O próximo mês é de muito desgosto para quem acredita nesse
ditado. Além de desgosto, é também de muita expectativa. Eles contabilizam as
mazelas de agosto, mas esquecem-se que nos outros meses também acontecem muitas
coisas que levam ao desgosto. Diz-se que as mulheres portuguesas não casavam
nunca no mês de agosto, época em que os navios das expedições zarpavam à
procura de novas terras.
Casar em agosto significava ficar só, sem lua-de-mel e, às
vezes, até mesmo viúva. Os colonizadores portugueses trouxeram esta crença para
o Brasil já transformada em ditado popular segundo o qual ‘Casar em agosto traz
desgosto'. Assim, se o casamento não for realizado em julho, por qualquer
motivo, é bom deixar para casar em setembro, pulando-se o mês de agosto. E por
se tratar de um mês azarado - explica Pereira da Costa "é de mau agouro
para casamento, mudanças de casa e empreendimentos de qualquer negócio de
importância".
Na Alemanha, entretanto, as mulheres não acreditam no poder
mágico da superstição. Enquanto em muitos países maio é o mês das noivas, lá as
moças sonham casar no mês de agosto, preferencialmente num dia de sexta-feira,
o que não significa um desafio, mas um costume.
Na Argentina, não é aconselhável lavar a cabeça durante todo
o mês de agosto. Quem lava a cabeça em agosto está chamando a morte. Para
desmistificar essa superstição basta que façamos uma breve análise da história
para que percebamos o absurdo desse ditado.
Supersticioso é fogo!