segunda-feira, 31 de agosto de 2020

QUANDO SETEMBRO CHEGAR

Quando setembro chegar
Quero aqui estar 
De cabeça levantada
De mãos espalmadas
Para defender-me
Das bolas atiradas
Em minha direção
Qual goleiro no gol
Que vive preparado
Para defender-se
Do que possa vir
De qualquer lado.

Setembrarei desde o princípio
E estenderei até o termo
Para depois outubrar
E emendar em novembro
Depois alcançar dezembro
E chegar a mais um ano
De esperança e muito planos
Pé no chão sem nenhum engano.

domingo, 30 de agosto de 2020

ENTRETENDO - EDIÇÃO DE DOMINGO

As chuvas se foram, mas os mosquitos ainda não. Eles continuam arrasando no mau sentido. A cada dia aumenta o número dos que claudicam. Os dias ainda não voltaram ao normal. A volta das aulas presenciais ainda é um enorme ponto de interrogação. Assim passam-se os dias. Nessa pisadinha, setembro está bem ali.

"Quando entrar setembro e a boa nova andar nos campos", diz o poeta. E nas cidades também, digo eu. 

Que venha este e muitos outros setembros.

NOVO ALERTA DO INMET

Mais uma vez, o Instituto de Meteorologia faz alerta à população sobre a baixa unidade. Ela pode causar incêndios e ressecamento da pele. 

Para amenizar, faz-se necessário beber muito líquido.

Upanema está entre as 54 cidades do RN.

FIGURAS FOLCLÓRICAS - Maria Gama

No quadro "Figuras folclóricas" do Jornal de Upanema, de janeiro de 2004, Maria Gama foi homenageada.

Vejam textualmente o que foi publicado no JU:

Maria Gama, como é conhecida, nasceu em Upanema, no sítio onde antigamente chamavam Papagaio (próximo de Umari), no dia 8 de novembro de 1942. Filha de Francisco Justino da Silva e Maria Tereza da Conceição. Com três anos de idade, seu pai, devido às dificuldades da seca, foi obrigado a se mudar para um sítio no município de Campo Grande onde lá ela se criou. Voltou a Upanema quando contava já com 22 anos, vindo pagar um voto que sua mãe tinha feito a Nossa Senhora da Conceição. E por coincidência do destino, nessa festa ela encontrou Antônio e com menos de um ano casaram-se vivendo juntos até hoje.

"Tenho quatro filhos, sete netos e quarenta anos de casada", diz ela com um sorriso no rosto.

JU: O que a senhora faz hoje em dia?

MG: Na Igreja Católica eu sou catequista, do grupo de Campanha e faço parte do Conselho da Paróquia na parte das finanças.

JU: Como a senhora acha que ficou tão conhecida em Upanema?

MG: Eu acho que sou conhecida por causa da minha maneira de ser, meu carisma. Onde eu vou, eu faço boas amizades e todo mundo gosta de mim. Gostam quando eu conto piadas. A coisa melhor que eu acho na minha vida é viver feliz. Eu ficar triste é um negócio muito difícil.

A quem possa interessar

Certa vez, passava pela cidade um grupo de religiosos pedindo donativos para a festa do padroeiro de uma cidade vizinha. Ao chegar ao centro da cidade, encontraram um rapaz que nada sabia sobre a religião católica. Interrogado sobre quem seria a padroeira de Upanema, ele, a princípio, diz:

- Sei não!

- Depois resolve responder:

- Ah! Acho que é Maria Gama! 

•Maria Gama da Silva faleceu em Mossoró no dia 26, quarta-feira. Tinha 77 anos.

EXPRESSÕES DO UPANEMÊS

Bater a biela: Preocupar-se. Ex: Não  bato nem biela com o que me disseram. Morrer.

Bater catolé: Falhar. É empregada esta expressão quando uma arma de fogo falha na hora h. 

Bater fofo: Não cumprir um compromisso.

ORIGEM DAS PALAVRAS

"Candidato: É muito interessante a origem da palavra candidato. O vocábulo candidato, segundo os dicionaristas, provém do latim candidatus. Um costume romano exigia que os aspirantes aos mais altos cargos eletivos se apresentassem, nos dias das eleições, com vestimenta branca, cândida, e sem túnica, a fim de que os cidadãos pudessem ver melhor as cicatrizes dos ferimentos recebidos nós combates, pela glória da pátria. Simbolizava, ainda, a roupa branca, a lisura e honestidade de propósitos que animavam aqueles postulantes à função pública." (Dicionário da origem e da evolução das palavras, de Luiz A. P. Vitória)

As marcas dos candidatos devem ser percebidas pelos eleitores ao longo da campanha. O que eles têm para oferecer é a chave para os eleitores. No dia do pleito é só abrir.

TEXTOS ANTIGOS

Historinha antiga

-Pare na esquina - disse o passageiro.

O chofer obedeceu.

- São cinco cruzeiros - informou ele, indicando os números antes de fazer o taxímetro voltar a zero. O passageiro estendeu-lhe uma nota de dez:

- Cobre aqui.

O motorista balançou negativamente a cabeça:

- Não tenho troco - disse.

- E como é que vamos fazer? - perguntou o passageiro. - Se houvesse alguém aí em casa... Mas está todo mundo viajando e o dinheiro mais miúdo que eu tenho é esta nota de dez.

- Bem - falou o chofer - o jeito é a gente procurar onde trocar essa nota.

- Sim, acho que é a única coisa que se pode fazer - concordou o passageiro.

O táxi arrancou quase num salto. - Por aqui não vai ser nada fácil encontrar quem troque - disse o passageiro, reajustando os rins abalados pela arrancada. - Ainda mais hoje, domingo, com quase tudo fechado.

Rodaram algum tempo em silêncio. Depois o chofer falou:

- Vamos ver se conseguimos trocar naquela quitanda lá adiante. Não conseguiram.

- Acho que esse cara está é com má vontade - disse o chofer quando retornaram ao carro.

- Talvez ele não tenha mesmo troco - disse o passageiro.

- Então experimente trocar comprando uma carteira de cigarro.

- Eu não fumo - respondeu o passageiro.

- Então...compre qualquer coisa.

- Que coisa?

- Bom...Que tal uma garrafa de cachaça?

Não havia troco. A garrafa continuou na prateleira, para decepção do chofer.

Voltaram ao táxi. Dali por diante, infelizmente, estava tudo fechado. O passageiro se sonhava em casa, depois de uma longa chuveirada, lendo o jornal cômoda mente instalado na sua poltrona predileta, quando o chofer voltou a falar.

- Bom, acho que estamos novamente no ponto de partida - disse ele.

- É. Concordou melancolicamente o passageiro. - Foi logo ali adiante que eu tomei o seu táxi.

- Isso quer dizer que não há mais problema - falou o chofer.

- Não? - perguntou o passageiro.

- Claro que não. Daqui pra sua casa a corrida deu cinco cruzeiros, não foi?

- Foi.

- Então, embora o taxímetro esteja desligado, sabemos que uma corrida de sua casa para cá também dá cinco cruzeiros. Sendo assim, não precisamos mais trocar o dinheiro: são exatamente dez cruzeiros. Eu dispenso o quebrado a mais do tempo em que ficamos parados naquela quitanda.

O passageiro sentiu-se subitamente aliviado. Entregou a nota de dez ao chofer, agradeceu, soltou do táxi - e foi a pé para casa. (Ruy Espinheira Filho)

HUMOR

- Papai, me dá cinco cruzeiros para eu dar a um pobre.

- Mas o que tem esse pobre?

- Ora, papai! Ele tem sorvete para vender. (Português Dinâmico, Sétima série)

POESIA

Emancipação

Subestimei minha força
Aprisionei a liberdade
Desprezei o meu  poder 
De mudar a realidade.

Nas mãos tenho chaves 
Para abrir as  algemas
Que me aprisionaram
A este  terrível dilema.

Não tentem me impedir 
Não ousem me confrontar
Não nasci para gaiolas
Sou pássaro e quero voar.

(Júlia Costa)


sábado, 29 de agosto de 2020

MEMÓRIA

Não sai da nossa memória os dezoito anos da passagem do professor Juvenal José de Medeiros, ocorrida nesta data, em 2002.

Juvenal era um professor de História que gostava de contar histórias dentro e fora da sala de aula. Era um paraibano que adotou  Upanema como sua cidade.

PROVÉRBIO

Dois tatus machos não moram no mesmo buraco.

QUE PALAVRA!

Cantiga - Poesia cantada, dividida em estrofes iguais. Canção. Pop. Conversa cheia de lábia ou astúcia. (Aurélio)

Entre os mais velhos que eu, cantiga é simplesmente uma música e pronto.

sexta-feira, 28 de agosto de 2020

ELEIÇÕES ANTECIPADAS EM UMA HORA

O pleito eleitoral deste ano foi esticado em uma hora a mais. Começará às sete da manhã, e não às oito, como era há anos. Terminará as dezessete horas como de costume.

Informações do site do TSE.

FAZER CERTO TAMBÉM EXIGE RENÚNCIA

O medo de que algo de ruim aconteça na nossa vida não é o bastante para evitá-lo. A palavra-chave é renúncia. 

Quantas vontades já não reprimimos para que livrássemos de um mal?

Pois é. O momento atual exige renúncia de todos. O desejo de promover ou frequentar um desses locais de farra não é pequeno não. Os promoters precisam renunciar a essa vontade. Os jovens, idem. Às autoridades, a lei, a ordem e as vontade de acertar.

Fazer certo exige renúncia das próprias vontades e começar a ter medo de errar de olhos abertos.

O bichinho invisível não perdoa porque é desprovido de sentimentos.

A GENTE NUNCA ESQUECE

Severino

Hoje faz exatamente dezoito anos da partida do professor Severino Ramos Martins de Moura.

Coube a mim a tarefa de prefaciar seu livro, "Doces recordações do meu passado", uma obra póstuma publicada por sua família, numa espécie de imortalização.

Nasci e estou feliz
Por renascer...
A vida continua
Um dilema
E as batalhas duras
Como antes
Porém sinto-me feliz
Como um novo ser.

Não sou um herói
Nem príncipe...
Não sou feiticeiro
Nem uma dama
Em cartaz...
Lendas vivas me fascinam
Assim sendo levo
A minha sina
Como ninguém levara antes.

Atirei minha flecha
No espaço vazio
Que um alvo procure
Minha pontaria
Fazendo-a certeira
...Não tenho objetivos
Visíveis...
E não esqueci de
Sempre amar
Assim eu queira.

("Um novo ser" - de "Doces recordações do meu meu passado")

PROVÉRBIO

Dois meninos nunca que dá certo, fazem arte.

DICIONÁRIO DA POLÍTICA

Vitória: Ápice da campanha. É ela ou ela. Sem ela, a campanha não serviu. Não tem empate. Ainda que haja, decide-se pela idade, etc. Prorrogação só há em cidades grandes. Só há um vitorioso no executivo, mas vários no legislativo. Vitória, vitória! Só ela interessa.

quinta-feira, 27 de agosto de 2020

PASSAGEM

Fez ontem pela manhã a passagem a que todos os humanos estão destinados.

Faleceu a senhora Maria Gama. Tinha múltiplos serviços na cidade. Uma das marcas era a religiosa. Participava de quase todas as pastorais da paróquia. Revendia perfumes, contava piadas, alegrava o ambiente onde passava. Em época eleitoral, reproduzia as paródias que Cícero Gama, seu irmão, compunha.

Ainda na política, chegou a participar do pleito de 2016 como candidata a vereadora. Não obteve êxito.

Homenagens

No seu sepultamento ontem pela tarde, recebeu muitas homenagens, tanto em grupos da internet como presencial. No presencial, houve toque de sino, música e acompanhamento de carros e motos até o cemitério.

Destaques no jornal e TV

Na edição de janeiro de 2004 do Jornal de Upanema, ela foi homenageada na coluna das "Figuras folclóricas". Lá declina uma pequena biografia e conta a história que já é anedotária: a razão de ser conhecida como a segunda padroeira de Upanema.

Na TV, participou do programa "Resenhas do RN", da TV Cabugi, que foi ao ar no dia 11 de abril deste ano.

quarta-feira, 26 de agosto de 2020

DICIONÁRIO DA POLÍTICA

Parentes: Em época eleitoral, muitos parentes de candidatos são descobertos. Não digo que o parentesco não seja verdadeiro. O  que intriga é o fato de só se saber desse fato em tempos de política. Há também a possibilidade de estudos da árvore genealógica.

PROVÉRBIO

Dois bicudos não se beijam.

terça-feira, 25 de agosto de 2020

segunda-feira, 24 de agosto de 2020

MINHA VIDA, SE NÃO É TÃO LINDA

Minha história começou há muitos e muitos anos. De família sem recursos e herança - como a média do povo brasileiro - tive que morar em muitas povoações. De Umari à cidade distaram oito anos.

Na cidade, começava a estudar no Alfredo Simonetti, depois de ter algumas lições das primeiras letras com Dona Rosilda, Zé de Ladislau e Nilra.

Na cidade e já em casa própria, adquirida pela safra de sucesso do feijão e algodão em terras de Antônio Benvida, passamos a viver da renda do trabalho braçal do velho e dos meus irmãos. 

A vaga na escola foi logo providenciada. Luzimar Aquino, Toinha de Chaguinha, Leni, Netinha, Dona Ritinha e Hilda, são as primeiras professoras das minhas lembranças.

De uma adolescência asmática e com muitas necessidades materiais, acreditei no que me diziam: para quem é pobre, está na escola a melhoria de vida. Acreditei tanto nisso, que resolvi não seguir a multidão. Estudava por cima de pau, pedra e outras coisas mais. A insistência fazia a diferença. Era tido como gente estudiosa, apesar de não ser. Passava algumas horas vagas na biblioteca adquirindo conhecimentos - ser imaterial que ser vivente não rouba. 

Escola bancária

Depois de muitos anos é que soube que a escola na qual estudei não era a correta e eficiente. A escola onde aprendi a tabuada aos onze anos, ler, entender e escrever dois anos depois não era eficiente? Que história é essa?

O que mais me deixa indignado é que os autores e devotos dessa ideia são letrados no mesmo tipo de escola que estudei. E de quebra, ainda deram um apelido a ela: escola bancária. Definição: escola em que o professor ensina e o aluno aprende quietinho no banco, oprimido. Recebe conteúdos transmitidos pelos professores.
 
São tantas "bolas fora" que dá até desgosto retransmitir. Durante muito tempo, como rastilho de pólvora, essa ideia canhota se espalhou país a fora. Deu no que deu: a educação vai bem, mas o ensino vai péssimo. Teremos mais algumas gerações com o nível de ensino ladeira abaixo. E o pior: ninguém consegue deter.

Aprendizagem

Hoje, nem todas as ilusões estão perdidas, como cantou Cazuza, mas há algumas, sim, como a ilusão de querer mudar o pensamento das pessoas na marra. Ora, se não conseguimos mudar a nós mesmos, como queremos mudar os outros?

A mudança ocorre gradualmente com o tempo. Outra coisa: é melhor lutarmos para fazermos o certo, pois, mais cedo ou mais tarde, receberemos a recompensa. Vão por mim.

E a vida?

Minha vida, se não é tão linda, não é tão ruim.




domingo, 23 de agosto de 2020

ENTRETENDO - EDIÇÃO DE DOMINGO

Mais um início de semana chega. Conseguimos agora vislumbrar melhor o futuro que nos espera.

A ciência, mesmo atrapalhada, orienta seus "súditos". A cloroquina pode ser uma opção até na China.

A política começa a fluir. Vamos ver no que vai dar.

EXPRESSÃO DO UPANEMÊS

Beber o mijo: Comemorar o nascimento do filho com bebidas. Era costume -  hoje nem tanto - beber-se o defunto. Uma bebedeira depois do enterro.

Besta e feio: Acostumado a. Ex: Estou besta e feio de ver isso.

ORIGEM DAS PALAVRAS

Abstêmio: Da raiz primitiva "tem", vinho e do prefixo negativo "abs". Abstêmio é, pois, o que não bebe vinho. (Dicionário da origem e da evolução das palavras, de Luiz A. P. Vitória).

Hoje a palavra tomou um sentido mais amplo. Silveira Bueno define como alguém "morigerado no beber, que não toma álcool". Aquele que não bebe nenhuma bebida alcoólica. Álcool zero. 

DICIONÁRIO COMPARADO

Acochar: Torcer as pernas da corda de laçar no ato de fabricá-la, apertando-as uma contra a outra. (Glossário Paraense - Vicente Chermont de Miranda)

No upanemês, acocha-se quando aperta-se algo, seja lá o que for. Acocha-se também uma carne no óleo. Na prática, é uma fervura para deixar o alimento bem sequinho, sem óleo.

TEXTOS DE LIVROS DIDÁTICOS

O povo brasileiro - Eduardo Prado

É esta a pátria nossa amada, que a nossa raça, lutando contra os homens e contra os elementos,conseguiu findar. Encontramos dificuldades e obstáculos de que a nossa energia triunfou. Nesta zona tropical, que se dizia inabitável, levantamos a nossa tenda e, sob o céu dessa terra nova, cresceu e multiplicou-se a nossa raça com a força e a fecundidade das plantas vivas que deitam raízes  fundas e estendem longe a verdura das suas frondes. Temos vivido do trabalho regando com o suor de todos os dias uma terra que só pela violência do labor frutifica e nos alimenta. A tez branca que a nossa raça trouxe da Europa aqui se tem dourado ao fogo de um sol sempre ardente. Temos tomado às feras os largos pedaços de terras, rasgando l véu sombrio da floresta hostil: e, onde dominavam as febres da terra inculta, há hoje a verde salubridade das lavouras. Entram pelos nossos portos os navios que nos trazem os habitantes de outras terras que conosco vêm trabalhar: e, nos caminhos de ferro que fazemos, circulam em nosso solo a vida e a força. E tudo isso fizemos sendo um povo brando e sociável, que nunca atormentou nem suplicou os fracos, deu liberdade aos cativos, amou a paz e soube repelir pela força a agressão dos fortes. (Manual de Português - Celso Cunha - Quinta e Sexta séries primárias)

PODER

Câmara Municipal: "A Câmara Municipal reunir-se-á anualmente, na sede do município, em sessão legislativa ordinária de 1° de fevereiro a 30 de junho e de 1° de agosto a 15 de dezembro, independentemente de convocação, com mínimo de sessões semanais definidas em regimento interno".(Artigo 32 da Lei Orgânica do Município de Upanema). 

POESIA - Calendário

De dia em dia
Os dias andam
Num compasso igual
Ao que temos visto sempre.

Sempre presente
O desejo de viver
E de vencer 
E de menos sofrer.

Passam os dias
E com eles vão e vêm
Saem e voltam
Problemas e soluções.

Resta a nós
O foco que damos
A cada coisa
Que realizamos.






sábado, 22 de agosto de 2020

DICIONÁRIO DA POLÍTICA

Multiplicação de votos: Técnica que o candidato usa com os correligionários para que estes falem com o vizinho, amigo, e digam que aqui está o melhor.

MORMAÇO

Os dias de aragem pela manhã cedinho, e às vezes perlongados até as nove, contrastam com dias de calores extremos, como o de hoje.

O mormaço vem rasgando. Cada um que se cuide. Muito líquido e paciência não fazem mal a seu ninguém.

QUE PALAVRA!

Cantão: Divisão territorial, em vários países.

PROVÉRBIO

Do couro é que sai a correia.

sexta-feira, 21 de agosto de 2020

HORA DE ARROCHAR

A população de Upanema deve ficar alerta e arrochar no líquido, especialmente no dia de hoje, tendo em vista o que advertiu o Inmet.

Como é lugar-comum, a informação é poder transformador. Certamente, muitas e muitas vezes tivemos a necessidade de nos precavermos em bebermos líquidos a mais e não tínhamos a informação. 

Agora temos.

BEBER MUITA ÁGUA

O  Instituto Nacional de Meteorologia emitiu nesta quinta-feira, 20, alerta de perigo potencial de baixa umidade para 69 municípios do Rio Grande do Norte. O aviso começou a valer às 12h desta quinta e segue até 18h de hoje, sexta, 21.

De acordo com o Inmet, os moradores das cidades em alerta precisam beber bastante líquido, além de evitar exposição ao sol nas horas mais quentes do dia e o desgaste físico nas horas mais secas.

A cidade de Upanema está entre as 69.

(Informações colhidas do blog do Xerife de ontem).

PROVÉRBIO

Do amigo, do vinho e do café, o mais antigo melhor é.

quinta-feira, 20 de agosto de 2020

DICIONÁRIO DA POLÍTICA

Cabo eleitoral: É o que pede votos como se candidato fosse. É indispensável ao candidato e a uma campanha política. O número de cabos eleitorais dá gás ao pleito e ajuda a decidir quem ganha, quem perde. Há os que o são pelo puro prazer de participar da política. Há outros com interesses outros. Com certeza querem cargos no futuro.

PROVÉRBIO

Dize-me com quem andas e eu te direi se vou contigo. (Barão de Itararé).

CADÊ O ANTI-FLAMENGO?

Uma hora era eu que perguntava. Outra vez era ele.

Sempre a mesma pergunta: Cadê fulano, o anti-flamengo?

A pergunta fazia referência a um dos muitos torcedores que se alegram mais com a derrota do time do Rio de Janeiro do que a vitória do time que diz torcer.

E assim, não o verei mais nas ruas da cidade, com seu rosto simpático, atencioso e cheio de alegria, na sua bicicleta ou a pé, com seu boné do Flamengo, time do coração.

Foi rápido, sem que tivéssemos a chance de dar um adeus.  Nem a chance de vê-lo pela última vez pude ter. Só ficará na minha lembrança seu sorriso espontâneo. 


quarta-feira, 19 de agosto de 2020

BATALHA DIÁRIA

Uma batalha diária, surda, rígida, sem trégua é a que travamos diariamente contra o bichinho invisível. Bichinho aqui não é nem de longe uma forma elogiosa de se referir a ele. Ao contrário, uma forma de se referir a algo invisível a olho nu e que põe medo a todos.

Vi pessoas da saúde, trabalhadores da linha de frente ao combate, protegidos e servindo às pessoas e cumprindo seus deveres profissionais.

A batalha diária continua até enquanto isso durar. Aí tudo vai virar história.

PROVÉRBIO

Dinheiro espalhado é mais difícil de juntar do que égua de lote arribar.

DICIONÁRIO DA POLÍTICA

Sorriso: Peça que não pode faltar num candidato. Sorrir somente durante a campanha é melhor que não sorrir de jeito nenhum.

terça-feira, 18 de agosto de 2020

NADA COMO PRESENTE

Estar presente é melhor sempre. Um pai presente é melhor que ausente. Nada mais lógico e óbvio. 

Por que aulas com professores ausentes no corpo terão a mínima chance de dar certo?

PROVÉRBIO

Dinheiro em fundo de baú é que nem mijo de "oveia": não serve nem arremedeia.

domingo, 16 de agosto de 2020

ENTRETENDO - EDIÇÃO DE DOMINGO

De decreto em decreto, chegamos em agosto sem aulas presenciais. A nova esticada é para o retorno em setembro.

Depois de todo mundo desconfiar que o ano letivo com aulas presenciais não é mais realidade, agora temos mais motivo para isso.

Quem se lembra?

Quem se lembra do futebol transmitido pelo radinho de pilha?

E dos narradores? Valdir... Amaral! Jorge Cury!

Hoje as rádios continuam transmitindo jogos até por outras plataformas como os canais de YouTube e sites. A emoção é a mesma dantes. Na falta de uma imagem, a rádio substitui bem.

TEXTOS ANTIGOS

Levantadores de copo

Eram quatro e estavam ali já há algum tempo, entornando seu uisquinho. 

A conversa não era novidade. Aquela conversa mesmo, de bêbado, de língua grossa. Um cantarolava um samba, o outro soltava um palavrão dizendo que o samba era ruim. Vinha um discussão inconsequente, os outros dois separavam, e voltavam a encher os copos.

Aí a discussão ficava mais acalorada, até que entrassse uma mulher no bar. Logo as quatro vozes arrefeciam. Não há nada melhor para diminuir tom de voz, em conversa de bêbado, do que entrada de mulher em bar. Mas, mal a distinta se incorporava aos móveis e utensílios do ambiente, tornavam a conversa em voz alta.

Foi ficando mais tarde, eles foram ficando mais bêbados. Então veio o enfermeiro (desculpem, mas garçom de bar de bêbado é muito mais enfermeiro do que garçom). Trouxe a nota, explicou direitinho quanto era etc., etc., e, depois de conservar nos lábios aquele sorriso estático de todos os que ouvem espinafraçao de bêbado, agradeceu a gorjeta, abriu a porta e deixou aquele cambaleante quarteto ganhar a rua.

Os quatro respiraram fundo para limpar os pulmões da fumaça do bar e foram seguindo calçada abaixo, rumo a suas residências. Eram casados os quatro. Mas a bebida era muita para que qualquer um deles se preocupasse com as espinafrações da esposa. 

Afinal chegaram. Pararam em frente a uma casa e um deles, depois de errar várias vezes, conseguiu acertar o botão da campainha. Uma senhora sonolenta abriu a porta e foi logo entrando de sola. 

- Bonito papel! Quase três da madrugada e os senhores completamente bêbados, não é?

Foi aí que um dos bêbados pediu:

- Sem bronca, minha senhora. Veja logo qual de nós quatro é o seu marido que os outros três querem ir para casa.

SAÚDE

•As crianças devem receber comida leve. O feijão para elas deve ser esmagado com garfo, senão não aproveitam o ferro que ele tem.

•Pão quente não é bom para a saúde por causa dos fermentos e bromatos.

•Não misture muitos alimentos numa mesma refeição, pois pode dar problemas digestivos.(Conselhos de Jaime Bruning)

EXPRESSÃO DO UPANEMÊS

Bater de vara: Coisa em grande quantidade. Ex: Naquela festa tinha gente de bater de vara.

Besta de cair duma esteira: Besta ao extremo.

TODA GRAMÁTICA

Classificação das palavras quanto ao acento tônico.

Oxítonas: a sílaba tônica (a mais forte) é a última. Ex: café.

Paroxítonas: a sílaba tônica é a penúltima. Ex: mesa.

Proparoxítonas: a sílaba tônica é a antepenúltima. Ex: árvore.

LÍNGUA

Pigarra: Os seres humanos com problemas na garganta têm pigarro, não pigarra.

POESIA

Cresci e acompanhei
Mundo diferente
Mundo mais mundo
Mundo numa nova visão
Mundo numa nova mente
Mais temperado
Com temperos com mais gosto
Mesmo sal.

Velha arquitetura 
Costumes diferentes
Cidade crescida
Povo crescido
E criado.







sábado, 15 de agosto de 2020

QUE PALAVRAS!

Canjerê: Reunião para a prática de feitiçarias. (Aurélio)

De origem africana. Reunião, sessão de feitiçaria.(Silveira Bueno)

No upanemês, canjerê é um rolo, arruaça.

Canjirão:Jarro de boca larga, em geral para vinho.

PROVÉRBIO

Dever cumprido, prazer dobrado.

sexta-feira, 14 de agosto de 2020

DICIONÁRIO DA POLÍTICA

Confiança: Sem esse ingrediente, o candidato perde o seu principal capital: o voto. De outro lado, o eleitor não fica atrás. Se o candidato não confia nele, estará sem moral para reivindicar algo. Há candidatos e eleitores que ninguém neste mundo confia.

MAIS TRINTA

Programadas para a volta em 17 de agosto, através de novo, decreto as aulas predenciais foram prorrogadas para 14 de setembro.

Agora as dúvidas aumentam sobre a possibilidade de haver aula ainda este ano.

PROVÉRBIO

Deus te dê cabeça.

quinta-feira, 13 de agosto de 2020

DICIONÁRIO DA POLÍTICA

Saber fazer: É um dos atributos que cada candidato diz ter. Sabe fazer e resolver todos os problemas de administração. "Caso chegue lá, vou resolver isso e aquilo e muito mais."



PROVÉRBIO

Deus é paciência. O contrário, é o diabo.

quarta-feira, 12 de agosto de 2020

DICIONÁRIO DA POLÍTICA

Lado de cá: Correligionários. Os que votam daquele lado.

Lado de lá: Adversários. Os que votam do lado oposto.

Do lado de cá sempre a coisa está ótima. Do lado de lá a coisa sempre está difícil. Do lado de cá é só alegria. Do lado de lá é só tristeza.

terça-feira, 11 de agosto de 2020

PROVÉRBIO

Deus dá peneira a quem não tem farinha.

ESTUDANTE

Antigamente era ponto pacífico dizer que uma pessoa que vai à escola é aluno ou estudante.

Hoje já botaram apelidos no estudante como: discentes, educandos ou clientela.

Segundo o cantor Luiz Gonzaga, o rei do baião, estudante é um dos muitos apelidos do jumento. Olha este trecho da música "Apologia ao jumento":

"É chamado de estudante porque quando o estudante não sabe a lição da escola, o professor grita logo:

Você não sabe porque você é um jumento!
E o estudante, pra se vingar, botou o apelido no jumento de professor
Porque o professor ensina a ler de graça. Pois sim!
Quem ensina a ler de graça é o jumento, meu filho
É assim
A! E! I! O! U! U!"

O que temos de mais certo nisso tudo hoje é a conservação do "dia do estudante", e não "dia do discente", "dia do educando", "dia da clientela".

Desses aí, o mais provável, caso um dia seja mudado, será "dia do educando", para combinar com o educador, já que pouco se diz professor.




 

DICIONÁRIO DA POLÍTICA

Competente: Qualidade do candidato e todos os correligionários. Já os outros do lado de lá (vide termo), é posto um prefixo neles.

PROVÉRBIO

Deus dá milho a quem não tem girau.

segunda-feira, 10 de agosto de 2020

domingo, 9 de agosto de 2020

ENTRETENDO - EDIÇÃO DE DOMINGO

As duas músicas a seguir falam da mesma coisa: de pais em idade avançada e do cuidado que eles tiveram pelo filho. Eles demonstram gratidão pelo que fizeram por eles.

São duas canções que deveriam ser apresentadas aos jovens de hoje. Deveria ser postas no lugar dos politicamente corretos em relação ao título. Hoje é tachado de preconceituoso quem chamar um velho de velho. " Velho é o seu preconceito", me disse um alguém quando eu informei que meu velho pai estava adoentado. Isso já faz muito tempo. Os mimimis, mamamás, mememés, momomós e mumumús ainda estavam em fase embrionária.

A seguir, duas letras para serem gravadas nas mentes e corações, principalmente da juventude.

Velho  

Velho, o tempo já se foi...
As águas são passadas, 
moinhos não movem mais.
Velho, de um dia tão antigo...
teus dias, gastos comigo, 
fizeram de mim o que sou
Fruto do tronco desta vida tua,
em plena rua, teu vigor roubei;
da tua paz tirei, do teu amor suguei,
do teu suor comi, no teu calor dormi.
Sou filho teu!

Velho, o tempo está aqui
no filho que é teu renovo,
de novo a vida se fez.
Velho, tu foste a semente,
pra que eu fosse, somente, 
a continuidade de ti. (Grupo Logos)

Meu velho

É um bom tipo, meu velho
Que anda só e carregando 
Sua tristeza infinita 
De tanto seguir andando.

Eu o estudo desde longe 
Porque somos diferentes 
Ele cresceu com os tempos
Do respeito e dos mais crentes 
Velho meu querido velho 
Agora já caminha lento 
Como perdoando o vento
Eu sou teu sangue meu velho 
Teu silêncio e o teu tempo.

Seus olhos são tão serenos
Sua figura é cansada 
Pela idade foi vencido 
Mas caminha sua estrada.
Eu vivo os dias de hoje 
Em ti o passado lembra
Só a dor e o sofrimento 
Tem sua história sem tempo.

Velho meu querido velho 
Agora caminha lento 
Como perdoando o vento
Eu sou teu sangue meu velho 
Teu silêncio e o teu tempo 
velho meu querido velho 
Eu sou teu sangue meu velho
Teu silêncio e o teu tempo 
Velho meu querido velho... 

(Altemar Dutra)



quinta-feira, 6 de agosto de 2020

PROVÉRBIO

Desgraça de leitão é festa de casamento.

PROVÉRBIO

Desculpa de amarelo é comer terra.

QUESTÃO GRAMATICAL

Pedir para

Vejo muita gente pedindo alguma coisa para fulano no sentido de estar pedindo algo a fulano.

"Peça pra ele", quando devia ser "peça a ele". 

"Pediu a conta ao garçom".

Difícil? Sim. Mas só ficou mais difícil porque alguém dificultou ao inventar uma nova regra.

DICIONÁRIO DA POLÍTICA

Qualidade de vida: É uma expressão nova na política. Nova, digo, de menos de vinte anos. Nos anos noventa não se ouvia alguém falar nos palanques que lutava pela "qualidade de vida" dos eleitores. Poderiam até dizer que iriam ajudá-los, caso eles os ajudassem na urna. 
A qualidade de vida passa por tudo o que é bom na vida de um cidadão: escola, saúde  - saneamento principalmente. 
Qualidade de vida é uma bandeira defendida por todos os candidatos.

quarta-feira, 5 de agosto de 2020

PROVÉRBIO

Depressa se apanha um rato, que só conhece um buraco.

HORA DAS CONVERSÕES

Na política também há os convertidos. Já está começando esse tempo. 

Afinem bem os ouvidos e escutem. 

PROVÉRBIO

Depois de melhorar, fica bom.

QUESTÃO GRAMATICAL

O verbo assistir

Assisti ao jogo e não assisti o jogo. É o que reza a boa e chata gramática.

VERBETES DO CORONA

Fechamento e lockdow

Fechamento do comércio e bloqueio quase total das entradas das cidades. Foram duas palavras muito usadas nesse período.

DICIONÁRIO DA POLÍTICA

Serviços prestados 

É todo trabalho que o político fez ou ainda faz. Pode ser apenas o trabalho remunerado que exerce ou qualquer ato de caridade que praticou ou ainda pratica.

terça-feira, 4 de agosto de 2020

PROVÉRBIO

Dentes parados não machucam a boca.

AULA REMOTA

O Calazans Freire aderiu ontem às aulas remotas. Nem todos professores fizeram adesão. Cada um com seu motivo.

Acredito que daqui pra o fim do ano todos terão que aderir a esse jeito de dar aula, pois as presenciais, acho que mesmo que nossas vontades sejam muito grandes, não teremos aulas normais neste ano.

FEIRA DE ONTEM

Registro em poucas linhas como foi a feira de ontem. Nenhuma novidade, mas algo já testado em outras épocas no que se refere à organização daquele espaço, nas imediações do mercado central: cordões para evitar o aglomerado de carros.

Já é a segunda segunda-feira que o trânsito está organizado dessa maneira. Não sei explicar o porquê de não ser sempre assim.

DICIONÁRIO DA POLÍTICA

Bicudo: Se definir no contexto o verbete bacurau é difícil, bicudo é muito mais.

Há bicudo pássaro e bicudo um bichinho que destrói lavouras. 

No sul do Brasil ocorre a espécie Oryzoborus maximiliani, sendo o macho de cor preta, com mancha branca na asa e bico claro. Na Amazônia existe uma espécie muito semelhante... Um pássaro apreciado como cantor de gaiola, alcançando, às vezes, preço elevado entre os amadores, muitos dos quais o consideram competidor dos canários. (Enciclopédia Brasileira Globo, vol. 3).

A definição acima nada se parece com o contexto da palavra como atribuída aos eleitores de partidos como a antiga ARENA, PDS e PFL. 

Historicamente, sabe-se que havia um bichinho que atacava o algodão mocó. Isso nos anos 70 pra 80. Provavelmente os eleitores bacuraus é que tenham posto essa alcunha de bicudo aos seus adversários. O certo é que estes acolheram muito bem o nome e não deixam de se identificar como bicudo nas campanhas políticas.
Quem não é bacurau, é bicudo.


PROVÉRBIO

Demais, nem virtude (São Paulo).

segunda-feira, 3 de agosto de 2020

PROVÉRBIO

Deixa ficar como está, para ver como fica.

POESIA

Leveza

Que seja leve
Tudo o que quero te levar
Mais leve 
Que a mais leve das penas
Que não seja preciso
Carregar pesos pesados
Nem botar fardos
Em quem não possar carregar.

Que a leveza do meu olhar
Possa transformar
Tudo o que meus braços
Não conseguem realizar
E que minha presença
Possa presenciar
Com tanta eloquência
Que mude seu caminhar.



FRASE

É difícil a tarefa de semear seja uma semente ou palavra.

DICIONÁRIO DA POLÍTICA

Bacurau: "No Río Grande do Norte, entre Natal e Baixa Verde, corria um trem que era chamado bacurau porque chegava na capital às primeiras horas do anoitecer". (Do  Calepino Potiguar)

O bacurau ave tem a garganta branca e o abdome pardo-amarelado. Tem o hábito de acompanhar os viandantes, pousando no solo a alguns metros de distância e, à chegada deles, levantar voo para novamente pousar alguns metros adiante, o que lhes acarretou o apelido de mede-léguas. (Enciclopédia Brasileira Globo)

O dicionário de Francisco da Silveira Bueno esclarece algo mais sobre o bacurau e até ilumina a origem desse nome entre nós. Um bacurau é um "indivíduo que costuma sair pela noite".  Dizem que o ex-ministro e ex-governador Aluísio Alves costumava fazer seis comícios pela noite. Foi então que os eleitores do PMDB passaram a ser chamados de bacuraus. Há quem se sintam orgulhosos por serem identificados com esse nome. Há também quem erre o plural. Dizem "os bacurais". Mas aí já é outra coisa. Foi porque perderam a aula de Português.

PROVÉRBIO

Deixa correr trinta dias por um mês.

domingo, 2 de agosto de 2020

ENTRETENDO - EDIÇÃO DE DOMINGO

Mais uma semana principia sem grandes novidades. As chuvas desaparecem, mas ainda pinga de leve. O frio queima e a gente torce para continuar com saúde ou pelo menos de pé. Quem torce por times, já pode torcer. Alguns voltaram em campo. Na política, já dá pra torcer por alguém. Eles já botaram os times em campo há muito tempo.

CRÔNICA - Aquela senhora

Aquela senhora, quem a via, não diria que ela sabia do que sabia. Sabia ler e gostava de ler. Descobri isso uma vez quando me abordou e disse que desejava conhecer o livro de Ramos. 

- Dizem que o filho de Dona Mafalda publicou um livro.
- Sim. Na verdade é uma obra póstuma. Depois que ele morreu, seus familiares reuniram alguns poemas que ele tinha escrevido e deu um livro.
-Gostaria de ler. Sabe quem tem?
- Sim.Posso arranjar pra senhora.

E arranjei. Depois de alguns dias desse pequeno colóquio, fui em sua casa e deixei lá o exemplar.

Gente da velha guarda, gostava de ler livros em papel. Nunca a vi com um celular na mão como as pessoas mais velhas com perfis de modernos. O negócio dela era livro em papel. Por diversas vezes eu passava em frente de sua casa e a via com um livro na frente dos olhos, ligadíssima nas histórias. Era uma senhora bem informada, que tinha uma vida de leitura intensa. Pelo que percebi, não dava pra chegar a bibliófila no sentido total da palavra, mas amante da leitura, isso sim. Um bom exemplo para a atual geração que enfeitiçou-se com as  leituras de celular e trocou os autores: ao invés de Machado ou Érico Veríssimo,  colega de escola ou mesmo um desconhecido. Ela não está mais entre nós, mas deixou um bom exemplo de leitor.

DICIONÁRIO DA POLÍTICA - Tererê -

Mas o que é o tererê?
É amar, é amar
É amar, amar você

Os versos acima pertenciam à principal música da campanha de prefeito de Amarildo Martins Tavares.

Até hoje não descobri o real significado da palavra no contexto político. A palavra não está nos dicionários convencionais nem mesmo no Calepino Potiguar. Na grande rede encontrei um significado: nome de uma bebida infusa com erva-mate e pode ser servida com hortelã.

No contexto político, tenho um palpite. Pode ser que as pessoas que cantavam a música do tererê achassem que a palavra significava a reunião de muitas pessoas unidas em torno daquela candidatura.

AVÓS- Não conheci meus dois avôs. O da parte de pai, não vi nem a cor: quando morreu, eu estava longe de nascer. O da parte de mãe, morreu alguém meses antes que eu nascesse. As avós, tive o privilégio de conhecê-las, mas não curti muito tempo com elas.

TEXTOS ANTIGOS - Abrindo caminhos

Quando o sargento Francisco Melo Palheta distribuiu as primeiras mudas de café em Belém do Pará, em 1727, não imaginava que, com isso, estivesse sendo o responsável indireto pela abertura indireta de mais de 7 mil quilômetros de estradas de ferro  e pela criação de grandes estradas de rodagem.

Com a chegada do café em São Paulo, depois de 1860, tornava-se necessária a abertura de novos caminhos para o escoamento do produto. É assim que começa a febre de construções de estradas de ferro.

Os caminhos primitivos muitas vezes davam enormes voltas para passar pelas fazendas. E, dependendo do prestígio social e político do "barão do café", a própria estação de localizava na sua propriedade.

O café foi responsável pelo desenvolvimento de São Paulo, pelo incentivo à imigração européia e pelo início da migração interna do Norte e Nordeste para o Sul próspero.

Plantado em grandes quantidades e sem preocupação com a recuperação das terras utilizadas, o café procurava, após alguns anos, novas terras. E foi assim que chegou ao Paraná e tirou São Paulo, já nos anos de 1960-1970, da posição de principal produtor. (Português Dinâmico Sétima série - Adaptado da revista Sul América)

TODA GRAMÁTICA

Sílaba - tonicidade: Sílaba é um fonema ou grupo de fonemas emitidos num só impulso da voz. Na palavra azeite, por exemplo, há três sílabas: a-zei-te. As sílabas são as unidades sonoras dos vocábulos. Na língua portuguesa, a sílaba se forma necessariamente com uma vogal, a que se agregam, ou não, semivogais ou consoantes. (Gramática de Cegalla)

SAÚDE

•Evite os temperos fortes e coma pouco sal.
•Evite tomates verdes. Causam pedras na vesícula, etc.
•Evite verduras e frutas murchas. Não têm valor nutritivo.

PROVÉRBIOS DAQUI

Mais alegre que pinto em beira de cerca.
Mais baixo que poleiro de pato.
Mais cheiroso do que mala de barbeiro.
Mais desmantelado do que voo de anum.

EXPRESSÕES UPANEMENSES

Batata da perna: Parte traseira abaixo da coxa; panturrilha.
Bater a passarinha: Dar atenção a algo; preocupar-se. Morrer.
Bater beira: Andar à toa.

POESIA

Cada volta, uma ida

Estou andando em círculos
Sempre volto ao mesmo lugar
Se das tuas teias eu me liberto
Teu chamado me faz regressar.

Que insano é o amor meandroso
Perigosa a irreprimível paixão
Num dia ama com intensidade
Noutro, despedaça  o coração.

Quero de ti voar para longe
Todavia, quero-te junto a mim
Como ousas propor recomeços
Se és tu que provocas o fim? 

(Júlia Costa)

sábado, 1 de agosto de 2020

PROVÉRBIO

Deixa estar, Deus há de te castigar.

AGOSTO NA MÚSICA

Passa julho, vem agosto, cheio de cachorro louco, vai setembro, vem outubro e o dinheiro é sempre pouco. 

(Calendário, Antônio Marcos)


AGOSTO CHEGOU

Com desgosto ou com gosto, agosto chegou.

Grafia - A norma ortográfica de 1943 a palavra agosto, quando se tratava de mês, era acentuada: agôsto. Quando cheguei na escola pela primeira vez a palavra já tinha perdido o acento. 

Há uma palavra, nunca ou quase nunca usada, escrita do mesmo jeito, mas que tem sentido diferente. Agosto, do verbo agostar(murchar) nunca teve acento.

Origem: Do latim agustus, em honra de Augusto, imperador romano, antes conhecido pelo nome de Otávio. (Dicionário de Luiz A. O. Vitória)

Há pessoas que ficam sufocadas no mês de agosto, pois acham que só traz desgosto.

Ser supersticioso é sofrer em vão.

Serão trinta e um dias, assim como julho, janeiro, março, maio, outubro e dezembro.

Isso é o que eu penso.


PROVÉRBIO

Debaixo do angu tem molho, e atrás de morro tem morro.

PROVÉRBIO

A muita familiaridade causa menosprezo.