sábado, 30 de abril de 2022

quinta-feira, 28 de abril de 2022

XADREZ

Política partidária

Na política, as peças estão sendo movidas lentamente.

Quem tiver mais habilidade e boas jogadas será vencedor.

MAIS NOVE

Mais nove milímetros de chuva ontem pela tarde. Somam-se a outros tantos que fará com que abril feche com muitos metros de chuva bem medidos.

PROVÉRBIO

Prato grande é que forra o bucho.

quarta-feira, 27 de abril de 2022

segunda-feira, 25 de abril de 2022

CHUVA DE SÁBADO E ONTEM

A boa chuva de sábado rendeu trinta milímetros. E a de ontem, seis.

CRÔNICA

Sussurros

Como folhas secas agitadas pelo vento em tarde que aproxima uma chuva forte, aquele sussurrar não o deixava quieto, sem que se dispusesse a ficar parado, olhando, sem agir.

Eram ciciados com volume médios, inquietantes, como alguém estivesse falando para pessoas surdas ao pé do ouvido. Era algo que não se podia dizer nos telhados, mas privativamente, em lugares escondidos e distantes de outros que não podiam de nenhuma maneira ouvir aquilo.

O chiado prossegue, em murmúrios ininteligíveis, característico mesmo de alcova, câmara secreta, escondida no mais escondido dos esconderijos.

Ouvido atento, bem apurado, quase com a respiração parada, corpo relaxado, sem sequer tirar uma mão de um lugar, um mexer de um músculo. Atenção redobrada de quem precisa pegar uma presa importante. 

São ações providenciadas pelo nosso personagem na hora em que estava ali, depois passar, por acaso, e ouvir tudo aquilo aqui descrito.

Ficou, por muitos e muitos instantes, naquela posição e naquele buscar, por coisa que cuidava ser do seu interesse aquela captação, através de recursos naturais, braçais, digamos, e apenas com o recurso do ouvido, à guisa de caçador que quer pegar uma presa, que não nota o perigo que ronda ao lado. 

Nada de surreal, registre-se, foi ouvido.

Depois de perceber que já tinha captado tudo o que podia alcançar, saiu, em calçados de lã especial e esgueirou-se pela escuridão.




PROVÉRBIO

Praga de cascavel não mata mocó.

domingo, 24 de abril de 2022

ENTRETENDO - EDIÇÃO DE DOMINGO

CHUVA - Ontem choveu bastante. Agora pela tarde, ela volta e dá lição a quem não entende de generosidade: água de graça para todos.

A mudança - (Dilza Pinho Nilo)

Ouço o ruído que fazem, além do muro. Nossos vizinhos mudam-se. A voz dos homens que ajudam, impacientes, não se sobrepõe às vozes das crianças, animadas, querendo prestar sua colaboração.

- Mamãe, vou levar isto? 

- Não, jogue fora; não presta mais.

- E a minha bonequinha, a Tutu?

- Isso nem é mais boneca, menina.

- Mas eu ainda vou arrumar ela de novo, pôr os braços e as pernas.

- O meu carrinho também não tem mais roda, mas eu não vou deixar ele aqui.

- Deixem esses cacarecos, crianças teimosas; não vamos levar nada disso!

Tenho vontade de dar palpite mas, não posso. Esses cacarecos fazem parte de suas vidas!

A mãe comanda o seu barco e o faz como acha melhor. E o barco está agitado! Estão todos atarefados e mal-humorados. É ruim mudar-se, trocar a vida de lugar, os hábitos formados em cada canto. O filho caçula nasceu ali. Todas as vezes que passarem nesta rua, o dirão a ele, comovidos, e uma procissão de lembranças virá atrás das palavras:

- Meu filho, você nasceu aí, nessa casa.

Um dos garotos sobe ao telhado. Quer ajudar no desprendimento da antena. É o que lhe interessa levar: os seus programas de televisão. todos se movem numa angústia pressentida. Que deixam atrás de si? Oh! Tanto passado, um pedaço de vida sereno, que transcorreu depressa...

A casa vai ficando despojada e é como se os interrogasse, ansiosa:

- Vão me deixar?

Acostumada aos murmúrios da infância, aos pezinhos miúdos que a pisavam docemente, ela tem um leve ar de tristeza na descoloração das paredes desnudas.

Os quadros, um a um, foram retirados. Eram os seus adereços. Sua alma acomodada agora novos moradores. A poltrona num canto, pesada de problemas e meditações. O chão lustroso, que agora já está riscado, ferido.

- Aonde irão as crianças?

Não se incomode, casa, elas se abrigarão  em outro lugar. Havendo mãe, as crianças  estarão sempre abrigadas...

VOLTA DO LATIM - A declinação

A declinação compreende a totalidade dos casos de um nome ou pronome em ambos os números. Opera-se unindo as desinências dos casos ao tema, para determinar as diversas relações das palavras entre si, que em português são expressas pelos artigos, preposições e colocação do nome. 

Os casos são seis:

Nominativo, caso do sujeito
Genitivo: complemento restritivo
Dativo: objeto indireto
Acusativo: objeto direto
Vocativo: chamamento, de exclamação
Ablativo: das circunstâncias de lugar, modo, tempo, causa, instrumento, etc. (José Ladislau Peter)

O aprendizado do latim ajuda no aprendizado do português. Quando estudamos em português o vocativo, vemos que este é um termo que chama: Volta, menino! No latim, é a mesma coisa.

sábado, 23 de abril de 2022

PEDRAS QUE GIRAM

As pedras já começam a girar. Por enquanto, lentamente.

Umas quadradas querem encaixar entre as redondas ou o contrário disso.

A priori, qualquer um que tenha cérebro tem capacidade de entender isso. 

Já os que carregam célebros, provavelmente não conseguirão entender e seguirão, inevitavelmente na ilusão  que aquilo lá do parágrafo anterior ao anterior deste seja possível. 

Elas - as pedras - vão prosseguir na rolagem durante muito tempo até o certame estar findo.

TARDE

Tarde chuvosa na cidade.
Chuva depois de três dias.

QUE PALAVRA!

Luxúria

Não sei precisar em percentagem, mas sei que um grande número de falantes e escreventes da língua portuguesa não sabe o significado da palavra luxúria, e ainda mais: quando dá um palpite, outros tantos erra, porque a raiz da palavra dá uma pista errada do seu significado.

À primeira vista, luxúria tem tudo a ver com luxo. Mas não. Já teve um significado relacionado ao luxo, à vaidade, como muitos pensam. Mas hoje tomou outro significado.

Viço das plantas. Sensualidade: qualidade de sensual (Aurélio).

Do latim, luxuria. Significava, primeiramente, amor excessivo ao luxo, às vaidades, às ostentações de trajes, depois foi fixado pelo Cristianismo no sentido de amor excessivo aos prazeres da concupiscência carnal (Silveira Bueno com etimologia).

PROVÉRBIO REVERSO

Nem sempre a dor ensina a gritar.

CRÔNICA

A descoberta

Partiu no começo da madrugada e não avisou a ninguém o seu destino. 

Como avisaria, se nem ele sabia para onde estava caminhando?

Saber, sabia, mas o que estava planejando fazer. Era uma descoberta. Para que conseguisse cumpria seu intento, precisava de pessoas que compartilhassem seu destino. E foi o que fez. Chamou dois amigos dos bons e corajosos.

O que ele queria mesmo descobrir? Esperem, que mais adiante todos vão saber.

Saiu célere, numa pressa de quem não quer perder o bonde e cumprir uma missão importante. 

O caminho, além de tortuoso, havia obstáculos que os impediam de caminhar com facilidade. Era um caminho que não permitia o uso de transporte nenhum. As pernas eram o transporte único. 

Adentraram a mata adentro e foram em direção do destino, guiados, é claro, pelo personagem que tinha interesse na descoberta.

Descobriu, enfim, mas sem antes ouvir os resmungos, como de costume, quando passava muitas vezes por aquele trecho. 

Os resmungos e pequenos grunhidos era tudo o que encabulava nosso personagem. Daí veio a ideia de procurar descobrir o que aquilo se tratava.

Um doido, quase varrido de vez, vindo de longe, frequentava aquele local fechado de matas virgens, quase todos os dias. O nosso visitante, por ser caçador por esporte, ao passar por ali algumas vezes, não compreendia o fenômeno. Meio medroso que era, resolveu desvendar o mistério na companhia de amigos.

Por fim, desvendando o mistério, viu que o doido era inofensivo e podia continua nas suas viagens madrugadeiras e na sua louquice.


sexta-feira, 22 de abril de 2022

CRÔNICA

Um carinha

Encontrei um carinha acolá, sofrido, sambado. Há horas ou dias que vagava, sem rumo, escorraçado por todos que o encontravam. 

É muito provável que ele tenha sido enxotado por alguém que não vá com a cara dele ou que não aprecia sua espécie.

Isso mesmo! Há muitas pessoas que rejeitam algumas espécies de seres com base em algum julgamento que brota do interior, mas antes despertado por comentários nada científicos ou até mesmo lógicos.

"Eles fazem mal. Saiam perto deles, pois podem lhe agredir com isso ou aquilo."

Estava mesmo sambado. Andava devagar, capengando, claudicando, sem disposição para prosseguir na viagem. Não conseguia atravessar um pequeno trecho de rua, pois suas pernas bambas não davam condições.

Seus olhos, que já não são tão vivos, estavam quase sem abrir. As agressões que sofreu não atingiram aquelas partes, mas as dores que sentiu pelas agressões levaram a não ter disposição de abri-los como de costume.

"Tenho nojo dele", comentou um alguém que passava.

"Mas não precisa agredi-lo", comentou outro.

Quando eu passava o vi, ele enfunava o papo, característica dele e de seus amiguinhos. Notei, ao chegar mais perto, que havia algo esbranquiçado em seu corpo. Não foi preciso adivinhar: alguém, como é um mal costume de alguns, jogou sal para que o afugentasse de dentro de casa ou até mesmo do muro.

O carinha estava em maus lençóis, retorcendo-se. O melhor remédio foi jogar água limpa para aliviar suas dores e para que prosseguisse seu caminho e pudesse comer ainda muitos insetos menores, suas melhores presas.


PROVÉRBIO

Pra tudo Deus dá jeito.

quinta-feira, 21 de abril de 2022

QUATRO

Quatro milímetros, foi a precipitação pluviométrica de ontem.

CRÔNICA

Insônia

O galo canta e redobra o cantar ao longe. Uma muriçoca pia por aqui, enquanto um transporte zoa por ali, um zoar de carro acelerado por um pé indisciplinado de corredor noturno.

Chega a vez do bichano, que mia um miar longo, como quem está em agonia. Prolonga a miação, enquanto outro puxa ao longe outro miar mais brando e não menos chato. É uma miação com um volume menor.

Lá para outras bandas, um cachorro entoa um coro que só eles entendem. É um latido prolongado e recheado de barulho ensurdecedor e perturbador de vizinhança. No sentido de afungentá-lo, alguém aparece com um objeto rebolante e ameaçador. Não foi nem preciso agir, porque ele correu ligeirinho, mas não deixou de latir.

A mulher madrugadeira cantarola aquele cantar de todos os fins de noite e início de madrugada. É uma canção das mais antigas e de uma estrofe só.

Um dia o meu amor se foi
Mas a saudade ficou
Alojada por aqui
Agora não sei o que fazer
Se a saudade eu arranco
Ou continuo a sofrer.

A cantiga era desentoada e repetida à exaustão. Como era cantada por uma caminhante, logo ficou longe e seu canto não foi mais possível ser ouvido.

Os animais que trotam nas noites também foi fácil de ser ouvido. O relinchar fazia companhia daquelas tropeladas. Parece que não estavam acompanhados de seus donos, pois não se ouvia palavra alguma que os acompanhasse.

E assim, noite e madrugada se foram. O jeito foi levantar-se e comparecer, como já fazia há alguns meses, no café da esquina mais próxima. Lá encontraria muitos que não conseguiam pregar os olhos.

PROVÉRBIO

Pra se sarar, bastar estar doente.

quarta-feira, 20 de abril de 2022

PROVÉRBIO

Pra quem monta cavalo esperto, toda lonjura é perto.

CRÔNICA

Viagem

"Vou ali ver como está o outro lado da cidade". Viu pessoas que chegavam apressadas. Outras bem lentas, passo do gado. Um senhor que chicoteava um cavalo que não queria andar saía para fora da cidade para buscar ração natural. Havia uma velha senhora que catava lenha, bem distante do homem da carroça, a uma boa distância.

Viu mais longe ainda, carros que corriam pelas estradas a toda velocidade e até a moto de pouquíssimas cilindradas que se esgueirava entre os carros e teve que sair da pista e andar no acostamento para não se transformar em mais uma vítima do trânsito. Uma carroça corria veloz como se o cavalo estivesse desembestado. Mas não. Era um daqueles condutores que chicoteiam com muita força o pobre para ver se ele anda ligeiro. Um trem apitava feito doido ainda mais longe. Carregava gente, bicho e mercadoria.

Num close de olhos, pode ser processada na mente uma grande viagem. Fechou um, depois o outro. Não por preguiça, mas por hábito ou até por nada mesmo. Era costume dele fazer tais viagens.

E continuou. Foi mais longe e até conseguiu atravessar a pista e esgueirar-se num grande cercado, onde havia uma plantação de milho. Entrou e examinou cuidadosamente para ver se havia alguém por lá. Não havia. Decidiu andar mais para ver o que tinha do outro lado. Muita plantação tinha que vencer para atravessar todo o terreno. Que fazer? Voltar?

Voltou. Não havia nenhum dos personagens que tinha visto na ida. O que viu foi um caminhante que resolveu acompanhar a moda de caminhar logo cedo. Deu bom dia e voltou ao ponto onde estava. Abriu os dois olhos e levantou-se para começar os afazeres do dia.


terça-feira, 19 de abril de 2022

CRÔNICA

Ela e o tempo

Ela olha para si e se vê velha, velha. O que teria acontecido com ela que estava assim nesse estado? Não tinha o costume de se ver. Ela, que tinha recebido tantas pessoas, durante décadas e mais décadas, e oferecido banquetes e bailes de salão. Ela, que sabia de muitos segredos de pessoas chegadas e de gente de longe, que vinham e demorava voltar, ou nem voltava mais. 

Agora, caía aos pedaços.

É o tempo que não me fez perceber o que se passava comigo. 

Depois voltava no tempo e já não botava no tempo a conta de não ter percebido seu estado. Agora dizia que eram os afazeres das pessoas que ocuparam seu olhar e não permitiram que ela acompanhasse sua trajetória de vida.

Um belo dia - belo, uma forma de falar sobre um acontecimento do passado - nada de belo ocorreu com ela: veio a chuva, carregada de ventos fortes e a tirou daquele lugar, mas em pedaços. Não poderia ser o contrário, pois seus pés eram fincados no chão, em alicerces. Somente alguns membros puderam sair do lugar. Outros não resistiram e se despedaçaram no ar. 

Naquele lugar só ficou o alicerce e alguns membros que não foram levados pelo vento e a correnteza da chuva. Esta a levou, atravessando o rio e a destruindo por completo em seu leito.

Além do que ficou, também restou a lembrança dos transeuntes.


PROVÉRBIO

A corda muito puxada, arrebenta.

segunda-feira, 18 de abril de 2022

CHUVA DE ONTEM

Foram dezenove milímetros de chuva ontem na entrada da noite.

PROVÉRBIO

A concha é que sabe o calor da panela.

CRÔNICA

Os esfomeados

Por ser um fenômeno natural, não se pode condenar a quem reclama de estar faminta. Pode-se, por outro lado, reivindicarmos um pouco de paciência para que a comida seja arranjada na medida do possível. Não se pode retardar por muito tempo, pois a inanição poderá chegar logo.

Na fome em sentido literal, ela enquadra-se nos itens acima. Já na fome no sentido figurado, não. Não se morre dela, pois ela pode ser controlada pela baliza das virtudes. Os esfomeamentos podem bater à porta dos esfomeados, mas eles precisam - ao contrário dos famintos em sentido literal - renunciar àquela comida, pois ela não lhes pertencem de todo. Ela precisa ser deixada para que outros tenham acesso àquilo que têm direito. Àqueles, sim, é que ficarão sem o pão se os esfomeados não cederem um pouco e não fizerem um pequeno jejum.

O que tem em excesso é o que falta para grande parte de pessoas.

Paulatinamente, com controle, na renúncia, no pensar nos outros, a falsa fome passará e todos serão felizes para sempre, como nos romances românticos.

domingo, 17 de abril de 2022

ENTRETENDO - EDIÇÃO DE DOMINGO

CHUVA DE ONTEM - 8mm.

TORRES DO NORTE - As torres formadas no Norte, pela manhã, dizem muitos para os observadores do tempo. Chove ainda naquele dia. Isso eles garantem.

O ANJO DA NOITE - Cecília Meireles
 
O guarda-noturno caminha com delicadeza, para não assustar, para não acordar ninguém. Lá vão seus passos vagarosos, cadenciados, cosendo a sua sombra com a pedra da calçada.

Vagos rumores de bondes, de ônibus, os últimos veículos, já sonolentos, que vão e voltam quase vazios. O guarda-noturno, que passa rente às casas, pode ouvir ainda a música de algum rádio, o choro de alguma criança, um resto de conversa, alguma risada. Mas vai andando. A noite é serena, a rua está em paz, o luar põe uma névoa azulada nos jardins, nos terraços, nas fachadas: o guarda-noturno para e contempla.

À noite, o mundo é bonito, como se não houvesse desacordos, aflições, ameaças. Mesmo os doentes parece que são mais felizes: esperam dormir um pouco à suavidade da sombra e do silêncio. Há muitos sonhos em cada casa. É bom ter uma casa, dormir, sonhar. O gato retardatário que volta apressado, com certo ar de culpa, num pulo exato galga o muro e desaparece; ele também tem o seu cantinho para descansar. O mundo podia ser tranquilo. As criaturas podiam ser amáveis. No entanto, ele mesmo, o guarda-noturno, traz um bom revólver no bolso, para defender uma rua...

E se um pequeno rumor chega ao seu ouvido e um vulto parece apontar da esquina, o guarda-noturno torna a trilar longamente, como quem vai soprando um longo colar de contas de vidro. E recomeça a andar, passo a passo, firme e cauteloso, dissipando ladrões e fantasmas. É a hora muito profunda em que os insetos do jardim estão completamente extasiados, ao perfume da gardênia e à brancura da lua.  E as pessoas adormecidas sentem, dentro de seus sonhos, que o guarda-noturno está tomando conta da noite, a vagar pelas ruas, anjo sem asas, porém armado. (Do livro Quadrante 2)

SOBRE O TEXTO - O texto é dos tempos em que o guarda-noturno era um personagem de carne e osso, frequente na cidade. O rádio também era o meio de comunicação mais presente. A TV ainda não tinha tomado conta das mentes e corações das pessoas.

IDEIAS DE PIERLUIGI

Meia hora de estudo...
Dez minutos de intervalo...
Meia hora de estudo...
Dez minutos de intervalo...
...e assim por diante.

Com o correr do tempo, após criar esse hábito, você poderá fazer alguns ajustes.

Como cada pessoa tem um ritmo próprio, talvez essa meia hora possa ser esticada para 40 ou até 50 minutos. (Mas não passe disso!)

O intervalo ainda pode ser ampliado para uns 15 ou 20 minutos. (Mas, insisto: não passe disso!)

Tenha consciência de que essa é a parte realmente importante de sua vida escolar.

No Brasil, infelizmente, criou-se uma cultura estranha que focaliza a aprendizagem na sala de aula. Isso é um equívoco.

Na aula você não aprende.
Na aula você entende! 

(Do livro "Aprendendo inteligência", do professor Pierluigi Piazzi)

VOLTA DO LATIM - Número e gênero

O latim tem dois números: singular e plural

O latim tem três gêneros: masculino, feminino e neutro.

O gênero é determinado pela significação da palavra (gênero natural) ou pela terminação (gênero gramatical).

Regras gerais: 

São masculinos os nomes dos seres dos sexo masculino, da maior parte dos rios, ventos, meses e estações.

São femininos os nomes dos seres do sexo feminino, cidades, países, árvores, plantas, ilhas.

São neutros as palavras indeclináveis: fas, nefas.

São comuns os nomes de pessoas e de animais que têm uma só forma para o masculino e feminino: civis,dux,comes, canis, bos.


sábado, 16 de abril de 2022

QUE PALAVRA!

Cetro

Bastão de apoio usado pelos reis. Poder real (Aurélio).

Do latim, sceptrum, do grego, skeptrum. Bastão com emblemas que usam os reis como símbolo de autoridade (Silveira Bueno, com etimologia).

A palavra cetro pode ser usada como uma metonímia: o objeto no lugar do significado da palavra autoridade.

PROVÉRBIO REVERSO

Há casos que poderemos nos meter onde não fomos chamados.

sexta-feira, 15 de abril de 2022

CRÔNICA

Mundo velho

O mundo velho está quase morto. Está arquejando, suspirando, respirando em aparelhos.

É aquele mundo problemático, cheio de dificuldades, mas dava para o gasto.

Sobrevivia de coisas naturais, mas à base de atitudes racionais, consistentes, chegadas para o que levava à estradas que levariam a bons termos. Eram estradas que levavam seus viajantes a caminhos, mesmo espinhosos, mas concretos.

O mundo novo está mais vivo do que nunca, mas não viverá muito para contar muitas histórias. Ele vive de atropelos e incontáveis equívocos. É um mundo que não aprende com seus erros. Seus erros são acertos. Bela metáfora! Eis o x da questão.

Seus caminhos tortuosos são considerados normais, dignos de louvor e honra. Não funcionava assim com o mundo velho - não o de Seu Lírio - personagem de O tempo e o vento, de Érico Veríssimo - mas o velho, velho mesmo. Sim. Aquele que está com os anos contados. O de Seu Lírio era o atual, que ele chamava de velho e que não tinha porteira. Tudo poderia passar por ele com a maior facilidade, sem cobrança de ingresso, sem regras, sem leis, sem estatutos, sem moral, sem nada.

Assim vive o mundo novo e com pouco oxigênio sobrevive o velho.


PROVÉRBIO

Pra pegar peixe deve-se amainar a água.

quinta-feira, 14 de abril de 2022

MUITO PROFUNDO

Muito profundo o tema da falta d'água, mesmo tendo muita água de cima e uns outros tantos, embaixo.

Muito profundo mesmo, muito mais profundo do que possamos imaginar. Tão profundo que não conseguimos alcançar o final, de nenhuma maneira.

É tão profundo que não conseguimos entender a lógica de tudo isso continuar assim, ou a falta de lógica.

PROVÉRBIO

Pra morrer basta estar vivo (Amazonas).

quarta-feira, 13 de abril de 2022

PROVÉRBIO

Pra cangalha, suor de burro.

APERTEM OS CINTOS

Confiar no piloto

Estamos numa viagem sem volta. 

Mesmo que tentemos não embarcamos nela, não poderemos evitar tal viagem. Confiar no piloto é a única solução. Sem confiança, a coisa ficará pior, muito pior.

Há, ainda os cintos que devem estar bem apertados para que nos solavancos haja um equilíbrio de corpo.

Às vezes ela se torna enfadonha, longa, demorada e sem fim. Nada se pode fazer senão seguir. Entreter-se é uma das alternativas de como pode-se quebrar a rotina pesada. Ocupar-se em algo. Parado, nem água serve por muito tempo. 

Seguir é a melhor pedida.

terça-feira, 12 de abril de 2022

NÍVEL DE ÁGUA DA BARRAGEM

A barragem Umari, localizada em Upanema, recebeu águas das últimas chuvas e acumula 173.876.156 m³, equivalentes a 59,38% da sua capacidade total, que é de 292.813.650 m³. 

No último relatório divulgado, o manancial estava com 169.433.405 m³, percentualmente, 57,86% da sua capacidade total. 

(site do igarn.rn.gov.br de 11/04/2022)

Pelo volume d'água que a barragem de Umari está recebendo, não podemos garantir que neste ano ela transborde.



PROVÉRBIO

Poupar o bom para durar bem.

segunda-feira, 11 de abril de 2022

NOTA

Nota de falecimento

Faleceu ontem, a assistente social Inez Tavares de Mendonça.

Em 2003, publicou em parceria com seu sobrinho, José Wilson, o livreto "Upanema: A história dos três poderes (De distrito à cidade)"

A obra tem sido fonte de pesquisa para os upanemenses e até para pessoas de outras cidades. Recentemente, uma pessoa quem eu nem conheço, e mora longe de Upanema, queria saber alguma informação de seu avô que serviu em Upanema como delegado de polícia nos anos 50. Procurei na obra de Inez/Zé Wilson e logo encontrei.

Inez publicou, em parceria com o Jornal de Upanema, um cordel intitulado "Protesto ao Regime Militar". Aqui vão algumas estrofes. As demais o leitor poderá ler, aqui mesmo, neste blog. Basta um clique.

LITERATURA UPANEMENSE

Um protesto ao Regime Militar (Os versos do cordel foram compostos em 1982)

Por Inez Tavares

Eu sou um cara calado
Mas vou dizer meu sofrer
Pois tô ficando maluco
Não sei mais o que fazer.

Eu vou dizer meu sofrer
Nestes versos a seguir
Pois setores ditos básicos
Em nosso país vai falir.

Eu não sou economista
Como o gordo do escalão
Mas com projetos e pacotes
Não se enche panela não.

MÁSCARAS FOREVER?

O mais recente decreto governamental reza que a máscara passa a ser facultativo em ambientes abertos e fechados, porém, para os grupos de risco: idosos, gestantes, pessoas com sintomas gripais, etc, devem continuar usando aquele acessório.

A máscara já era usada, desde quando a gente começar a entender de gente. Víamos médicos, enfermeiros e dentistas, todos de máscara, e nunca imaginávamos que um dia seria preciso também entrarmos no mesmo time.

Agora, já podemos pensar em nunca deixarmos de usar a máscara, caso estejamos nos grupos supracitados.

Seria um uso forever, como diria um inglês.

PROVÉRBIO

Poupa o teu vintém, serás um dia alguém.  

CRÔNICA

Profecia

As águas, em suas agitações no interior do planeta, precisam correr livremente, sem que as  impeçam seu curso.

Entre todos os seus benefícios, não há um sequer que se possa destacar como o melhor ou o o mais útil para o universos. As pessoas e os animais não sobreviveriam por muitos dias sem sua preciosa existência.

Revolta-se de vez em quando, em momentos em que tentam impedi-las de seguir seu trajeto livre, solta e desimpedida.

É uma revolta natural, sem manifesto ou estatuto. Corre e diz um sai do meio discreto e contundente. Não quer saber de poderio ou razões de se ter construído seja lá o que for em seu caminho, seja para satisfazer a, b, c, ou d. Não tem nada que a impeça de prosseguir seu caminho. São forças poderosas que primeiro gastam os elementos artificiais e depois derrubam, destroem e os transformam em nada.

Revoltosa, e revoltada, ela tem pensado ultimamente em avançar em seus intentos. Está cada vez mais audaciosa em realizar seus intentos. Pensa fazer consórcio com outras que residem na superfície e até nas profundezes da terra.

Numa ação sincronizada, subirá da terra grandes jatos, ao mesmo tempo que está expandindo no solo e subsolo.

Os elementos se unirão e somarão suas forças a ponto de à guisa de trator de esteira, não deixar nada em pé. E tudo se desfará e nada sobrará.


domingo, 10 de abril de 2022

ENTRETENDO - EDIÇÃO DE DOMINGO

CHUVA DE ONTEM - 15mm.

INTENSIDADE - Tem sido intensas as chuvas. Chove quase todos os dias desde março.

VOLTA DO LATIM - Flexão latina

As partes do discurso

As palavras dividem-se em:

1 - Nomes: Substantivos, adjetivos, numerais, pronomes - Os nomes declinam-se (declinação)

2 - Verbos - Os verbos conjugam-se - Os nomes e os verbos têm flexão

3 - Partículas - Advérbios, preposições, conjunções, interjeições - As partículas não têm flexões

(Gramática Latina - José Ladislau Peter) 

Acima está um resumo daquilo que chamamos classes de palavras em língua portuguesa.

As classes de palavras constituem-se no esqueleto da língua portuguesa. Se o estudante entende muito delas, tudo ficará mais fácil.

SAÚDE - O novo decreto do governo dá mais um passo rumo à normalidade. Agora não é mais obrigatório o uso da máscara facial. Ressalve-se, porém, para os que apresentarem sintomas respiratórios. Por questão de bom senso, seu uso deve ser permanente, mesmo que a covid seja totalmente extinta.

IDEIAS DE PIERLUIGI - Quanto tempo devo estudar?

Se estudar durante trinta minutos, o ideal é ter um intervalo de dez minutos. Recomenda-se uma atividade física, como alongamento ou uma caminhada ou ainda tocar algum instrumento musical. Nunca deixe a televisão, o videogame, o computador ou smartphone interferirem nos estudos.

No tempo de estudo, concentre-se ao máximo, fazendo a tarefa é não se "livrando" dela. (Do livro "Aprendendo inteligência")

A LENDA DO MILHO

Nos campos começaram a escassear os animais. nos rios e nas lagoas, dificilmente se via a mancha prateada de um peixe. Nas matas já não havia frutas, nem por lá apareciam caças de grande porte: onças, capivaras, antas, veados ou tamanduás. No ar do entardecer, já não se ouvia o chamado dos macucos e dos jacus pois as fontes tinham secado.

Os índios, que ainda não plantavam roças, estavam atravessando um período de penúria. Nas tabas, tinha desaparecido a alegria, causada pela abastança de outros tempos. Suas ocas eram mais tristes, os curumins cochilavam por ali, tristinhos, de barriga vazia. 

Os varões da tribo, não sabendo mais o que fazer, trocavam pernas pelas matas, onde já não armavam mais laços, mundéus e outras armadilhas.  Armá-las para quê?

Nos carreiros de caça, o tempo havia desmanchado os rastos, pois eles datavam de outras luas, de outros tempos mais felizes.

E o sofrimento foi tal, que certa vez, numa clareira do bosque, dois índios amigos, da tribo dos Guaranis, resolveram recorrer ao poder de Nhandeyara, o grande espírito. Eles bem sabiam que o atendimento de seu pedido estava condicionado a um sacrifício.

Mas que fazer?  Preferiam arcar com tremendas responsabilidades a verem suas tribos e seus parentes morrerem de inanição à míngua de recursos. Tomaram essa resolução  e, a fim de esperar o que desejavam, se estenderam na relva esturricada. 

Veio a noite. Tudo caiu num pesado silêncio, pois já não havia vozes de seres vivos. De repente, a dois passos de distância, surgiu-lhes pela frente o enviado de Nhandeyara.

- Que desejais do grande espírito?  - perguntou.

- Pedimos nova espécie de alimento, para nutrir a nós mesmos e a nossas famílias, pois a caça, a pesca e as frutas parece terem desaparecido da Terra.

- Está bem - respondeu o emissário. Nhandeyara está disposto a atender ao vosso pedido. Mas para isso deveis lutar comigo, até que o mais fraco perca a vida.

Os dois índios aceitaram o ajuste e se atiraram no emissário do grande espírito. Durante algum tempo só se ouvia o arquejar dos lutadores, o baque dos corpos atirados ao chão, o crepitar da areia solta atirada sobre as ervas próximas. Dali a pouco, o mais fraco dos dois ergueu os braços, apertou a cabeça entre as mãos e rolou na clareira... Estava morto. O amigo, penalizado, enterrou-o nas proximidades do local. Na primavera seguinte, como por encanto, na sepultura de Auaty (assim se chamava o índio) brotou uma linda planta de grandes folhas verdes e douradas espigas. Em homenagem a esse índio sacrificado em benefício da tribo, os Guaranis deram o nome "auaty" ao milho, seu novo alimento.

 (Pingos de leitura - Norma de Castro Leite e Maria Evangelina Generoso - Comunicação e Expressão, Quarta série - Extraído de AMAEducando, n° 42)

sábado, 9 de abril de 2022

CHUVA DE ONTEM

13mm.

QUE PALAVRA!

Cerzir

Coser (parte gasta ou rasgada dum tecido) de modo que mal se notem as costuras. Costurar (Aurélio).

Remendar. (Do latim, sarcire) Fazer um recosido com linha (Silveira Bueno, com etimologia).

Cerzir não é palavra encontrada com facilidade na pena e boca dos atuais falantes e escreventes da nossa língua. Facilmente será encontrada  na literatura clássica, em especial a brasileira do século XIX e XX.

PROVÉRBIO REVERSO

A corda também arrebenta para o lado dos fortes.

CRÔNICA

Legítima defesa

O cão, o gato e outros animais usam e abusam de seu direito de defender-se de ataques vindos de seres de sua espécie ou mesmo de outras, como os humanos. São estes que muitas vezes atacam aqueles animais, mesmo se estes não estejam fazendo nada.

Os animais também atacam humanos e estes revidam de forma desproporcionada ou no mesmo nível.

Foi numa dessas vezes que um animal resolveu desafiar a todos do bairro. Não podia ver algo se mover, lá estava ele, apressadamente, com suas presas a querer prender braços e pernas. 

Seus ataques estavam tão conhecidos que ninguém mais podia ver um cachorro no bairro que já achava que ia ser atacado. Pontas de facas luminosas e porretes eram pouco para afugentá-lo. 

Um belo dia, apareceu um novato que não tinha medo de nada e resolveu encará-lo com todo vigor. Mostrou suas presas, que eram muito mais afiadas e maiores. Num avanço em direção do até então terror da redondeza, o novo brabo botou-o pra correr.  

Dizem os exagerados que até hoje o ex-brabo deve estar correndo procurando um lugar pra refugiar-se com medo até das suas presas.


COLIDADE DE ENSINO?

Eu tinha ouvido muito falar em qualidade de ensino. Depois ouvi alguém defender uma tal de colidade do ensino. Será que é uma novidade que vem por aí?


sexta-feira, 8 de abril de 2022

DOIS

A leve e breve chuva de ontem foi de 2mm.

PROVÉRBIO

Pouco se vive, e muito se vê.

POEIRA

Continuação do poema sombrio

No começo, como o narrador dizia, a poeira era inofensiva. Ou digamos e convenhamos que aparentemente era inofensiva, mas na verdade, não nada tinha disso. Que poeira é inofensiva? Se ela não prejudica um, prejudica outros.

Ela foi chegando de mansinho, tomando os seus lugares, aproximando das gentes mais distantes onde não tinha ainda contactado.

Agora desta vez apareceu de forma mais densa, para que tivesse mais eficácia e desse um tom mais escurecido, e fizesse um efeito mais negativo, proporcionando uma espessura maior e dificultasse aos olhantes uma visão embaraçada daquilo que havia nos lugares onde ela queria que não fosse visto por todo mundo.

Na verdade, aquela poeira era, indubitavelmente, instrumento do mal. Nada tinha de extraordinário, espiritual ou viesse do além.

A poeira fazia sombra de tão grossa. Uma nuvem cobria os lugares que ela queria proteger. 

E assim continuou, inexoravelmente, sem que os entes do bem pudessem sequer aproximar dos lugares, que para seus protegidos, eram intocáveis, impenetráveis, impossíveis de sequer terem notícias exatas daquilo que lá havia. 

Assim ficou, durante anos, coberto por aquela nuvem.



MAIS UMA DOSE

De dose em dose, já chegamos na quarta. 

Sem máscara e vacinados, estamos rumando à normalidade.


quinta-feira, 7 de abril de 2022

MÁSCARAS JÁ PODEM CAIR

Não é mais obrigado o uso da máscara facial no Rio Grande do Norte. Ficará, portanto, facultativo seu uso.

Muita gente contava os dias e as horas para a desobrigação daquele acessório. 

É um alívio. Um grande alívio para todos.

A FEIRA ONDE MAIS SEI COMPRAR

Uern sediará Feira do Livro de Mossoró 2022

Feira do Livro não foi realizada nos últimos dois anos por conta da pandemia 

A Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (Uern) sediará a 16ª edição da Feira do Livro de Mossoró, por meio de uma parceria com a Oficina da Notícia, empresa realizadora do evento. 

A Feira ocorrerá entre os dias 03 e 06 de maio, com boa parte das atividades sendo realizada nas dependências da Facem. A edição deste ano marcará também a retomada, pelo Governo do RN, do programa Cheque-Livro, destinado às escolas da rede estadual de ensino.

“A Feira do Livro é um evento que não pode desaparecer. Precisamos estimular, apoiar. Por isso a Universidade sentiu-se tão feliz ao ser procurada para sediar esta edição. Com certeza, teremos um papel importante em toda a programação, assim como na atração de público para as atividades que serão realizadas”, comentou.

Em quinze edições, a Feira já reuniu mais de 800 mil visitantes, trazendo a Mossoró nomes ilustres da literatura brasileira. (Do portal da Uern, por Bruno Soares, em 4 de abril/2022)

É uma feira importante para os amantes da literatura de todas as idades. 

Foi numa dessas feiras que conheci Ariano Suassuna. Se não me falha a memória, o evento era na "Estação das Artes Elizeu Ventania". O ano? 2009.

Numa feira de livro podemos encontrar livros em promoção e títulos bons e bem variados. Também poderemos encontrar lá pessoas de outras cidades, velhos colegas de escola e universidade. Um evento muito interessante para quem gosta de ler e viver mergulhado na cultura livresca.


SEIS

A precipitação pluviométrica de ontem foi de seis milímetros.

O PRECIOSO

O precioso tem vivido fluindo em expansão.

Não há quem impeça sua descida e andada.

Quando desce, não tem quem o segure. Manda recado, mas nem sempre é garantia que ele virá tal ou tal hora. Nós humanos é que pensamos que ele vem daqui há pouco ou a algumas horas ou minutos. Faz-nos pensar em tempos porque sua forma no espaço sideral nos dão pistas.

Derrama-se de lá para cá de formas diferentes e em velocidades variadas. É algo extraordinário e bonito de se ver.

O precioso traz muitos benefícios para os humanos, mas também para os outros reinos, como o vegetal e animal. Sem ele, nada que é vivo continuará a viver por muitos dias. 

Há quem não goste dos dias e até meses em que o precioso cai. Se ele não vem, os mesmos que não gostam dele reclamam de sua ausência e até chegam a rezar ppr sua vinda. Mas quando chega - não faltam os reclamantes. Há até quem reivindique a hora que ele deveria despejar. 

Deixe ao menos eu chegar em casa. Mas assim já é demais!

É certo também que se ele vier em grandes proporções, pegará muita gente desprevenida, principalmente as que residem em lugares baixos ou em morros. Os prejuízos podem ser grandes e podem até levar à morte.

Ele é artigo precioso para a sociedade e pode ser medido, mas nunca impedido. É combustível para a agricultura, cem por cento natural e não tem contraindicação se usado limpo e no tempo certo.

PROVÉRBIO

Poucas e boas, devagar que doa!

quarta-feira, 6 de abril de 2022

SEGUE

O ciclo chuvoso continua com toda força. 

Chove agora ao cair da tarde. Os mosquitos que se virem.

PRONÚNCIA CORRETA DE ALGUMAS PALAVRAS DA LÍNGUA PORTUGUESA

Apesar de falarmos todos os dias a língua materna, não quer dizer que estamos livres da pronúncia equivocada.

Há uma infinidade de exemplos dessa natureza. 

Interesse e controle - A pronúncia com o som aberto - interésse e contróle - só é possível quando for verbo: Espero que você se interesse pelos estudos. Controle-se!

Nos substantivos devemos pronunciar contrôle e interêsse: Não houve controle da situação. O interesse foi pouco.

PROVÉRBIO

Pote velho é que dá boa água (Minas).

SORTE OU PRIVILÉGIO?

Terá sorte, privilégio ou outra coisa aquele que consegue desvencilhar, sacudir de si os problemas, mazelas e descaminhos que aparecem no caminho de todos os viventes?

Seria obstinação? 

Obstinação quiçá soe melhor, uma vez que o cair e o levantar faz parte de uma ação que vem de dentro e não de fora. 

Os desafios e dificuldades que nos impõem as forças que puxam o ser para baixo quotidianamente são fortes, mas tão fortes que merecem um grandioso íssimo para dar mais sentido à coisa.

Na caminhada aparecem declives daqueles tamanhões. Vezes outras, os aclives não são menores e menos trabalhosos de serem superados. Ainda podemos botar em conta os arranhões e as leves machucaduras - por dentro e por fora -, que deixam gravadas no mais elevado grau de gravação.

Cabe a cada um arranjar forças para o desmanchamento e o desgravamento de tudo. Só assim, os descaminhos perderão seu rumo e tudo voltará à santa paz de Deus.


segunda-feira, 4 de abril de 2022

CINTO POUCO OU O NECESSÁRIO?

Cada vez que alguém é vítima de um acidente grave ou fatal, o uso do cinto volta a ser discutido.

O uso do cinto de segurança é uma das obrigações do condutor e passageiro. Porém, muita gente não quer obedecer a esse dispositivo - que nem precisava de lei para isso.

"Todos estão com o cinto?" É pergunta frequente de alguns motoristas quando se aproxima o local que pode haver fiscalização. 

Sem dúvida, esse mal costume é uma falha grave, que pode levar à morte ou a danos irreparáveis.

Enquanto isso, sinto muito e todos os que usam aquele acessório sempre que entra num veículo, sentem também. Sinto, e todos sentem apenas o necessário. 

Cinto nunca é demais: só o necessário.

NOVA PANCADA DE CHUVA

Foram oito milímetros na tarde cedo e mais três posteriormente: onze, portanto.

TOTAL DE CHUVAS DE MARÇO

O mês de março choveu um número aproximado de janeiro.

Naquele mês foi de 298. Em março, 281.



CHUVA DE ONTEM À TARDE

Foi de oito milímetros a precipitação pluviométrica de ontem pela tarde.

PROVÉRBIO

Tá pra ti, cangati!

domingo, 3 de abril de 2022

ENTRETENDO - EDIÇÃO DE DOMINGO

O negrinho do pastoreio 

O manto negro da escravidão cobria a terra brasileira. 

Os escravos sofriam penas cruéis impostas pelos maus senhores.

Foi nessa época de dor par a raça negra que um pequeno escravo, menino de catorze anos, se tornou o o herói  desta lenda simples, que criou um gênio e imaginou um santo. 

Muitos camponeses gaúchos creem no Negrinho, e acha possível que alguém o tenha visto subir ao céu apoiado numa nuvem luminosa, tendo do seu lado a virgem a sorrir-lhe...

Pelas estradas rio-grandenses, não é raro verem-se velas acesas sobre os moirões dos currais.

Estando a vela acesa, o Negrinho saberá que o gaúcho está aflito e irá em busca da ovelha tresmalhada.

O Negrinho conhece a imensa planície dos pampas. Ele viveu ali cuidando dos animais, feliz no trabalho que tão bem conhecia e amava. Mas um dia seu amo e senhor, estancieiro e cruel, deu por falta de um novilho. Espancou barbaramente o menino escravo e o mandou á procura da rês perdida.

O negrinho andou, andou, andou... e voltou triste, certo de receber outro castigo.

O estancieiro carrasco o recebeu a chicote. Desancou-o até que o sangue começou a escorrer-lhe pelo corpo. Depois, como se não bastasse tamanha crueldade, amarrou-o, seminu, a escorrer sangue, em cima de um formigueiro.

Passaram-se três dias e três noites.

Na manhã do quarto dia, o estancieiro resolveu ir ao formigueiro retirar corpo e enterrá-lo. 

Que viu?

O Negrinho estava vivo, iluminado com uma luz diferente, lindo, misteriosamente suspenso no meio dos novilhos.

Por entre as nuvens, a Virgem Maria, sorrindo, abençoava-o.
 
Diz o povo que o Negrinho nunca mais saiu da terra. Vive nos campos, nos rios, e nas estâncias, entre rebanhos, andando por toda parte à procura dos animais doentes e perdidos... (Pingos de leitura, quarta série - Norma de Castro Leite e Maria Angelina Generoso)

CHUVAS DE MARÇO - As precipitações pluviométricas do mês de março foram aproximadas de janeiro. Não chegaram aos trezentos milímetros, mas andaram perto.


sábado, 2 de abril de 2022

CHUVA DE PRIMEIRO DE ABRIL

Abril abriu com dezesseis milímetros de chuva.

QUE PALAVRA!

Cerviz

A parte posterior do pescoço; nuca (Aurélio).

Do latim, cervix. Parte posterior do pescoço, cachaço, nuca, cogote. Fig. Obstinação, orgulho, insubordinação (Silveira Bueno, com etimologia)

O homem que muitas vezes repreendido endurece a cerviz, de repente será destruído sem que haja remédio. (Livro de Provérbios, capítulo 29, versículo 1. João Ferreira de Almeida, edição corrigida e revisada).


PROVÉRBIO REVERSO

A cara nunca mostra o que ou quem é.

PROVÉRBIO

Por fora, grande farofia, e por dentro não tem miolo.

sexta-feira, 1 de abril de 2022

NOITE CHUVOSA

Desde o começo da noite que chove sem parar, em pequenas pancadas.

Amanhã registraremos os números. 

CRÔNICA

Dormindo

Ela dorme sono solto e não parece tão cedo acordar. 

O anesteseio aplicado, é renovado continuamente, com doses amiúde e com outras mais fortes - ano sim, ano não.

E o ciclo se repete. Repete continuamente, e não tem dia, mês ou ano de findar por causas dos anestésicos fortes injetados. 

Por ser um sono que se dorme meio acordado, ela poderia ouvir os gritos que são gritados aos ouvidos. Poderia muito bem rejeitar, num raro momento de lucidez, os falsos medicamentos.

Os falsos medicamentos são seguidos também de apelos falsos. Ah! São estes que estimulam o caimento no sono, que às vezes torna-se profundo. 

A lucidez é rara, com pouco lampejo. Gritar nos ouvidos não se constitui em medida eficaz.

Assim ela caminha e não pode livrar-se da estagnação ou do despenhadeiro.



PROVÉRBIO

Posso cair, mas cair de pé.

LADOS

Pertencer à isentomania é um dos modismos da nossa época. Acontece isso no jornalismo. Do outro lado da moeda, estão os que têm lado. Às vez...