invisível, animado e inanimado. Tem nome? É substantivo.

PRODUTO

Aquele produto deixou de ser um dos principais artigos na praça. Por que?

O porquê daquilo era a chave que abria a porta do entendimento de quem quer que tentasse entender o fenômeno.

Outrora, ele ocupava as principais prateleiras e o pico dos anunciantes. Era falado em todos os cantos. Badalado demais, para usarmos um linguajar mais atual.

Toda pessoa o carregava para todas as partes. Uns o possuíam mais e outros menos. Era só querer, que o tinha à mão.

Bom saber que era obtido sem nenhum custo pecuniário. Era natural e exigia dedicação para sua obtenção. Não faltava em qualquer parte onde estivéssemos. 

Rareou e quase desapareceu. Mas ainda há. Procuremos e acharemos sem lupa nem óculos de alcance.


PROVÉRBIO

Ouvir a galinha cacarejar e o poleiro não achar.

terça-feira, 16 de novembro de 2021

MÚSICA

Um zunido no mundo, como música boa, espalha no ar os elementos da natureza e ajudam a fazer e suportar o nosso sofrido quotidiano.

PROVÉRBIO

Ouro não quer soberba nem ambição (Paulista, do tempo dos Bandeirantes).

segunda-feira, 15 de novembro de 2021

LÍNGUA LATINA

Persona - Significa máscara na língua latina. Os atores, no palco, usavam uma máscara de teatro, para ampliar a voz. Daí, o nome personagem, que significa alguém que representa uma pessoa.

Imprescindível - Imprescindível o estudo do latim nas escolas. A língua-mãe explica muita coisa de uma de suas filhas, a língua portuguesa.

15 DE NOVEMBRO

Na manhã do dia 15 de novembro de 1889, a tal marcha para derrubar o ministério se inicia no Campo de Santana. Deodoro encontrava-se muito doente e só se apresenta na última hora. Sem ele, a marcha simplesmente não se realizaria. Quando chega no quartel-general, onde todo o ministério estava reunido, a marcha era recebida como se fosse um desfile cívico. Não houve qualquer resistência. Pudera! À frente vinha um mito, um veterano da Guerra do Paraguai, o homem mais importante das Forças Armadas do Brasil depois da morte do Duque de Caxias. "A História do Brasil para quem tem pressa, p. 94-96)

JOGO DE FUTEBOL

Em se tratando de jogo de futebol, a maior torcida do Brasil sofre quando a segunda ganha. 

A maior - a contra
A segunda - Flamengo.

QUE SUFOCO!

Grande sufoco sofre a população upanemense na semana que passou com a falta d'água.

Nada de anormal, se levarmos em conta o histórico das faltas da preciosa.

Planeta água - Cidade água

Upanema, a exemplo da Terra, planeta água, é uma cidade água. Com rio perene, tem o luxo de ter água à beça para explorar no subsolo. Pelo outro lado da moeda, sofremos com a falta d'água nas torneiras, não necessariamente com frequência, mas num intervalo de tempo que não nos deixa esquecer dos tempos ruins do fornecimento do precioso em que a falta não era por causa da quebradeira dos canos como hoje é.

Solução

Nem sequer sombras da solução do problema.


PROVÉRBIO

 Ou vai ou racha, ou tudo se escacha ou arrebenta a borracha.

domingo, 14 de novembro de 2021

ENTRETENDO - EDIÇÃO DE DOMINGO

A torrente - Antônio Mariano de Oliveira

Da serra azul onde a palmeira medra,
Onde paira a neblina, se deriva,
Entre abertos lisins de esconsa pedra,
um fio d'água viva.

Exíguo e frouxo, palmo a palmo avança
Pela escarpada; a folha de passagem,
Leva, rodeia os troncos, não descansa,
Não para na viagem.

Ora entre os líquens verdes serpenteia,
Corre entre os fetos, geme na fragura,
Ora caminho aberto em livre areia
Acha, avança, murmura.

Desce depois mais volumoso, arreda
Quanto encontra, e aumentando em cada frágua,
Recua e salts, erguendo em cada queda
O seu penacho d'água.

Com a chuva engrossa, rui no chão da gruta,
Cascata agora; a penedia bronca,
Mina-a em redor. desloca-a, imensa e bruta,
Leve-a, espumeja e ronca.

A tudo investe, abala, desimplanta, 
Destrói, derriba, na evulsão crescente,
E ruge das quebradas na garganta
A impetuosa torrente.

Negra, socava, tétrica, soturna, 
Treme e retumba; as águas passam; tudo
Geme; o ninho, a flor, o antro, a furna,
Aquele embate rudo.

No vale, enfim, torcendo a cristalina
Juba, se atira, e em ecos se propaga
A torrente caudal, e ora a campina
E as florestas alaga.

Em rio audaz que as fertiliza e banha,
Calma agora, volvendo as ondas fundas:
Pois, como a ideia, as águas da montanha
Querem ser livres para ser fecundas.

HUMOR

O velho acaba de morrer. O padre encomenda o corpo e se rasga em elogios:
- O finado era um ótimo marido, um excelente cristão, um pai exemplar!
A viúva, então, vira para um dos filhos e lhe diz ao ouvido;
- Vai até o caixão e veja se é mesmo o seu pai que está lá dentro!



sábado, 13 de novembro de 2021

QUE PALAVRA!

Caxias - Diz-se de, ou pessoa muito escrupulosa no cumprimento dos deveres. (Aurélio)

O caxias é visto com olhares negativos. Entretanto, pode ser um alguém que luta para botar as coisas em ordem.

Luís Alves de Lima, o duque de Caxias ficou conhecido pela sua bravura e cumpridor dos deveres com a pátria Brasil.


PROVÉRBIO

Os ricos se fecham. Quem abre casa é pobre.

sexta-feira, 12 de novembro de 2021

quinta-feira, 11 de novembro de 2021

LINGUAGEM DIFÍCIL

Preciosismo - É a linguagem rebuscada, inçada de palavras cultistas e de adjetivos extravagantes. (Dica de Luiz A. P. Vitória)

O preciosismo não tem nada de precioso. A função primeira da linguagem é comunicar. Se as palavras difíceis são em grande quantidade, elas atrapalham mais que ajudam ao texto ser compreendido. Portanto, não aconselhado.

Falar difícil é fácil; difícil é falar fácil.

FLORESCIMENTO

Com os primeiros pingos de chuva, até a esperança floresce.

QUATRO

O período invernoso não chegou ainda pra nós, mas algumas neblinas já contabilizam algum registro pluviométrico. 

Ontem pela tarde tivemos 4mm.

PROVÉRBIO

Os juros são o perfume do capital. (Barão de Itararé)

quarta-feira, 10 de novembro de 2021

CONJUGAÇÃO VERBAL

Verbo poupar

É errado pronunciar pópo, pópas, pópa, etc.

Eu poupo
Tu poupas
Ele, ela, poupa
Nós poupamos
Vós poupais
Eles, elas, poupam.

Melhor assim: Não se deve poupar letras usando pópo, pópas, etc.

BAFO

Uma leve chuva cai nesta tarde por aqui.

Muito bafo e pouca chuva, mas é bom, pois tudo o que é natural é bom.

PROVÉRBIO

Os gabirus é que mais se enroscam.

terça-feira, 9 de novembro de 2021

USO DA VÍRGULA

Para separar orações intercaladas:

Contei-lhe, disse eu, a sua história.

Para separar orações coordenadas assindéticas:

Vi misérias, ouvi lamúrias, senti tristezas.

Orações coordenadas assindéticas são as que não possuem conectivos: e, mas, porém, pois, todavia, nem, portanto, porque, porquanto, etc. Estes são usados em orações coordenadas sindéticas.

UM ATROPELO

Caminhantes matutinos pisam firmes o asfalto das ruas. Uns, lentos, enquanto outros puxam uns passos mais longos e outros ainda arriscam uma corrida. Todos entretidos com o seu caminhar, não reparam para os lados, mas seguem no giro até completarem o tempo e o trajeto da caminhada.

Há ainda outros que têm um companheiro ao lado, comum para os nossos dias, que virou moda braba: cão melindroso, tratado como gente. Caminha para evitar o estresse. Estes seguem ao lado do dono, companheiro da casa.

No lote, como diria minha avó, está uma matilha, ou várias, disputando alguma comida ou mesmo cortejos animais. Afinal, os bichos também não são feitos de ferro.

Os que andam em magote, correm soltos, em grande "algazarra", em estados perigosos, visto que, a andança ou corrida em ziguezague é incerta e fica vulnerável a acidentes.

E foi em um desses momentos em que alguns desses animais corriam juntos, embolados, num agarra-agarra, beija-beija, empurra-empurra, passava em velocidade média um transporte motorizado. Por infelicidade, um deles saía em disparada, ficando exposto a acidente. E foi o que ocorreu. Sangue na pista, gemidos da vítima, corpo no chão, olhos curiosos dos transeuntes que perguntam sobre o dono. Curioso é registrar que seus companheiros o cercam como que a tentar fazer alguma coisa e indagar a razão daquilo tudo.

Os gemidos cessam. O animal fica estático e já se pensa que ele tivesse morrido.

O final não termina tão feliz, mas não infeliz, pois ele encontra seu dono que o trata e o conduz a casa. Notícias dão conta de que o paciente passa bem.



PROVÉRBIO

Os costumes de casa um dia vão à praça.

segunda-feira, 8 de novembro de 2021

TÓRRIDO

Calor intenso, abrasador, causticante. Castigante. Dia aquecido, inflamado, ardido, térmico, asfixiante, vulcânico, sufocante, fumegante, ígneo, ardente, fervente, tropical. 
Nada-se em suor.

O quadro dantesco acima é provocado pelas altas temperaturas - perfeitamente naturais que a nossa região conhece.

Nada estranho é pintado aí em cima que seja digno de manchete de jornal ou assombro. Tudo nos trinques, nos conformes, como diríamos antigamente na gíria antiga.

Um vento que sopra do Norte traz um alívio, mas ainda não chegou o tempo da melhora. Esperemos que logo, logo, tudo vai mudar. Que venha a mudança!

PROVÉRBIO

Os amigos são para a ocasião. 

domingo, 7 de novembro de 2021

ENTRETENDO - EDIÇÃO DE DOMINGO

A rua diferente (Carlos Drummond de Andrade)

Na minha rua estão cortando árvores,
botando trilhos,
construindo casas.

Minha rua acordou mudada.
Os vizinhos não se conformam.
Eles não sabem que a vida
Tem dessas exigências brutas.

Só minha filha goza o espetáculo
e se diverte com os andaimes,
a luz da solda autógena
e o cimento escorrendo nas formas.

GRAMÁTICA - A linguagem conotativa

A conotação nos provérbios  

Nunca diga: desta água não beberei
Quem semeia vento, colhe tempestade
Quem sai na chuva é pra se molhar
Quem tem telhado de vidro não atira pedra no telhado do vizinho.
Onde há fumaça há fogo.

Os provérbios acima são ditos diariamente pelas pessoa mais simples da sociedade. Qualquer mente, digamos, mediana, compreenderá o significado de cada um deles. O que diferencia o estudante do não estudante é saber que são expressões conotativas.

HUMOR - A professora, numa aula de religião:
- O que precisamos fazer para obter o perdão?
Um aluno esperto respondeu:
- Pecar!


sábado, 6 de novembro de 2021

PROVÉRBIO

Onde vai a corda, vai a caçamba.

QUE PALAVRA!

Cavilação 

Astúcia, manha. Ironia maliciosa. Aurélio)

Razão falsa e enganosa, maquinação fraudulenta, astúcia pa induzir em erro. (Antenor Nascentes)

Cavilar é adular uma pessoa e torná-la manhosa. Mães cavilam filhos e os tornam manhosos e despreparados para os desafios da vida.

ZAGUEIRO

É assim que vivemos, nesse bate, rebate, defende, afasta e contra-ataca. É disso que vivem os defensores no campo e na labuta diária.

sexta-feira, 5 de novembro de 2021

quinta-feira, 4 de novembro de 2021

EXPRESSÃO CERTA

O pai perdoou o filho ou ao filho?

O verbo perdoar é usado para pessoa e exige sempre a ou lhe. Portanto: O pai perdoou ao filho. Ele já lhe perdoou. 
Para coisa, porém, usamos o ou a: O padre perdoa os pecados. Você perdoa a minha dívida? (Dicas de Antônio Sacconi)

DA ÁRVORE

Da árvore, avista-se muita coisa, mesmo que seja um lugar tão, tão distante. 

De lá, foi visto, muito mais ações condenáveis, pois as lisas, quase não se podia enxergar.

Foi quando viu, ao postar-se, com eficiente binóculo, malassombros humanos dos mais comuns da nossa época: desonestidade, desvio de finalidade, faz-de-conta e camuflagem de dados.

Foi isso o que ele viu, sem pestanejamento.

PROVÉRBIO

Onde irás, Brás, que não te arrependerás? (Alagoas)

quarta-feira, 3 de novembro de 2021

PROMESSA

Temos tido dias quentes nesses últimos dias.

E a promessa dos estudiosos é que teremos mais quentura daqui pra frente. O tempo quente pede água e mais água.

PROVÉRBIO

Onde cabe o pirão, cabe muita gente.

terça-feira, 2 de novembro de 2021

PALAVRA CERTA

À beça - A palavra certa de hoje seria beça, na expressão "à beça". Mas não será. É que fui pesquisar aqui neste veículo de entretenimento e vi que a expressão à beça já tinha à beça. Então mudei para outra.

Abóbada - Alguns dizem abóboda, mas não é. 

RESSURREIÇÃO

"É preciso haver ressurreição", gritou o sujeito, que já o chamavam de louco, por ter ideias nada originais, mas que soavam como loucas, num mundo em que "o que era, não é mais".

"Se não houver ressurreição, estaremos perdidos muito antes do que se imagina. Não. Não será uma antecipação do apocalipse, mas será algo similar."

Com esses fragmentos de conversas, o dito cujo divulgava aquilo que achava ser o mais ou menos ideal para a sobrevivência do mundo por mais tempo. Se o que está em moda é o avesso de tudo que dava certo - e o avesso não dá, como não haver ressurreição do que dava certo? Hein?

"Em todos os quadrantes da sociedade", propalava ele, "percebemos esse avesso das coisas. É o avesso do avesso, do avesso que está em alta voga e funciona por cima da carne seca. É um trator de esteira daqueles mais trator que faz esse trabalho de desconstrução do mundo. É um trabalho tão bem feito - coisa botada - que impede o processo de ressurreição. É algo que trabalha para que haja uma derresurreição: processo de afundamento do mundo."

"Mas é preciso que haja ressurreição", conclui o sujeito, entre triste e otimista.

DEBAIXO DO SOL

Sol forte. Debaixo das nuvens, mas castigante. Continua alegre. Mais alegre que o dia.

PROVÉRBIO

Onde a galinha tem ovos, lá lhe vão os olhos.

segunda-feira, 1 de novembro de 2021

LINGUAGEM

Função referencial ou denotativa 
Sua finalidade é apenas informar o receptor sobre um fato ocorrido. A linguagem é objetiva e não admite mais de um entendimento. 

As notícias, em tese, é um exemplo. Depois de ouvir, ler ou ver uma notícia, todo mundo deve entendê-la da mesma forma.

ESCURIDÃO

Antes de tudo, nevou fininho, depois grosso, pesadão. E durou dias e mais dias assim. Havia a esperança daquele alívio. Que pudesse maneirar logo, era a esperança. Mas veio a escuridão depois de meses. Muitos meses. Talvez trinta, quarenta, cinquenta. 

Ainda quando somente a neve caía, havia um barulho surdo ou mais nítido. Um zunzunzun indecifrável. O barulho existia e era perfeitamente possível saber de onde procedia. Mas o que era dito? Só uns privilegiados podiam entender. Boca de cumbuca. Foi quando a escuridão veio e se associou à neve para formar um par perfeito de destruição. 

Os provocadores de ambos as ações, ficavam em lugares privilegiados que não eram alcançados por elas. Pontos estratégicos, lugares privilegiados. Lá as luzes irradiavam e o ar era blindado por finas redes. 

E tudo continuou por um período indeterminado.

PROVÉRBIO

Onça não come lobo. 

ANEDOTA QUE NÃO CONTAREI HOJE

Não contarei a anedota sobre o dia de Todos os santos, que é hoje. Finda com o interlocutor dizendo que o dia de São Nunca está no meio. Basta pesquisar ao lado esquerdo do blog "São Nunca" que terá a historinha em duas versões.

A ESCOLA QUE DÁ CERTO

O ensino, a instrução, o conteúdo das disciplinas. Tudo isso é função da escola. É na escola que a aprendizagem se dá de forma oficial. Está cada vez mais fácil de se aprender fora da escola. O autodidata sempre existiu e sempre existirá. Mas, com a presença de um professor tudo fica mais fácil.

PROVÉRBIO

A cabeça manda os membros.