As chuvas se foram, mas os mosquitos ainda não. Eles continuam arrasando no mau sentido. A cada dia aumenta o número dos que claudicam. Os dias ainda não voltaram ao normal. A volta das aulas presenciais ainda é um enorme ponto de interrogação. Assim passam-se os dias. Nessa pisadinha, setembro está bem ali.
"Quando entrar setembro e a boa nova andar nos campos", diz o poeta. E nas cidades também, digo eu.
Que venha este e muitos outros setembros.
NOVO ALERTA DO INMET
Mais uma vez, o Instituto de Meteorologia faz alerta à população sobre a baixa unidade. Ela pode causar incêndios e ressecamento da pele.
Para amenizar, faz-se necessário beber muito líquido.
Upanema está entre as 54 cidades do RN.
FIGURAS FOLCLÓRICAS - Maria Gama
No quadro "Figuras folclóricas" do Jornal de Upanema, de janeiro de 2004, Maria Gama foi homenageada.
Vejam textualmente o que foi publicado no JU:
Maria Gama, como é conhecida, nasceu em Upanema, no sítio onde antigamente chamavam Papagaio (próximo de Umari), no dia 8 de novembro de 1942. Filha de Francisco Justino da Silva e Maria Tereza da Conceição. Com três anos de idade, seu pai, devido às dificuldades da seca, foi obrigado a se mudar para um sítio no município de Campo Grande onde lá ela se criou. Voltou a Upanema quando contava já com 22 anos, vindo pagar um voto que sua mãe tinha feito a Nossa Senhora da Conceição. E por coincidência do destino, nessa festa ela encontrou Antônio e com menos de um ano casaram-se vivendo juntos até hoje.
"Tenho quatro filhos, sete netos e quarenta anos de casada", diz ela com um sorriso no rosto.
JU: O que a senhora faz hoje em dia?
MG: Na Igreja Católica eu sou catequista, do grupo de Campanha e faço parte do Conselho da Paróquia na parte das finanças.
JU: Como a senhora acha que ficou tão conhecida em Upanema?
MG: Eu acho que sou conhecida por causa da minha maneira de ser, meu carisma. Onde eu vou, eu faço boas amizades e todo mundo gosta de mim. Gostam quando eu conto piadas. A coisa melhor que eu acho na minha vida é viver feliz. Eu ficar triste é um negócio muito difícil.
A quem possa interessar
Certa vez, passava pela cidade um grupo de religiosos pedindo donativos para a festa do padroeiro de uma cidade vizinha. Ao chegar ao centro da cidade, encontraram um rapaz que nada sabia sobre a religião católica. Interrogado sobre quem seria a padroeira de Upanema, ele, a princípio, diz:
- Sei não!
- Depois resolve responder:
- Ah! Acho que é Maria Gama!
•Maria Gama da Silva faleceu em Mossoró no dia 26, quarta-feira. Tinha 77 anos.
EXPRESSÕES DO UPANEMÊS
Bater a biela: Preocupar-se. Ex: Não bato nem biela com o que me disseram. Morrer.
Bater catolé: Falhar. É empregada esta expressão quando uma arma de fogo falha na hora h.
Bater fofo: Não cumprir um compromisso.
ORIGEM DAS PALAVRAS
"Candidato: É muito interessante a origem da palavra candidato. O vocábulo candidato, segundo os dicionaristas, provém do latim candidatus. Um costume romano exigia que os aspirantes aos mais altos cargos eletivos se apresentassem, nos dias das eleições, com vestimenta branca, cândida, e sem túnica, a fim de que os cidadãos pudessem ver melhor as cicatrizes dos ferimentos recebidos nós combates, pela glória da pátria. Simbolizava, ainda, a roupa branca, a lisura e honestidade de propósitos que animavam aqueles postulantes à função pública." (Dicionário da origem e da evolução das palavras, de Luiz A. P. Vitória)
As marcas dos candidatos devem ser percebidas pelos eleitores ao longo da campanha. O que eles têm para oferecer é a chave para os eleitores. No dia do pleito é só abrir.
TEXTOS ANTIGOS
Historinha antiga
-Pare na esquina - disse o passageiro.
O chofer obedeceu.
- São cinco cruzeiros - informou ele, indicando os números antes de fazer o taxímetro voltar a zero. O passageiro estendeu-lhe uma nota de dez:
- Cobre aqui.
O motorista balançou negativamente a cabeça:
- Não tenho troco - disse.
- E como é que vamos fazer? - perguntou o passageiro. - Se houvesse alguém aí em casa... Mas está todo mundo viajando e o dinheiro mais miúdo que eu tenho é esta nota de dez.
- Bem - falou o chofer - o jeito é a gente procurar onde trocar essa nota.
- Sim, acho que é a única coisa que se pode fazer - concordou o passageiro.
O táxi arrancou quase num salto. - Por aqui não vai ser nada fácil encontrar quem troque - disse o passageiro, reajustando os rins abalados pela arrancada. - Ainda mais hoje, domingo, com quase tudo fechado.
Rodaram algum tempo em silêncio. Depois o chofer falou:
- Vamos ver se conseguimos trocar naquela quitanda lá adiante. Não conseguiram.
- Acho que esse cara está é com má vontade - disse o chofer quando retornaram ao carro.
- Talvez ele não tenha mesmo troco - disse o passageiro.
- Então experimente trocar comprando uma carteira de cigarro.
- Eu não fumo - respondeu o passageiro.
- Então...compre qualquer coisa.
- Que coisa?
- Bom...Que tal uma garrafa de cachaça?
Não havia troco. A garrafa continuou na prateleira, para decepção do chofer.
Voltaram ao táxi. Dali por diante, infelizmente, estava tudo fechado. O passageiro se sonhava em casa, depois de uma longa chuveirada, lendo o jornal cômoda mente instalado na sua poltrona predileta, quando o chofer voltou a falar.
- Bom, acho que estamos novamente no ponto de partida - disse ele.
- É. Concordou melancolicamente o passageiro. - Foi logo ali adiante que eu tomei o seu táxi.
- Isso quer dizer que não há mais problema - falou o chofer.
- Não? - perguntou o passageiro.
- Claro que não. Daqui pra sua casa a corrida deu cinco cruzeiros, não foi?
- Foi.
- Então, embora o taxímetro esteja desligado, sabemos que uma corrida de sua casa para cá também dá cinco cruzeiros. Sendo assim, não precisamos mais trocar o dinheiro: são exatamente dez cruzeiros. Eu dispenso o quebrado a mais do tempo em que ficamos parados naquela quitanda.
O passageiro sentiu-se subitamente aliviado. Entregou a nota de dez ao chofer, agradeceu, soltou do táxi - e foi a pé para casa. (Ruy Espinheira Filho)
HUMOR
- Papai, me dá cinco cruzeiros para eu dar a um pobre.
- Mas o que tem esse pobre?
- Ora, papai! Ele tem sorvete para vender. (Português Dinâmico, Sétima série)
POESIA
Emancipação
(Júlia Costa)
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