quarta-feira, 30 de setembro de 2020

PALAVRA CERTA

Freada - Vem do verbo frear. Dá uma tentação dizer "freiada", palavra parente próximo de "freio", mas o correto é freada. 

DICIONÁRIO DA POLÍTICA

Vontade política: Desejo do administrador de realizar, de trabalhar pelo povo. Talvez seja a melhor definição. Estranha é a fala dos outros do lado oposto quando acusam que "ele não tem vontade política". Como assim? Não quer fazer ou não sabe?

Que político não tem vontade de acertar, de fazer o que é melhor, para depois sair bem na fita?

PROVÉRBIO

Em terra de sapo, de cócoras como ele.

terça-feira, 29 de setembro de 2020

DICIONÁRIO DA POLÍTICA

Música nas casas: São as paródias produzidas pelos partidários do candidato ou adquiridas de outros candidatos de outras cidades. Músicas antigas ou as famosas lambadas são tocadas nas casas das pessoas em período eleitoral. Quase sempre é uma dor de cabeça e uma confusão para os do outro lado.

PROVÉRBIO

Em São José milho no chão, pra ser colhido em São João.

segunda-feira, 28 de setembro de 2020

ACESSO À UERN ONTEM E HOJE

Ontem - em 1986 - ano em que entrei no curso de Letras, o acesso à UERN era apenas através do vestibular. O candidato pagava uma taxa para fazer a inscrição, fora a mensalidade. Que sorte a nossa que tínhamos uma bolsa de estudos arranjada por Vingt Rosado, via Luiz Cândido. Estudei ainda dois períodos com carnê. A partir do terceiro período - 1987 - a Universidade foi estadualizada. Fiquei sossegado até o final do curso. 

O ingresso - O ingresso foi um pouco penoso porque tive que passar o ano inteiro estudando em casa com material adquirido na biblioteca local. Não havia quotas de nenhuma natureza naquela época. Cada um cuidava de si.

A expectativa - Esperava eu um grande edifício bonito. Na matrícula descobri que não era nada daquilo. Nas aulas encontrei grandes professores que ensinavam de verdade. Havia os incompetentes, como há em todas as profissões.
Regina Coeli, de Redação e Leitura; Josafá Inácio, Latim; Aluísio Barros, Literatura brasileira; Edna Carlos, Literatura portuguesa; Salete Nunes, Inglês. São eles os de alegre memória.
Depois novos cursos foram incluídos. Medicina entre eles.
Depois veio o período em que a maioria das universidades aderiram ao Enem. Umas adotou as duas modalidades. Outras ficaram somente com o Enem. Chegaram as cotas. O Programação e outros que não sei nomear.
A universidade continua formando bons profissionais se assim quiserem. É muito bem avaliada em seus cursos. Merece os parabéns.

ESTADUALIZAÇÃO DA UERN

Antes de pertencer ao quadro do Estado do RN, a UERN pertencia a uma fundação, a Fundação Universidade Regional do Rio Grande do Norte - FURRN. Pelo que entendo agora, a nossa UERN era chamada URRN - Universidade Regional do Rio Grande do Norte e pertencia à fundação. Nunca o nome da nossa universidade foi FURRN.
Em 28 de Setembro de 1968, através da lei municipal 20/68, a UERN foi criada.

Estadualização - Em 8 de janeiro de 1987, Radir Pereira assinou a lei estadual 5546 que tornava aquela instituição estadualizada.
Radir Pereira foi eleito vice de Zé Agripino na eleição de 1982. José Agripino afastou-se para se candidatar ao senado. Os governadores novos só tomavam posse em março de 1987. Deu tempo para Radir assinar a lei.

PROVÉRBIO

Em qualquer pocinho d'água, Deus pode fazer um peixe. (Gaúcho)
 

ANIVERSÁRIO DA UERN

A UERN completa ano hoje e é um pouco mais nova que eu. Ela faz 52 anos de idade. 
Também faço parte de sua história, mesmo participando modestamente de sua existência.

UMA TRÉGUA?

Alguém chegou a dizer que o bicho- ruim do vírus do corona anda dando trégua na briga com os humanos. Quando as pessoas vão aos restaurantes e bares, tiram as máscaras como se o risco do coisa-ruim desaparecesse. E nas folias em geral, incluindo os comícios?

domingo, 27 de setembro de 2020

EDIÇÃO DE DOMINGO

PROVÉRBIO DAQUI

Mais folgado que palito em boca de banguelo.

TEXTO ANTIGO
Madrugada no sertão - Visconde de Taunay

Eis que, aos poucos, lá para as bandas do oriente, clareia um cantinho no céu. Branquela, mais e mais, qual se, a subir da terra, fora lentamente desdobrando-se adelgaçado véu de gaza branca. 
Passam-se largos minutos.
Depois, nesse fundo alvadio que se tinge de duvidoso rosicler, acende-se a medo uma riscazinha vermelha, que se alonga mais do que se alarga. Paralela a esta, rompe, dali a pouco, outra já mais extensa e afogueada, instantes após, terceira, essa então abraseada como linha de fogo.
São as barras do dia.
De novo sopra com vivacidade a brisa, que fora gradualmente morrendo; mas vem agora mais quente, com um hálito perfumado de brando calor.
Nessa hora de misterioso lusco-fusco é que se ouve, de quando em quando, um baque sonoro, acompanhado de estridente grita cromática. É o canto das anhumapocas, que, na margem dos rios ou à beira dos alagadiços, anuncia o alvorecer e acorda os aracuãs pousadas nos ribeirinhos. Ergue-se também o alarido mais forte dos quero-queros, cujos alvos bandos giram vertiginosamente sobre as águas correntes.
De manso, porém, se vai difundindo a claridade pelo firmamento além...
Na terra burburinho o ruído da vida. Doce orvalho banha as plantinhas dos vales, zumbe um mundo de insetos, e nos ramos dos arbustos a passarinhada miúda - coleiros, canários-da-terra, serra-serras, azulões, lavadeiras, pintassilgos, bicudos, tico-tico e tiés - chilra baixinho, ainda tonta de sono e como a sonhar...

MARKETING
Marketing fraco
"Não quer comprar banana não?"
"Não quer comprar leite não?"
Aí a pessoa já sem vontade de comprar, e algumas vezes liso, aproveita e diz:
"Não!"

HUMOR
Um assessor entra eufórico no gabinete do presidente:
- Presidente, acabou a corrupção no governo!
- Que boa notícia. Acabaram os corruptos?
- Não, acabou o dinheiro.

DISCURSO
"Meu nome é trabalho".

POESIA - Reencontro

Dormirei para sonhar-te
Acordarei para te encontrar
Seja em sonho ou realidade
Quero em teus braços estar.

Sonho sem ti é pesadelo
Despertar é um tormento
Se não estás ao meu lado
Ocupas o meu pensamento.

Envolva-me no teu peito
Aqueça-me no teu calor
Faz-me viver intensamente
Este incandescente amor.

Júlia Costa



sábado, 26 de setembro de 2020

QUE PALAVRA!

Caporal: Diz-se de certo tipo de fumo. (Aurélio)
Aqui entre nós - Oeste potiguar - não conhecemos tal palavra. Os tipos de fumo é de rolo, picado. Havia um fumo denominado "pacaia". Parece ser uma marca. Sei que ele era muito forte, dizem os bons mascadores. 

Capote: Casaco militar. Peça de vestuário, semelhante ao casaco. (Aurélio)
Na linguagem futebolística, dar de capote é dar uma goleada das brabas no adversário.

DICIONÁRIO DA POLÍTICA

Postes: Em muitas campanhas eleitorais havia fotos de candidatos nos postes de iluminação pública. Há campanhas que não é permitida essa prática. Muitos alegam poluição visual. 

PROVÉRBIO

Em cima do manancial é que o capim é mais bonito.

sexta-feira, 25 de setembro de 2020

PALAVRA CERTA

Pitú tem acento? Não.

Por que não tem? Porque se o final de uma palavra estiver antecedido de uma consoante, não receberá acento.
Outros exemplos: urubu, tabu, zebu, Pacaembu, embu, cururu, Bauru, bambu, babaçu.

DICIONÁRIO DA POLÍTICA

Propaganda: Há a propaganda oficial, de rádio e tv. Há aquela do palanque, quando o candidato tem a oportunidade de dizer o que pensa em fazer, mesmo que fique só no pensar e deixe o fazer de tiver tempo ou condições. Existe uma propaganda que é muito eficaz: a do eleitor comum que sai divulgando o nome do candidato mostrando suas qualidades.

PROVÉRBIO

Em casa de papudo, não se fala em papo.

quinta-feira, 24 de setembro de 2020

A PALAVRA CERTA

"Pitu" ou "pitú"? Como deve ser escrita?

PALAVRA CERTA

Brasileiras e brasileiros - Foi o ex- presidente Sarney quem primeiro disse "brasileiras e brasileiros" publicamente no Brasil ou pelo menos ganhou repercussão. Na época, ele ganhou popularidade pra causa do Plano Sarney ou plano do congelamento de preços. As mulheres eram as maiores fiscais. O uso do feminino e masculino foi aos poucos se popularizando. Agora, num discurso de meia hora, se for usado o masculino e feminino, a fala fica  tão truncada que prejudica o entendimento. Melhor é usar da forma que reza a gramática tradicional. As brasileiras estão dentro dos brasileiros. Não tem como sair. Afinal, não somos duzentos e onze milhões de brasileiros? Ou somos duzentos e onze milhões de brasileiros e brasileiras?

DICIONÁRIO DA POLÍTICA

Amizades: Muitas viram fumaça na época. Outras são reatadas da campanha passada. Naquela estavam em trincheiras diferentes. Agora estão do mesmo lado. Um local perfeito para desmanchar amizades é na grande rede. Lá tem pra escolher.  No Face, é um campo mais amplo, céu aberto. No whats, mais fechado. Twitter - palavras mais resumidas, mas dar pra dizer muitos desaforos.

PROVÉRBIO

Em bilha não se enfia copo.

quarta-feira, 23 de setembro de 2020

DICIONÁRIO DA POLÍTICA

Apostas: O eleitor, por conta própria, ou a mando de um cabo eleitoral ou até de um candidato, "casa" dinheiro, moto, bicicleta, animal, trasporte ou qualquer outro bem na presença de uma pessoa. Se for dinheiro, alguém fica com os valores até o dia da eleição. Se for outra coisa, firma um compromisso até saber o nome do vencedor. Há apostadores que dizem até a maioria: "fulano ganha de sicrano com oitocentos votos". Se o fulano ganhar com a maioria de setecentos e noventa e nove, o cara perdeu. O jogo das apostas é duro, pois joga-se no escuro e com um universos de muitos jogadores. Há apostas desse tipo: "fulano ganha em todas as urnas". É dose acertar-se uma coisa dessa. Mas já ocorreu isso por aqui.

PROVÉRBIO

Ele está com o bicho na capação.

terça-feira, 22 de setembro de 2020

PALAVRA CERTA

Tixa, largatixa, lagartixa - Há muitos e muitos anos atrás, a nossa pequenina lagartixa era chamada tixa. 
Um dia, uma criança brincava com uma. A mãe grita para o filho:
- Larga a tixa, menino!
Talvez seja por isso que muita gente ainda chama aquele animalzinho de largatixa.

DICIONÁRIO DA POLÍTICA

Arrochar na promessa: É prometer além do possível. É prometer "até não querer mais". É prometer até o eleitor desconfiar.

DIAS SECOS

Vivemos os dias que bem podemos chamar de dias secos. A ausência de chuvas naturalmente faz o poeiriço se espalhar. Nuvens aparecem, mas ainda não é tempo da retomada do período chuvoso.

PROVÉRBIO

Ele sabe por onde formiga mija.

segunda-feira, 21 de setembro de 2020

POESIA

Árvore

Raízes fincadas
No chão da terra 
Nos remetem
Ao nosso ser
Ao nosso estar
À nossa vida 
Aqui na Terra.

Somos ela cada vez
Que no chão fincamos
Nossas esperanças 
Na vida presente
E no futuro projetamos 
Um viver modesto
E na fé nos seguramos.

Somos árvores quando 
Não  nos deixamos abalar
Por ventos que nos sacodem
Pra lá e pra cá
Quando coisas parecem grandes
Mas na verdade elas não podem
De jeito nenhum nos derrubar.








PROVÉRBIO

Eh, rês fugida faz rastro seguido.

domingo, 20 de setembro de 2020

ENTRETENDO - EDIÇÃO DE DOMINGO

VOLTA ÀS AULAS
Neste ano, as aulas na escola pública, consoante o decreto da governadora, não haverá mesmo aulas presenciais. Não se sabe sequer quando será o retorno no próximo ano.

HUMOR
•O marido para a esposa:
- Acho que o pneu está com falta de ar.
- É claro! Do jeito que você está correndo!

• - É a esperança que me faz trabalhar.
- Esperança de quê?
- De nada. Esperança é a minha mulher. (Da Folhinha do Sagrado Coração de Jesus, 2007)

TEXTO DE LIVROS DIDÁTICOS
A Cidade de Salvador

Salvador, a capital do Estado da Bahia, é uma das mais interessantes cidades do Brasil.
Pitoresca na sua desarrumação, na quantidade de cruzes das igrejas levantadas para o céu, na confusão do verde da vegetação, das muralhas das fortalezas antigas, dos paredões dos conventos.
Salvador está dividida em cidade Alta e cidade baixa, que se comunicam por dois planos inclinados e dois elevadores, um dos quais é o elevador Lacerda, que tem uma torre com sessenta metros de altura.
Na parte baixa, no lado do mar, corre a Avenida Oceânica, onde o monumento ao Cristo Redentor domina a cidade.
Na parte baixa estão o comércio, o casario colonial, as velhas ruas, os templos antigos.
Na parte alta, mais moderna, mais ampla, mais bela, ficam os edifícios públicos e as novas residências. Aí estão o Palácio da Aclamação, sede do Governo do Estado; a Biblioteca Pública; a Faculdade de Medicina; o Parque Duque de Caxias ou Campo Grande, onde se erguei monumento ao "2 de julho", construído para comemorar a expulsão dos portugueses da Bahia na guerra da Independência; o Jardim da Aclamação; as Praças 13 de Maio, Castro Alves e Rio Branco; o Passeio Público, onde as crianças brincam.
Numerosas e belas igrejas são encontradas na cidade do Salvador, destacando-se pela sua imponência maravilhosa a igreja do Convento da Ordem terceira de São Francisco. Sua fachada é toda de pedra, trabalhada caprichosamente, e seu interior, opulento em obras de talha, é resplandecente de ouro.
Chamam a atenção dos visitantes: a tradicional igreja do Senhor Bonfim; a igreja de Nossa Senhora da Conceição da Praia, construída em 1549, ano da fundação da cidade do Salvador, pelo primeiro Governador Geral, Tomé de Sousa; a igreja de Nossa Senhora da Graça; a Catedral Basílica do Salvador, onde se encontra o túmulo de Nem de Sá, terceiro Governador Geral do Brasil.
Muitos edifícios modernos embelezam a capital baiana, como o do Instituto do Cacau, do Instituto de Educação, do Grande hotel e outros.
No cais do Mercado vêem-se muitas velas e mastros das jangadas e dos saveiros que trazem mercadorias que são vendidas ali.)
Nas ruas e praças da cidade baixa são encontradas as baianas com seus tabuleiros de apetitosos pratos e deliciosos doces típicos da Bahia.
No Museu Histórico da cidade são exibidas centenas de relíquias dessa Bahia que não se esqueceu dos tempos de luta da colonização e de heroísmo da Independência, mas tem progredido sempre, modernizando-se e acompanhando a marcha da civilização; dessa Bahia que trabalha, contribuindo para a riqueza nacional, exportando o fumo, o cacau, o café, o algodão, a mamona, os couros, as peles, os óleos vegetais. (Infância Brasileira, terceira série,  1960)

UPANEMA 67 ANOS
Cidade baixa e cidade alta

Em muitas cidade brasileiras existem a cidade baixa e a cidade alta. Filipe Guerra - tenho a informação de que lá seus munícipes conhecem esses termos. Na capital potiguar também há essa denominação da divisão da cidade. Se olharmos com mais cuidado, veremos outros exemplos. 
Em Upanema não há essa denominação, mas há de fato as duas cidades. No passado não era assim, pois a cidade era edificada somente na parte baixa. Alcancei sua construção que ia até as imediações da Manuel Gonçalves. A partir dos anos 80, a parte mais alta começou a ser habitada. Tudo começa com dois conjuntos residenciais que ficaram conhecidos por Cohab e Ipe. Ainda nos anos 80, foram erigidas algumas casas ao lado da Cohab: era o Nova Vida. O conjunto que mais tarde ganhou nome - Pêgas - voltou as crescer depois do ano 2000. Novos conjuntos foram construídos. A partir daí, a parte da cidade alta tornou-se maior que a baixa e continua a crescer.

LINGUAGEM CERTA
Privilégio
Quem tem privilégio escreve assim e não de outras maneiras.

POESIA
Estação

De quilômetro em quilômetro
Estacionei junto de seu coração
Em velocidade média
Sem pressa de chegar
Encostei e parei
E cheguei pra ficar.

Antes andei léguas
E mais léguas de caminhos
Às vezes esburacadas
Noutras vezes planos
Agora estou convicto
Que não cometi enganos.

Agora estou aqui disposto
A viver uma vida plena
O coração por inteiro
Entregue para viver
Do jeito que a vida deve
Gozar e nunca sofrer.



sábado, 19 de setembro de 2020

QUE PALAVRAS!

Capinar: Limpar (uma plantação, um terreno) de capim ou erva má.
Capivara: Mamífero caviídeo, o maior dos roedores atuais (chega a pesar mais de 50 quilos). (Aurélio).

PROVÉRBIO

É tão confiado, que quando se dá o dedo logo pela a mão.

sexta-feira, 18 de setembro de 2020

NINGUÉM PODE PROMETER ISSO

Poeira o tempo todo.

Com a ausência das chuvas, naturalmente a poeira chega e nos persegue o tempo todo. Sempre é assim e não temos a quem reclamar. Ninguém pode prometer que vai mudar isso. Estamos no tempo das promessas.

PROVÉRBIO

É tão confiado, que quando pega a mão quer o braço.

quinta-feira, 17 de setembro de 2020

DICIONÁRIO DA POLÍTICA

Poeira: É um elemento presente numa campanha política. Outrora o poeiriço era grande, pois as ruas eram só areia. Quando a multidão passava na passeata, a poeira acompanhava e ficava entranhada no corpo e na roupa, sem contar a gripe e dores de garganta no dia seguinte. Há movimentos que a passeata começa na zona rural. Lá a poeira faz lembrar os tempos passados.

PROVÉRBIO

É preciso pensar cada pedaço de cada coisa, antes de cada começo de cada dia.

quarta-feira, 16 de setembro de 2020

PROJETO DE EMANCIPAÇÃO POLÍTICA

A primeira entrevista do Jornal de Upanema foi com Antônio Rodrigues de Carvalho em outubro de 2003. Antônio Rodrigues ficou conhecido como o "homem que emancipou Upanema".

Foi perguntado a ele sobre o projeto de emancipação de Upanema:

JU: Como o senhor teve a ideia desse projeto?

Antônio Rodrigues de Carvalho: A ideia eu como deputado e nascido em Upanema, e vendo Upanema sendo nada a frente de quem governava Augusto Severo, aí eu me dispus a criar o município. Pra isso eu tive muitos votos quando eu passei por lá. A primeira vez que eu fui candidato, eu passava de casa em casa e dizia que se fosse eleito seria um lutador pela emancipação de Upanema. Fui eleito, taí Upanema, a juventude brilhante como vocês. Eu passei depois lá numa campanha de deputado, mas lá não me deram voto, não.

UM POUCO ANTES DA EMANCIPAÇÃO

Antecedentes - Antes da emancipação política, Upanema era povoado e depois distrito.

O povoado transformou-se em distrito em 31 de outubro de 1938, por força do decreto estadual número 603. Em 1953, a lei estadual número 874, de 16 de Setembro, elevou o distrito a categoria de município, desmembrando-se de Augusto Severo, cuja instalação teve lugar no dia 01 de janeiro de 1954, sendo o seu primeiro prefeito o Capitão José Gomes de Souza Bastos, da Polícia Militar do Estado, nomeado provisoriamente pelo governador do Estado, o Dr. Sílvio Piza Pedroza. O seu primeiro prefeito constitucional foi o senhor Silvestre Verás Barbosa, seguindo-se dos senhores Vicente de Paula Rocha, Antônio Lopes Sobrinho, Luiz Cândido Bezerra, Rosvaldo Bezerra de Medeiros, José Lopes Bezerra, Luiz Cândido Bezerra, Antônio Targino Sobrinho (assumiu após a morte de Luiz Cândido), Valério Augusto Tavares de Mendonça, Antônio Targino Sobrinho, Amarildo Martins Tavares, Manuel Lino (assumiu alguns meses), Jorge Luiz Costa de Oliveira - duas vezes consecutivas - Maristela Freire, Luiz Jairo Bezerra de Mendonça - duas vezes consecutivas - atual prefeito.

DIÁLOGO

No colóquio a seguir, há dois protagonistas: um jovem e um senhor que ressurgiu do passado.

- Bom dia, rapaz!
- Oi, véio! O que tá fazendo aqui?
- Estou tentando entender isso tudo que estou vendo. Me disseram que esta cidade é Upanema. 
- É. Tá vindo de onde?
- Nem eu mesmo sei. De repente reapareci e estou vendo coisas estranhas. Aqui é Upanema mesmo?
- Num já disse? O que mudou?
- Pra mim, tudo. Cadê a velha bolandeira que ficava perto do rio? Vi um rio diferente...
- Que é bolandeira?
- Não sabe? É uma máquina que descaroça algodão.
-Ah! Isso num existe mais! Naquela mesma rua papai me disse que teve uma cerâmica de tijolos e telhas.
- Hum! E ali perto da Igreja, que mudança é aquela?
- O quê mesmo?
- A praça da cidade.
-As praças. Aqui não tem só uma praça. A da Igreja é a Praça Padre Adelino que foi construída pelo prefeito Antônio Lopes, dizem os mais velhos. Depois foi reconstruída por Amarildo Martins em 2000.
- Fale das outras praças.
- Ah! A cidade está cheia de praças. Tem uma na Rua Francisco Bezerra, construída no final da administração de Antônio Targino. As outras foram feitas há pouco tempo, na administração de um jovem prefeito que administrou a cidade de 2001 a 2008. 
- Como era o nome dele?
- Jorge. Jorge Luiz. Tem praça na Avenida 16 de Setembro. Tem Praça da Criança. Tem praça que até perdi a conta.
- Cadê o cemitério que era ali no centro da cidade?
- Ah! Num trabalho escolar que fiz, estava com dificuldade de entender a história dos cemitérios e perguntei a uma pessoa que sabia do assunto.
- Cemitérios?
- Sim. Cemitérios. O cemitério que o senhor fala foi o primeiro que temos notícia. Há, pelo menos, três locais de cemitérios que Upanema já teve: o primeiro ficava por trás da Avenida Getúlio Vargas, nas proximidades onde hoje tem uma bomba de gasolina. Este o senhor deve conhecer. O atual é localizado lá nos conjuntos.
- Que conjuntos?
- É uma velha história. Eu ainda não tinha nascido, quando fizeram dois conjuntos residenciais. Hoje tem tantos que perdi a conta. É num desses onde foi construído o nosso cemitério. Na primeira administração do prefeito Luiz Cândido Bezerra, no final de 1970, ele fez uma importante reforma. No segundo mandato, ele realizou uma pintura.
- Qual foi o outro cemitério?
- Está é uma outra longa história. Rola por aqui que os Gonçalves fizeram um cemitério particular. 
- Menino, onde foram parar os telefones daqui. Cadê que não tô vendo?
-  Os telefones agora são chiques. Não tem mais fio, não.  Veja.
- Isso é telefone?
- É. Agora não precisamos mais de usar fios. É o telefone celular. Eu uso este no meu bolso e levo pra qualquer canto.
- Como funciona?
- Tem uma torre acolá que recebe informações de bem longe, de um outro aparelho chamado satélite. Eu ligo para outra pessoa que tem outro bagulho desse e nós batemos um papo legal. Se bem que ele não tem funcionado como a gente tá querendo.
- Que mundão doido é esse, menino?
- O senhor já viu o computador?
- Compu o quê?
- Computador. Um troço que inventaram pra facilitar a vida da gente. Através dele, a gente pode escrever, ouvir música, mandar uma carta pra outro e outras coisas mais.
- Que negócio é esse, menino?
- Nao se ouve mais música num rádio?
- Também. O computador faz coisas que o senhor nem imagina. Vamos falar de outra coisa. E por falar em rádio, aqui nós temos uma. Lá tem informações, músicas. A cidade vive ligada nela o dia todo. Na comunicação temos também um jornal mensal desde o ano de 2003. É o Jornal de Upanema.
- Cadê o correio?
- O correio é perto da Prefeitura e do Fórum municipal. O correio quase não entrega mais cartas. Hoje ele faz muitas outras coisas.
- Que negócio preto é esse que estamos pisando?
- É o asfalto. Não vê? O centro da cidade é todo calçado com essa massa preta que facilita os carros andarem.
- E os carros de boi?
- Que é isso, meu Senhor?
- Eram carros puxados por bois. Cadê eles?
- Por aqui não temos mais. Até carroça são poucas. Aqui temos é carros a gasolina, álcool e diesel. A moda também é a moto. Temos muitas motos por aqui. 
- Que carro é esse?
- Não é carro. É parecido com bicicleta. Só que tem motor. 
- Cadê o motor da energia?
- Não vê que não se usa mais motor? A nossa energia vem de longe.
- E a nossa água?
- Aqui temos muita água tanto pra beber quanto pra irrigar.
- Como é isso?
- Temos a terceira maior barragem do Rio Grande do Norte, a conhecida Barragem de Umari. Por aqui temos mais novidades, como a reforma do mercado público em 2003.
- Cadê os fotógrafos daqui? Não vejo um.
- Agora tudo está mudado. Temos as máquinas digitais. É bem pequenininha que cabe no bolso.
- Quem é o prefeito da cidade? Onde é a prefeitura?
- Atualmente é uma prefeita.
- E mulher vota?
- Vota e muitas delas são até governadoras. Aqui temos juíza, presidente da Câmara de vereadores...
- Abém! O mundo tá mudado mesmo! Estou até zonzo com tanta informação. Obrigado!
- Não há de quê!

(O texto acima é fictício, mas tem elementos da realidade local. Foi  escrito entre o ano de 2009 e 2010 e nunca tinha sido publicado).

CONTRADIÇÕES

De número 1 - Não combinam o "devemos estar de máscara o dia todo enquanto estivermos fora de casa" e logo na rua, tirá-la nas lanchonetes e bares onde também há muita gente circulando.

De número 2 - Fomos orientados a ficar em casa, ir para as ruas somente os que estariam fora do grupo de risco e até lockdown foi sugerido. Nesse período, houve contágio e xis número de mortos. Agora, depois de muitas aberturas, os números caíram. Por que?

PROVÉRBIO

É no junto do que sabe bem, que a gente aprende melhor.

terça-feira, 15 de setembro de 2020

DICIONÁRIO DA POLÍTICA

Passeata: Muita gente caminhando lado a lado, em fila, correndo, andando, gritando, cantando, batendo papo, bebendo. Em muitos trechos há muita poeira, pedregulhos, buracos, chão desnivelado, esgoto. Em alguns lugares, as pessoas passam apertadas, pois o beco é muito estreito. Um carro de som é indispensável. Um cordão de pessoas orientando o trajeto também é.
Acima, uma pintura geral de uma passeata. Abrange mais de uma época. É um passeio diferente de todos os que fazemos. E é somente de dois em dois anos. Uns adoram e aproveitam; outros detestam. 
 

PALAVRA CERTA

Excessão: Alguns escrevem assim: são, todavia, exceção.

Para grafar corretamente a palavra em questão exige um pequeno esforço. As letras podem produzir confusão na nossa memória, mas dá pra escrever corretamente. Exceção é assim.

PROVÉRBIO

O ruim de subir muito é cair depois.

segunda-feira, 14 de setembro de 2020

DICIONÁRIO DA POLÍTICA

O sorriso: Indispensável gesto para um candidato. Há eleitores de todos os gostos e opiniões. Sorrir pode não ser lá grande coisa. Mas não sorrir pode ser pior. "Ele tem a cara dura. É tão antipático que nem sorri para ninguém."

PROVÉRBIO

É na sela que o burro conhece o cavaleiro.

domingo, 13 de setembro de 2020

ENTRETENDO - EDIÇÃO DE DOMINGO

DEZESSEIS - Na próxima quarta-feira, 16, Upanema completa 67 anos de emancipação política, por força de lei estadual. Antônio Rodrigues de Carvalho foi quem ficou na história como o homem que emancipou Upanema.

ESPORTE - Hoje tem jogo de futebol entre a segunda maior torcida do Brasil contra a maior. Seis da tarde.

HUMOR - Pescador
No momento de lançar a linha, o pescador perdeu a chumbada. Resolveu o problema com uma moeda e sentou-se pacientemente à beira do rio. Não precisou esperar muito. Logo um peixe colocou a cabeça fora d'água, furioso:
- Meu amigo, nós queremos minhocas e não esmolas.

TEXTOS ANTIGOS - O Norte do Paraná 
O Norte do Paraná possui um solo de prodigiosa fertilidade. Imensas florestas cobriam toda a região. Um grupo de fazendeiros paulistas resolveu um dia construir uma ferrovia que, partindo de Ourinhos, no Estado de São Paulo, penetrasse por esse sertão.
Os trabalhos foram iniciados, atingindo os trilhos o rio Paranapanema, sobre o qual foi construída uma ponte de aço que custou mais de um milhão de cruzeiros. Foram avançando e alcançaram Marques dos Reis e Presidente Munhoz. Não tardou para que as pontas dos trilhos chegassem a Leoflora e pouco depois a Cambará. As povoações foram surgindo à beira da via férrea. Os colonos começaram a procurá-las, aumentando-lhes as populações. Cinco anos mais tarde, a estrada foi prolongada até Ingá de onde se estendeu até atingir Bandeirantes, Santa Mariana, Cornélio Procópio, Jataizinho e Londrina.
Mas, os trilhos não pararam aí. Prosseguiram passando por Caviúna, Arapongas e Apucarana. Os trabalhos de construção continuam para levar a estrada até Mato Grosso.
O traçado dessa via férrea, resultado do bandeirismo moderno na sua marcha para os sertões do oeste brasileiro, segue aproximadamente o caminho percorrido pelo grande bandeirante Antônio Rapôso Tavares, nas suas lutas contra os espanhóis.
A construção da estrada de ferro operou milagres na região em que passa, fazendo surgir prósperos municípios, cidades, vilas e povoados, à imagem da clareira aberta na imensidão da floresta bruta para a passagem de seus trilhos. (Infância Brasileira - terceira série primária)

A construção de estrada de ferro pelos antepassados deixa claro como era a mentalidade dos administradores - hoje gestores -
O negócio era progresso. Pensavam em que investir em infraestrutura para que a produção de grãos e todo tipo de carga pudessem ser transportadas. Para eles o progresso de um país não passava pelo investimento da folia, como vemos hoje. Num trajeto de uma estrada de ferro pode muito bem haver um espaço para arte ou folia. Eles não pensavam assim. E estavam certo, na minha modesta opinião.

QUESTÃO GRAMATICAL - 
Eu me acordei cedo hoje.
O verbo acordar não admite a companhia de pronome oblíquo. Por isso, apenas "acorde". Se for cedo, tanto melhor. (Dica de Luiz Antônio Sacconi)

PROVÉRBIO DAQUI  - Mais falso que  tábua de quixó.

PODER - Começou quase pra valer a campanha eleitoral deste ano. É época das convenções partidárias. Ali os possíveis candidatos são apresentados ao público, mesmo que este já saiba até em quem vão votar.
Candidato - Ainda não há candidatos. Ainda não é permitido pedir votos. Pode pedir o apoio.
Poluição - Os fogos de artifício estão de volta. Principiam o pleito ou pré-pleito eleitoral e os fogos reboam no ar. Fogos que animam, alertam a galera, mas irritam outros, além de espantar cachorros, assustar a muita gente, principalmente velhos e criancinhas.
 
POESIA  - Chicotadas

Quantas chicotadas levaremos
Para aprendermos 
A andar de carro
Na direção
Ou como passageiro?

Quantas chicotadas levaremos
Para aprendermos
A contar até dez em inglês
A aprendermos
A tabuada de seis
De sete e de oito
A diferenciarmos
A bolacha do biscoito
A aprendermos
A usarmos bem o ouvido
E falarmos na hora certa
A entendermos o sentido
De vivermos plenamente
Sem perturbarmos o descrente
Que vivem sem ter vivido?






sábado, 12 de setembro de 2020

MUDAR O MUNDO PELA EDUCAÇÃO

Ouvir alguém falar que o pais ou até o mundo muda pela educação soa muito romântico ou dá até vontade de chorar. 

O OUTRO LADO QUE NEM TODO MUNDO VÊ OU CONCORDA

A qualidade do ensino caiu exatamente quando a escola resolveu educar mais que ensinar. 
Hoje a escola quer abraçar o mundo e até quer transformá-lo. Todas as demandas sociais querem envolver a escola. Muitas vezes os alunos são convidados a participarem de eventos fora da escola. O ruim da coisa é que eles deixam de estudar na sala para participarem de caminhadas disso e daquilo. E quando o Brasil fica lá atrás no Pisa, é uma reclameira geral.

Tenho em mente que cada macaco deve ficar no seu galho. Deixemos a escola ensinar, a família educar e cada movimento social movimentar.

QUE PALAVRAS!

Capão: Frango cevado. Cavalo castrado. Porção de mato isolado no meio do campo. (Aurélio)

O verbete "capão", em seus três significados nomeados acima são mencionados por aqui muito de leve. 

PROVÉRBIOS DAQUI

Mais enfeitado que burro de cigano.

PROVÉRBIO

É muito bom achar um pirão já feito.

sexta-feira, 11 de setembro de 2020

DEZENOVE ANOS DO ONZE

Pela TV, torres incendiadas em Nova Iorque era possível assistir naquele dia, quase em tempo real, àquela cena lúgubre. 

Era o dia 11 de setembro de 2001. Um estrago de quase três mil pessoas que perdem a vida. Hoje nossas lembranças são inevitáveis.

DICIONÁRIO DA POLÍTICA

Apaixonados: Na raiz da palavra está a paixão. No latim, a palavra paixão tem algo a ver com sofrer. Paixão é um sentimento de amor intenso. Um amor que é sofrer. Pois é disso que vivem os apaixonados por partidos políticos ou cores partidárias. Há quem passe a vida inteira apoiando um lado político ou cor. Sofre, mas não deixa. Pode até a cor mudar, mas aquele lado é o mesmo. Como exemplo, os azuis, que já foram vermelhos durante muitos anos. Com os verdes é a mesma história. Nas passeatas, os ramos de árvores são usados como bandeiras daquele lado. É paixão. É tempo de eleição.

PROVÉRBIO

É melhor uma prosa bem puxada do que uma muito esticada.

quinta-feira, 10 de setembro de 2020

quarta-feira, 9 de setembro de 2020

NÃO TEM MAIS VOLTA

De repente, uma possível volta das aulas presenciais no Estado do RN deixou de ser realidade. Ontem a governadora bateu o prego, virou a ponta e decidiu o não retorno para este ano escudada em alguns pontos. Um deles é o não envio de recursos federais para o cumprimento dos protocolos. Uma pesquisa do Ibope e o que pais e alunos desejavam, ajudaram a chefe do executivo tomar a decisão.

Pelo que captei até agora, no próximo ano os alunos farão uma espécie de estudo em ciclos. Os conteúdos serão ministrados a partir de onde pararam neste ano.
Nada mais lógico e justo. 

Para ilustrar: Em Língua Portuguesa, Segunda série, o professor estava estudando os verbos. No próximo ano, já na Terceira série, os alunos estudarão os próximos assuntos da segunda série: advérbio, pronome, etc, até chegar nos conteúdos da terceira. 

DICIONÁRIO DA POLÍTICA

Compromisso: Atributo indispensável a todo candidato. É um vínculo estreito entre este e o eleitor. Se ele não se compromete, fica parecendo que não tem competência e aptidão para o cargo.

PROVÉRBIO

É melhor andar a pé, que montar em burro magro (Gaúcho).

terça-feira, 8 de setembro de 2020

PREVISÃO

A volta das aulas presenciais no RN está na base da previsão. Estão previstas para o 5 de outubro, uma segunda-feira. Depende do andar da carruagem. Carruagem: os números do coiso-19.

POESIA

Mudança muda

Mudança muda
Não muda nada
Apenas molga
Não sobe escada
Fica no meio
Da caminhada.

Troca os lugares
Dos personagens
De uns ali
Tira vantagens
Já para outros
Lhes dá viagens.

Nessa mudança
O essencial
É chamar o bom
Que é o mal
Premia os seus
E os faz um "tal".












PROVÉRBIO

É ditado da raposa: o sol se pôs, inda se faz muita coisa.

segunda-feira, 7 de setembro de 2020

LEITURA NO SETE

Uma das recordações de desfiles do dia 7 de setembro foi uma leitura que fiz nos tempos de estudante, ainda na tenra idade. O palanque onde ficavam as autoridades e os diretores de escola era nas imediações da Praça Padre Adelino. 

Só sei que li um texto fornecido pela professora. Falava de pátria. Apenas li, sem entender nada, pois a emoção diante de tanta gente não permitia isso. Era um tempo em que uma criança ler em público era uma coisa absolutamente comum.

PS. Tremia mais que vara verde.

VOLTA, SETE!

Não é somente saudosismo dos que são da minha idade. Não e não!

É aquela coisa chamada lacuna que na nossa vida se instala e não poderá ser preenchida casa m outra coisa. Festas do 16 ou outras similares não preenchem o 7 de setembro com seu desfile nas ruas e avenidas, acompanhado com bandas daqui e de outras cidades. 

Todos os anos nesta data, há pessoas recordando daqueles dias. Lembram-se dos que tocavam na banda municipal e da participação dos mesmos nos desfiles como alunos.

O relato acima é fundamento de sobra para pedir a quem de direito a volta do desfile do 7 de setembro.

SETE

Há tantas versões acerca da nossa independência, que não sei com qual fico.

Há historiadores que dizem que o Brasil ficou livre de Portugal, mas caiu nas garras dos ingleses ao emprestar dinheiro, em garantia do apoio.

Fico com as boas lembranças dos desfiles nas ruas da cidade. Fico com os belos hinos do dia sete, como o da Independência e o Nacional.

Já podeis, da Pátria filhos
Ver contente a mãe gentil
Já raiou a liberdade
No horizonte do Brasil
Já raiou a liberdade
Já raiou a liberdade
No horizonte do Brasil

Brava gente brasileira!
Longe vá, temor servil
Ou ficar pátria livre
Ou morrer pelo Brasil.

PROVÉRBIO

É ditado da cotia: o sol se pôs, acabou-se o dia.

domingo, 6 de setembro de 2020

ENTRETENDO - EDIÇÃO DE DOMINGO

Setembro chegou com pequenas novidades: anúncio da volta das aulas presenciais para 5 de outubro; queda dos números do coisa-ruim em todo estado; retração dos fogos; não-quebramento dos canos da caern.
Não haverá programação da festa do 16. Pelo menos presencial. Acho que só.

HUMOR
No hospício

Um visitante pergunta a um  doido:
- Meu amigo, por que está aqui?
- Não sei, respondeu o doido. Eu dizia que todo mundo estava louco e todo mundo dizia que o louco era eu. Claro, venceu a maioria.

ORIGEM DAS PALAVRAS
Chefe - do latim caput, cabeça, coisa principal, que vem em primeiro lugar. O francês dá à palavra chef, o significado de cabeça. (Dicionário da Origem e da Evolução das Palavras, de Luiz A. P. Vitória)
Chefe nos faz recordar o papel do chefe político. Hoje prefere-se chamar líder. Mas dá no mesmo. Concentrarmos na figura do chefe. Chefe era aquele que arrebanhava os votos no período da campanha e no dia do pleito. Recebia os eleitores em suas casas, dando-lhes comida e passagem, se preciso fosse. Muitos dos eleitores eram compadres e patrões. Também chamavam de chefetes, num sentido pejorativo. Os chefes tinham também a função de fazer prognósticos dos números de eleitores, como as condições de eleição. Eram pontes que ligavam a deputados e outras lideranças do Estado. Substituíam os institutos de pesquisa. Eram dados pé no chão. Assim, não podiam exagerar na maioria, senão, além de estarem enganando a si mesmos, estariam  enganando os seus chefes superiores. 

LINGUAGEM CERTA
Houveram muitos protestos. 
Aliás, houve muitos protestos. O verbo haver, quando significa acontecer, não varia.

TEXTOS ANTIGOS
Surge a imprensa

No dia seguinte Dona Benta começou sossegando a menina.
- Não temos guerra hoje, nem gente queimada viva. Vou contar a história da imprensa, inventada pelo Senhor Gutenberg depois de já ser muito velha na China. Até o aparecimento desse homem não existia no Ocidente um só livro impresso, um só jornal, uma só revista. Estamos hoje de tal modo acostumados aos livros, ao jornal e à revista, que nos parece impossível que assim fosse.
Os livros que existiam eram todo feitos à mão, ou manuscritos. Ora é fácil de compreender como isto os tornava caros. Só os reis e a gente muito rica podiam dar-se ao luxo de ter alguns. Uma Bíblia, por exemplo, custava tanto quanto uma casa. Por esse motivo as que havia nas igrejas, às ordens de quem as quisesse ler, eram presas a argola por meio de correntes de ferro. Medo de que as furtassem. Quem se lembraria atualmente de furtar uma Bíblia, hoje que os propagandistas andam a distribuí-las pelo mundo, de graça e aos milhões?
Tudo iria mudar, porém. Em 1440 o tal Gutenberg imaginou o meio mecânico de fazer livros. Esculpiu em madeira, separadamente, todas as letras do alfabeto, formando assim tipos. Com esses tipos formou palavras. Depois passando tinta sobre os tipos e comprimindo-os contra um papel, obteve a primeira coisa impressa. Estava inventada a imprensa. O Ocidente conseguira, afinal, o meio de sair do estado de estupidez crassa em que vivia. Com o livro e o jornal impressos mecanicamente, aos milheiros e por preço ao alcance de todos, quem é ignorante hoje é porque quer. Meios de iluminar o cérebro não faltam.
Em 1440 Gutenberg imprimiu na Alemanha o primeiro livro - uma Bíblia em latim. Na Inglaterra o primeiro livro impresso, sabem qual foi? Um tratado sobre o jogo de xadrez, feito por um tal Caxton!...(História do mundo para crianças - Monteiro Lobato)

PROVÉRBIO DAQUI
Mais difícil que enterro de anão.

POESIA - Ainda bem

Ainda bem que estás
Bem pertinho de mim
Para segurar minha mão
Quando eu sofrer empurrão
Vindo de frente ou de trás.

Tens para mim um valor
Indescritível até
Vivo tranquilo e sossegado
Por estares ao meu lado
Com alegria e amor.

Ainda bem que estás
Sempre com muita atenção
A tudo o que faço
Salvas dos meus embaraços
Mais que isso não quero mais.

sábado, 5 de setembro de 2020

VOLTA DAS AULAS PRESENCIAIS

Dois "se"

O governo do Estado anuncia a volta das aulas presenciais em 5 de outubro, com ressalvas.

Para que ocorra a volta, pelo menos dois "se" são necessários.

Se a escola cumprir os protocolos de segurança e se os indicativos do corona estiverem sob controle.

Acredito na volta -  Pela primeira vez, acredito que agora é pra valer. Vai ter volta das aulas presenciais.

Quase - Quando em março estávamos nos arrumando para cumprir o decreto da interrupção da aulas, um aluno me perguntou que quando íamos retornar. Eu respondi na bucha: "Acho que lá para setembro".

"Âh!" Assim expressou-se.
Quase acerto.
 

QUE PALAVRAS

Cantoria: Ação de cantar; canto. Vozes que cantam. (Aurélio).

Cantoria também tem o significado de "música cantada pelos repentistas de viola."

Se dissermos que vamos a uma cantoria, todo mundo entende que vamos escutar cantores repentistas.

Canzarrão: Grande cão. (Aurélio).

É uma maneira mais polida de nos referirmos a um cachorro bem grande. Obviamente, "cão" aqui não passa nem perto do significado de "capeta".


PROVÉRBIO

Guardar o que não precisa.

CONTRA

Em nota, o Sinte-rn se posiciona contra a volta das aulas no momento. Alega os riscos pata professores, funcionários, estudantes e pais. Além disso, grande parte das escolas não têm condições de receber a comunidade escolar.

"O SINTE/RN é contrário a retomada das aulas presenciais na Rede Estadual, marcada para 05 de outubro, conforme anunciado pelo secretário Getúlio Marques nesta quinta-feira (03). Por isso, cogita a possibilidade de chamar uma greve." (Site do Sinte)

Os argumentos do sindicato não se sustentam pelo menos num ponto: apesar de as escolas não estarem preparadas no momento, ainda falta um mês. Quanto aos riscos, ninguém tem dúvida. Também ninguém será obrigado a voltar.

Desistência - Também ninguém tenha dúvida que o desfalque de alunos será grande, pelo menos por dois motivos: desistência e medo.



sexta-feira, 4 de setembro de 2020

DICIONÁRIO DA POLÍTICA

Discurso: Uma peça importante no jogo da conquista dos votos. Entretanto, não é indispensável. As palavras bem articuladas de um candidato recebem o louvor dos ouvintes. Até os adversários elogiam o bom orador: "Ele fala muito bem". 
Há os que atacam muito os adversários de forma sistemática. Até esquecem de dizer o porquê de sua candidatura. 
Há os que falam tão mal que não acertam nem o número de sua candidatura. De todo jeito, é melhor falar do que não falar. Se não tem habilidade, fala o básico do básico. Pode até levar algumas anotações discretas.
Mesmo o que fala bem, se sua candidatura não vai bem, o público notará e seu discurso não renderá frutos.

LINGUAGEM CERTA

O pessoal não gostaram

Na verdade, o pessoal não gostou.

O erro de se dizer que "O pessoal não gostaram" é o tipo de concordância baseada num falso raciocínio: "pessoal" é mais de um. Então, deve ser "gostaram". Não. O pessoal não gostou mesmo daquela barulheira à meia-noite.

PROVÉRBIO

É como carne da pá, que não é boa nem má.

quinta-feira, 3 de setembro de 2020

REDES

As redes sociais mais uma vez será uma grande ferramenta que abrirá caminho para a eleição de um candidato. 

Quem souber usá-las e tiver muitas redes para embalar as propostas e promessas, estará no páreo da corrida rumo a um dos palácios.

LINGUAGEM CERTA

Se eu vir 

"Se você vir nosso amigo Marcos, diga que quero falar algo importante".

O uso de "vir", do verbo "ver" é objeto de tropeço de muitos falantes e escreventes da língua.

Quase todo mundo diz: "se você ver...".

DICIONÁRIO DA POLÍTICA

Aperto de mão: É uma das formas de se mostrar educado e comunicativo. Se apertar a mão de uma pessoa num ambiente, tem que apertar a mão das demais. Nesse tempo de pandemia, os candidatos preferem não apertar a mão de ninguém. Os eleitores precisam entender isso.

PROVÉRBIO

É com mel que se pega abelha.

quarta-feira, 2 de setembro de 2020

LINGUAGEM CERTA

É fato certo que há estudiosos da linguística que defendem que essa questão do falar certo e errado não existe. Não acho que chegue a tanto. Depende do contexto e de quem está falando. Mas não é preciso exagerar.

Não acho saudável, portuguesmente falando, uma pessoa da imprensa, falada, escrita, televisada, radiada, youtubada, feicebucada, tuitada... falante da língua, enfim, expressar-se dessa maneira: Num disse? Num era pra pra ser assim, etc.


PRA LÁ DE AGRADÁVEL

Está pra lá de agradável o tempo hoje pela manhã. Até parece que não é aqui. Parece mais com cidades serranas. 

O porém fica por conta dos dengosos e chicunguniados. Dizem eles que em momentos frios é que a coisa pega mesmo.

PROVÉRBIO

É andando que cachorro acha osso.

terça-feira, 1 de setembro de 2020

RETORNO AINDA INCERTO

O retorno das aulas presenciais no RN ainda é incerto, mas, consoante a mais recente informação, haverá amanhã uma reunião com comitê científico e representantes das escolas públicas e particulares. Lá poderá sair uma decisão final.

Estima-se que há muitos alunos desistentes. Uma proposta poderá amenizar a situação: a adoção de ciclos. O aluno estudará dois anos em um. Concordo. Vivemos momentos de exceção.

DICIONÁRIO DA POLÍTICA

Buzina: Um acessório muito usado nas campanhas políticas. É como se estivessem dizendo: "Estou aqui. Sou candidato".
O que seria de alguns candidatos sem a buzina?
Engraçado: há uns que buzinam o tempo todo - em tempo e fora de tempo de campanha. Não poderão ser acusados de buzinadores só em época eleitoral.
Pam, pam, pam!
Pit, pit, pit!
Pit!

PROVÉRBIO

Duzentas galinhas e um galo, comem como um cavalo.

PROVÉRBIO

A parvos, aborrecem-lhes discretos.