quinta-feira, 31 de março de 2022

CHUVA DE ONTEM

Foram 4mm as pingadas por aqui ontem. Pancadas leves e passageiras.

OLHA O TREM

Os trens andam, ou muitas vezes, num voo desconcertante, voam em direção ao infinito, numa voada que não deixa ninguém entender por que e como partiu em tão grande velocidade, sem esperar por ninguém e sem avisar também.

Quando parte, não leva nada, mas deixa muita coisa. Mesmo que não deixe coisas preciosas materialmente falando, deixa lembranças à beça. Seu rastro é enorme para uns, enquanto para outros, marcas leves de sua passada por aqui.

Deixa sempre alguma coisa. Uns, legados tão significativos qual ferros marcados em couro de bois: só se acabam quando o animal morre. Os legados negativos também deixam marcas, mas instigam suas vítimas a tentarem esquecerem de suas passagens entre elas. Saudade é palavra que não está em seu vocabulário.

A partida de alguns trens fazem muitos chorarem e outros  - se não sorrirem - sentirão alívio e satisfação.

E cada trem precisa cumprir sua missão entre os pares. E ai de quem não cumprir dignamente, pois não há desculpa nenhuma e nem fardo tão pesado a ponto de ninguém poder levá-lo. O cumprimento da tarefa é perfeitamente possível para cada um. 

Ele tem que partir, mais cedo ou mais tarde. Não tem jeito que dê jeito.

PROVÉRBIO

Portador não merece pancada.

segunda-feira, 28 de março de 2022

INTERVALO

Um intervalo de dois dias sem chuva. Um tempo para secar mais ou menos. 

O que importa é que o inverno está pegado e já pode dá frutos.

ENSOLARADO

De ensolarado a nublado, é a manhã de hoje. 

Para os que sofrem de algumas moléstias, a mudança do tempo tende a atrapalhar a travessia nos caminhos da vida. 

PROVÉRBIO

Porco magro é que suja a água.

domingo, 27 de março de 2022

ENTRETENDO - EDIÇÃO DE DOMINGO

Histórias da Velha Totonha - José Lins do Rêgo

A Velha Totonha de quando em vez batia no engenho. E era um acontecimento para a meninada. Ela vivia de contar histórias de Trancoso. Pequenina e toda engelhada, tão leve que uma ventania poderia carregá-la, andava léguas e léguas a pé, de engenho a engenho, como uma edição viva das Mil e Uma Noites. Que talento ela possuía para contar as suas histórias, com um jeito admirável de falar em nome de todos os personagens! Sem nem um dente na boca, e com uma voz que dava todos os tons às palavras.

As suas histórias para mim valiam tudo. Ela também sabia escolher o seu auditório. Não gostava de contar para o primo Silvino, porque ele se punha a tagarelar no meio das narrativas. Eu ficava calado, quieto, diante dela. Para este seu ouvinte a velha Totonha não conhecia cansaço. Repetia, contava mais uma, entrava por uma perna de pinto e saía por uma perna de pato, sempre com aquele seu sorriso de avó de gravura dos livros de história. E as suas lendas eram suas, ninguém sabia contar como ela. Havia uma nota pessoal nas modulações de sua voz e uma expressão de humanidade nos reis e nas rainhas dos seus contos. O seu Pequeno Polegar era diferente. A sua avó que engordava os meninos para comer era mais cruel que a das histórias que outros contavam.

A Velha Totonha era uma grande artista para dramatizar. Ela subia e descia ao sublime sem forçar as situações, como a coisa mais natural deste mundo. Tinha uma memória de prodígio. Recitava contos inteiros em versos, intercalando de vez em quando pedaços de prosa, como notas explicativas. 

Havia sempre rei e rainha, nos seus contos, e forca e adivinhações. E muito da vida, com as suas maldades e as suas grandezas, a gente encontrava naqueles heróis e naqueles intrigantes... (Do livro Menino de Engenho)

A VELHA TOTONHA - É símbolo de uma geração antiga em que contar histórias para os outros era passatempo. Vivendo num tempo em que não havia nenhuma diversão, contar histórias era a única coisa agradável para se fazer e divertimento na certa para os ouvintes.

IDEIAS DE PIERLUIGI - As armadilhas

Em primeiro lugar, lembre-se de que todos nós temos a tendência de nos dedicar mais àquilo de que mais gostamos e em que nos sentimos cada vez mais seguros.

No entanto, temos tendência a deixar de lado justamente aquilo em que temos mais dificuldade. 

Consequentemente, se não tomarmos cuidado, teremos a tendência de nos tornar cada vez melhores naquilo em que já somos bons e cada vez piores naquilo em que já temos deficiências. 

O dia em que você ouvir frases do tipo: eu não preciso saber matemática: eu sou da área de humanas!

Ou então: Odeio ler literatura, mas não me preocupo com isso, e nem preciso disso, afinal, sou de exatas!

Saiba que você está lidando com pobres coitados que caíram nessa armadilha. (Do livro "Aprendendo inteligência", do professor Pierluigi Piazzi)

RECORTE DE JORNAIS

Transposição - A Assembleia Legislativa não ficou alheia ao projeto de transposição das águas do rio São Francisco. Ao contrário. Além de realizar um debate sobre o assunto, com a presença do ex-ministro Aluízio Alves, a Assembleia constituiu uma comissão de deputados que, juntamente com colegas de outras assembleias do Nordeste, discutiu a questão e levou ao conhecimento da população a necessidade de concretização do projeto. Foi, inclusive, solicitada uma audiência ao presidente Fernando Henrique Cardoso. (Resenha da Assembleia - Jornal Gazeta do Oeste, em 30 de setembro de 1998, quarta-feira)

ASSUNTO ANTIGO - A transposição das águas do rio São Francisco é debatida há milhares de quilômetros de anos. Quem conseguirá ver o término dessa história?

EDUCAÇÃO - Cada participante do sistema de ensino deve focar numa coisa: lutar por um ensino de qualidade. Ensino, entenda-se, é transmitir para os alunos aquilo que deu certo desde quando existe escola no mundo: conteúdos.

ORIGEM DAS PALAVRAS - Altar - Do latim altus, alto.

O termo vem de que a mesa sobre a qual se ofereciam os sacrifícios era colocada num lugar alto.

Dicionário da origem e da evolução das palavras, de Luiz A. P. Vitória)

A explicação sobre a origem da palavra altar atesta a necessidade de termos na escola noções básicas da mãe da nossa língua - o latim. 

Considerando que a escola é lugar de aprendizagem da alta cultura, o latim nos ajuda a entendermos a nossa língua.   


sábado, 26 de março de 2022

TROVÕES E RELÂMPAGOS

Diferentemente de outras chuvaradas, a de ontem foi marcada por trovões e relâmpagos, sem nenhum incidente. Uma chuva na paz e da paz.

Em outras localidades do município e centro da cidade, os registros das precipitações variaram, como é muito natural. No centro, por exemplo, 13,3mm.

CHUVA DE ONTEM

19mm.

QUE PALAVRA!

Ceriguela - Arvoreta anacardiácea, cujo fruto do mesmo nome, é rico em vitamina C (Aurélio)

É uma fruta doce e muito apreciada entre nós.

Há outras grafias para a palavra acima. Somente Aurélio grafa com c e e.






PROVÉRBIO REVERSO

A água aguenta calada e resiste a todas as pancadas que lhe dão.

CRÔNICA

Um desenho vago

Apenas um desenho vago que se pode fazer por nós, que estamos longe, mesmo perto fisicamente.

Não se pode vê com os olhos físicos, mas vislumbra-se em vultos aquilo que está detrás da cortina, escondida em sete ou mais chaves.

O desenho é quase imperceptível. Há leves marcas exteriores que se deixam ver, mas não se deixam aparecer com precisão. Se assim fosse, seu reino não resistiria por muito tempo. 

O que está por trás da cortina não é coisa para ser vista por muitos. Ora, mesmo o pouco, é coisa para perigar.

Perigo à vista, dado a empreitada que se desenrola, que se tece nos umbrais da escuridão espessa. Espessa, que, ao passar dos anos, desgasta-se a ponto de desescurecer e desespessar de tal forma que não resistirá à luzes da virtude e do bem. 

É nesse tempo que tudo o que está escondido virá à tona e desmanchará tudo o que foi urdido no período da bonança, regada a engodo e dissimulação.


PREVISÃO

A previsão do inmet é que no final de semana haverá muita chuva por aqui.

Vamos aproveitar o período da melhor maneira possível, com muito cuidado e cautela. Logo, logo voltaremos a viver sem chuvas. 

sexta-feira, 25 de março de 2022

XIXIXI

Aquilo que o vulgo chama quando passa minutos e até uma tarde ou noite toda num chover pouco, que não podemos classificar como uma chuva forte nem neblina, é o que está ocorrendo hoje, desde o começo da noite.

É aquele xixixi sem parar. 

Apesar do volume pouco de chuvas, termos muitos metros juntados se continuar por algumas horas.

De pingo e pingo o chão fica alagado e os açudes enchem ligeiro.

CHUVA DE ONTEM

25mm

PROVÉRBIO

Por um cravo se perde um cavalo.

terça-feira, 22 de março de 2022

COPIOSAMENTE

Chove copiosamente no início da noite.

MAIS UMA TARDE CHUVOSA

Mais uma chuva na cidade. Isto atesta a regularidade do período invernoso neste ano.

CHUVA DE ONTEM

Foram vinte e cinco milímetros bem chovidos e bem ventados.

DESMASCARADOS

Num olhar rápido sobre a cidade, veremos que o uso da máscara está reduzido quase a zero. 

O precioso objeto está, aos poucos, sendo descartado, não somente por força de decreto, mas por não ser mais tão necessário como dantes. Até mesmo em locais fechados, tirante os supermercados, farmácias, postos de saúde e escolas.



PROVÉRBIO

Por sim e por não, é bom tentar.

VENTO

A chuva de ontem pela tarde foi acompanhada de vento. 

O volume de chuva, ao contrário, não foi  muito.

Pelo visto, o inverno pegou e está segurado e segurando.

segunda-feira, 21 de março de 2022

CHUVA E VENTO

Chove. Chove uma chuva com vento neste instante.

DIA SJ

Ontem foi o "dia sj" relacionado ao período chuvoso.

Quando aproxima-se o mês de março, as rodas de conversa são inevitáveis sobre o chove ou não chove. 

É aí surgem pelo menos duas visões: uma científica e outra popular/religiosa.

Na passagem do equinócio é que se sabe se haverá ou não chuvas durante o ano. A visão popular acredita que até o dia de São José deve chover para que tenhamos a garantia de boa invernada.

No dia de São José choveu por aqui. Então tudo em paz!

CHUVA DE ONTEM À TARDE

26mm.

PROVÉRBIO

 Por os cães no mato e ficar de fora.

domingo, 20 de março de 2022

ENTRETENDO - EDIÇÃO DE DOMINGO

A estória das vitórias-régias (Maria Lúcia Franco da Rocha)

Quando sol acabava de dar a sua volta, e ia dormir, lá longe, atrás das montanhas, Pituanga, o gênio da noite, passeava pelo céu e contava as estrelas, para ver se estavam todas quietinhas, direitinhas, em seus lugares.

O céu era imenso, e cobria uma terra imensa e linda, onde povos morenos falavam linguagens doces e estranhas. Eram tupis, Gês, Aruaques e Caraíbas. Por isso, Pituanga deu às suas estrelas nomes doces, dessas línguas estranhas. A uma, azul, muito brilhante, batizou com o nome bonito de Tiorerê; a outra, muito branca, muito alva, Tomerê; a uma pequena, vermelhinha, Zoterê. A mais bela, mais cintilante, chamou Uaiê-halocê. E assim, a uma uma infinidade delas.

As estrelas eram dóceis, obedientes. Logo que a sombra se estendia pelo espaço, corriam todas depressa para os seus lugares. Geralmente, Uaiê-halocê era a primeira que chegava. Depois, vinham vindo as outras: aquelas três irmãs, que estão sempre encarreiradas, como se estivessem prontas para o bailado; as suas gêmeas, que luzem como dois olhos de Deus; as miudinhas que se espalham pelo céu e traçam as estradas de prata por onde vagueiam nas noites tranquilas as almas dos poetas; as quatro estrelas formosas que formam uma cruz maravilhosa. Todas, todas ficavam a postos. Só uma estrelinha pequenina e distraída, em vez de ficar bem no meio da cruz, ia sempre parar lá em baixo, de um lado. Pituanga zangava, mas não adiantava nada; era errada mesmo...

Uma vez, fazendo a ronda do costume, notou que faltava uma porção delas. Aborrecido, procurou-as por toda parte.

A noite estava tão clara e linda, que as estrelas tinham fugido para se banhar nas águas do rio Amazonas.

Irritado, vendo que, se todas as estrelas descessem à terra, seria a desordem e a indisciplina no céu, Pituanga não as quis perdoar e, para exemplo, resolveu castigá-las.

- Já que o céu não lhes basta, já que tanto gostam desse rio - disse indignado - pois que aí fiquem, para todo o sempre, não como estrelas, mas como pedras brutas.

Ouviu-se um estrondo medonho, e pedras enormes caíram no fundo do Amazonas.

Aconteceu, porém, que Iara, a fada das águas, passando por ali naquele instante, teve dó das infelizes estrelas que iam sofrer porque gostavam do seu rio.

- Vai-te, Pituanga! Ordenou. Elas agora estão no meu domínio. E cheia de bondade, estendendo as mãos alvas e finas, disse com infinita doçura:

- Estrelas que éreis do céu, de hoje em diante sereis estrelas em flores sobre as águas.

Mansamente, as estrelas subiram, boiaram, e assim nasceram as Vitórias-Régias.  (Do livro "Pingos de leitura, quarta série, página 56-7 - Editora do Brasil S/A)

Sobre o texto "A estória das vitórias-régias" - É uma das belas histórias que fazem parte da literatura infantil. Feito especialmente para as pessoas que já estão amadurecendo na leitura. No meu tempo de criança, a leitura não era sofrível, e sim, compreensível. 

A lenda da vitória-régia dialoga com a natureza, as tribos indígenas e a ecologia em geral sem ser necessário fazer nenhuma referência a interdisciplinaridade ou transversalidade. 

Como veem, a forçação de barra não ajuda em nada.

IDEIAS DE PIERLUIGI

Quanto estudar? 

Esta é a parte mais difícil. Se você entendeu que tem de estudar todo dia, já sabe quanto estudar:

Pouco! Mas quanto é esse pouco? Dez minutos, uma hora, cinco horas?

A resposta pode parecer estranha, mas é a que realmente funciona.

Quanto? Você vai descobrir. Ou seja, ao criar o hábito de estudar todo o dia, você irá perceber, ao se autoavaliar algumas semanas depois, que houve dias em que estudou demais! e outros que nos quais estudou de menos.

Em poucos dias ou, no máximo, em poucas semanas, você vai encontrar o ritmo correto.

Com certeza, porém, será pouco estudo quando comparado com aquelas "rachações" de véspera de prova que alguns costumam fazer.  (Do livro "Aprendendo inteligência", do professor Pierluigi Piazzi)

ORIGEM DAS PALAVRAS

Algoz - carrasco, verdugo; pessoa cruel.

Do turco, gozz, designação de uma tribo de onde se tiravam os carrascos que serviriam aos almoades de Marrocos e da Espanha, quando esta se achava sob o domínio árabe. (Dicionário da origem e da evolução das palavras - Luiz A. P. Vitória)

INTERNET DE ANTIGAMENTE

Imaginemos que nos anos 70, 80 e até 90, um estudante quisesse saber em que circunstâncias uma pessoa perderia o emprego. Ela recorreria a um advogado ou a uma enciclopédia. A enciclopédia era uma espécie de internet de hoje. 

No verbete abandono de cargo, da Enciclopédia Globo, encontraria uma boa resposta:

Dir. Uma das razões que justificam a aplicação da pena de demissão. Consiste em o funcionário deixar de comparecer à repartição onde exerce as suas funções, por mais de trinta dias, fora dos casos permitidos em lei, como, p. ex, o fato de estar em licença. O abandono de cargo público, fora dos casos permitidos em lei, constitui crime contra a administração pública (art. 323 do Código Penal). A pena é aumentada se a o fato resulta prejuízo público , e se o fato ocorre em lugar compreendido na faixa de fronteira. (Volume 1 da Enciclopédia Brasileira Glob, 1977)

A SEMANA COMO FOI 

De domingo para cá, foram 88mm de chuva. Uma semana bem molhada.

SAÚDE - Já está mais perto que longe de tirarmos a máscara definitivamente.  Segundo decreto estadual, já não é obrigado seu uso em lugares abertos.

ESPORTE - Hoje tem mengo. As duas maiores torcidas vão de novo ao confronto.

HUMOR  

Estava sozinho no elevador quando uma garota entrou falando ao celular.
- Preciso ir - disse ela - Tem um cara bonitinho aqui do meu lado.
Antes que eu pudesse reagir, ela se virou para mim e falou:
- Me desculpe por mentir. Eu só queria terminar a ligação.

EDUCAÇÃO - O piso está faltando uma porção de tijolos, cal, cimento, etc.

NEBLINA DE ONTEM - 3mm.

TARDE - Tarde chuvosa.


sábado, 19 de março de 2022

QUE PALAVRA!

Cepo

Toro ou pedaço de toro, cortado transversalmente (Aurélio)

Parte inferior do braço dos instrumentos de corda, que se liga à caixa de ressonância (Soares Amora)

Há a expressão popular e local - pelo menos do meu conhecimento - Meter o cepo. Corresponde a tecer críticas severas contra alguém ou falar da vida alheia.

quinta-feira, 17 de março de 2022

ADIVINHANDO CHUVA

Para termos uma ideia se vai chover, poderemos ler o que dizem os estudiosos do tempo ou então observarmos diretamente da fonte, que é a natureza. 

Segundo alguns observadores, até os gatos nos dão pistas:

– Se ele espirrar, é sinal de chuva;

– Quando arranha as unhas numa árvore ou esfrega as costas no chão significa que vai chover;

– Se ele começa a tomar banho, sinal que o tempo vai abrir;

– Se ele ronronar também dá para esperar por uma forte tempestade; 

– A direção para onde o gato vira o rosto e começa a se limpar, depois de uma tempestade, indica o lado de onde o vento vai soprar. 

...é o que acreditava H. H. C. Dunwoody, um tenente americano que trabalhava no U.S. Army Signal Service, precursor do atual órgão americano de previsão do tempo (o National Weather Service). Em 1883, ele escreveu em um livro que, infelizmente, os meteorologistas não conseguiam fazer previsões confiáveis para um período maior de três dias – por vezes, não acertavam nem o que ia acontecer nas 24 horas seguintes. E por isso, segundo ele, era melhor confiar nos instintos animais. “Gatos têm a reputação de serem sábios do tempo”, escreveu. 
Fonte: https://super.abril.com.br/coluna/cienciamaluca/gatos-conseguem-prever-o-tempo.

Se as informações acima não bastarem, podemos observar que quando o tempo está prestes a se fechar ou já quando começa a chover, os gatos procuram agasalhos. Eles se parecem com os humanos nesse item.






PROVÉRBIO

Por o dez no onze.

quarta-feira, 16 de março de 2022

ZÉ GARCIA

José Garcia de Medeiros, conhecido por Zé Garcia, faleceu ontem e foi sepultado hoje.

Nasceu em 8 de junho de 1949. Era filho de Manoel Garcia e Edite Carlos, já falecidos.

Foi eleito vereador em 1982 e Presidente da Câmara no biênio 1985-1986. Era a 8ª legislatura.

Necrológio - Como ocorre com muitas pessoas falecidas, foi feito seu necrológio.


CHUVA PELA MANHÃ

A chuva passageira da manhã foi de apenas 4mm.

PROVÉRBIO

 Por o carro adiante dos bois.

terça-feira, 15 de março de 2022

NA BATALHA CONTRA O MAL

Novidade do decreto governamental sobre o enfrentamento ao coronavírus

Outra novidade do decreto é a previsão das ações governamentais a serem adotadas pelo Estado e recomendadas aos municípios, a exemplo da busca ativa da população não vacinada ou em desconformidade com o calendário de imunização; o início da campanha de vacinação da D4 para idosos; o estímulo, no âmbito da educação básica, para que pais e responsáveis vacinem as crianças e os adolescentes; o reforço às campanhas de divulgação da atual situação pandêmica. 

Permanece em vigor a obrigatoriedade de comprovação do esquema vacinal em conformidade com o calendário de imunização, nos termos do Decreto Estadual nº 30.940, de 30 de setembro de 2021, bem como nos segmentos de alimentação, como em bares e restaurantes, bem como centros comerciais, galerias e shopping centers que utilizem sistema artificial de circulação de ar. Estão dispensados da exigência de comprovação do esquema vacinal tão somente os eventos e estabelecimentos em locais abertos, com ventilação natural e limitados a 100 pessoas. 

O novo decreto passa a vigorar a partir de 15 de março de 2022 e terá vigência até o próximo dia 31 de março. A Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap), além dos atos complementares ao novo Decreto, editará Portaria com o novo protocolo geral a ser observado pelas atividades socioeconômicas.

(Do jornal Defato.com de hoje)

USO DE MÁSCARAS

Uso de máscara em locais abertos deixa de ser obrigatório no Rio Grande do Norte

Do jornal Defato.com -hoje

Decreto tornando facultativo o uso da máscara em ambientes externos foi publicado no Diário Oficial do Estado desta terça-feira (15). O documento passa a valer a partir de hoje e tem vigência até o dia 31 deste mês.

O Governo do Estado edita decreto com novas medidas de prevenção e enfrentamento ao novo coronavírus no âmbito do Rio Grande do Norte, que foi publicado no Diário Oficial do Estado desta terça-feira (15). 

As novas regras do Decreto N° 31.310 são baseadas na recomendação nº 35 do Comitê de Especialistas da SESAP/RN para o enfrentamento da pandemia. Neste sentido, o novo Decreto torna facultativo o uso de máscaras de proteção facial em ambientes abertos, permanecendo em vigor a obrigatoriedade em espaços fechados ou de grande aglomeração de pessoas, a exemplo de veículos de transporte de passageiros.

CHUVA DE ONTEM NA ENTRADA DA NOITE

14mm.

AS CHUVAS DE MARÇO

As chuvas amiúde em março deixam os plantadores como pinto no lixo. 

É a garantia de uma boa colheita.

Previsões - Também confirmam as previsões do guru da academia sobre as chuvas deste ano.

PROVÉRBIO

Por mais propícia que nos seja a fortuna, lá chega a ocasião em que ferra um pontapé no afilhado ou protegido.

domingo, 13 de março de 2022

ENTRETENDO -EDIÇÃO DE DOMINGO

FARTURA BRASILEIRA - (J. Marius)

Lá na fímbria do horizonte, as silhuetas das montanhas e das árvores recortavam figuras estranhas e bizarras, no fundo límpido e azul dos céus.

Descia pela encosta a carga cerrada e aguerrida das árvores, pintalgadas aqui e além, da policromia das flores, numa fartura brasileira de cores e tons.

A avalanche da clorofila atestava soberbamente a uberdade do solo.

Na encosta, em meio ao milharal de espigas gordas embonecadas de cabeleira louro-castanha, fumegava calmo e pacífico um ranchinho de sapé. 

Bem cedo a família do caboclo, na calma satisfeita, saboreava a sua canequinha de café.

Lá fora o calor reverberava, na ânsia da evaporação.

E quando, carregadas as nuvens, viessem depois as chuvas distribuir em toda a vasta mataria, montes e valados, a água fertilizante, de novo a seiva se mudaria em colheita abundante, na verde folhagem, na ânsia incontida dos brotos, das folhas, das flores, dos frutos, a continuar soberba e esplendente a fartura brasileira. (Do livro "Pingos de leitura, quarta série, página 50)

VOLTA DO LATIM 

Separação das sílabas 

1 - Uma única consoante entre duas vogais pertence à segunda: ce-na, a-mo, a-mi-cí-ti-a, má-ior.

2 - Duas ou mais consoantes entre duas vogais pertencem à vogal seguinte, desde que podem dar começo a uma palavra latina: pú-bli-cus, li-bra, nú-cle-us, a-cris, qua-dro, fla-gro, ma-gnus, ca-pra, po-sco, vé-sper, pá-stor, ma-gí-stra.

3 - As palavras compostas são separadas pelas partes componentes: áb-eo, póst-ea, prod-ésse, red-íre.

IDEIAS DE PIERLUIGGI

Se você criar o hábito de estudar pouco, mas todos os dias, irá verificar, em pouco tempo, que o que você estudou não fica retido apenas tempo o bastante para, mal e porcamente, descarregar num papel na hora da prova.

PREFEITOS DE UPANEMA -  Rosvaldo Bezerra de Medeiros foi eleito prefeito em 15 de novembro de 1972 pelo MDB - Movimento Democrático Brasileiro - .Seu candidato a vice foi Manoel Galdino de Moura.

Rosvaldo e Galdino superaram outros dois adversários: Gildenor Roque de Oliveira e seu vice, Everton Notreve Lopes Bezerra, e Antônio Elizeu de Carvalho, com Aldo Santos, vice.

Suas principais realizações foram:

- A construção da sede do fórum municipal com a residência do juiz;

- Aquisição de uma máquina tipo trator de esteira;

-  Aquisição de ambulância para transporte de pacientes. 

Rosvaldo voltou a ser candidato a prefeito em outras duas vezes. Em 1982, quando era seu candidato a vice o Senhor Agenor Vitorino. Em 1996, o vice era Rivaldo Gondim. Em ambos os pleitos não obteve êxito eleitoral. 

No ano 2000, Rosvaldo voltou a candidatar-se, mas desta vez ao cargo de vereador. Foi eleito e depois presidente da Câmara. Faleceu em 2001.

Seus discursos eram eloquentes e inflamados. Na campanha na qual ele foi eleito -1972 - era carinhosamente chamado de "Sabugo" em alusão ao seu corpo fino.

(Algumas informações são do livreto "Upanema: A história dos três poderes - de Distrito a cidade", de Inez Tavares de Mendonça e José Wilson Tavares Bezerra)

Imagens dessa postagem estão em www.imagensdeupanema.blogspot.com.

ORIGEM DAS PALAVRAS 

Algarismo - Do persa, kharizm, região da Ásia Central, através do árabe alkarizmi, o natural de Kharizm. sobrenome do matemático Abu-Jafar Moamed Ibn Musa, autor de uma álgebra com que se introduziu na Europa, o cálculo com algarismos de origem hindu, e conhecidos hoje em dia, sob o nome de árabes. O latim medieval teve as formas algorithmos e algorismos, influenciados pelo grego arithmós, número. (A. Nascentes)

CHUVA DE ONTEM PELA TARDE - 6mm.

CHUVA DA MADRUGADA - 7mm.



sábado, 12 de março de 2022

MANHÃ NUBLADA

Hoje o astro-rei ainda não apareceu de todo no céu. Isso leva a momentos de tempo- não clima - agradável à guisa de região chuvosa. 

Agradável para uns, e para outros, nem tanto.

PRECIPITAÇÃO PLUVIOMÉTRICA

Uma pequena neblina ontem rendeu apenas dois milímetros.

Muito pouco, mas somada até agora no mês em curso já temos quarenta e oito milímetros.

QUE PALAVRA!

Censual

Do, ou relativo ao censo; censitário Aurélio)

Relativo ao recenseamento (Antenor Nascentes)

Não confundir com sensual.

PROVÉRBIO

Por fora, bela viola; por dentro, pão bolorento.

quinta-feira, 10 de março de 2022

CHUVAS DE MARÇO

O perfil das chuvas de março está se configurando em pequenas pancadas e diárias.

Do dia cinco para cá, todos os dias choveu, mas com precipitações que não passaram de quinze milímetros.

PROVÉRBIO

Por causa do não tem dúvida, vem muita gente a este vale de lágrimas. 

terça-feira, 8 de março de 2022

PRECIPITAÇÃO PLUVIOMÉTRICA DA TARDE

 5mm.

CHUVA DE ONTEM:TARDE E NOITE

7mm.

PROVÉRBIO

Por causa de camarada, caranguejo perdeu a cabeça.

CRÔNICA

Escavação

De repente, um buraco aparece, depois de alguns anos de escavação secreta, profunda e deletéria. Era um trabalho meticuloso, medido a compasso e grandes réguas.

Era uma tarefa feita com muitas mãos, muitos olhos, muitas mentes, muitas pernas, muitos cuidados, muitas estratégias e muitos tudo.

E uma tarefa muito ausente de virtude, de bom senso, de sensibilidade, piedade, retidão, pouco coração, pouca valia, muita maestria, ausência de zelo, foco no enganar.

O furo que se nota é inicialmente visto por poucos, mas logo é vista por todos. Abertura daquelas proporções fatalmente não daria para esconder antes que seus protagonistas viajassem na inevitável direção para a eternidade.

segunda-feira, 7 de março de 2022

TARDE E NOITE DE CHUVA

Previsões são confirmadas - Choveu há pouco pela tarde e chove na boca da noite.




CHUVA DE ONTEM À NOITE

4mm.

CHUVA DE ONTEM À TARDE

14mm.

PROVÉRBIO

Por aqui saiu e por ali entrou.

PARA UM BOM RETORNO ÀS AULAS

Se é verdade que o mais prejudicado é o aluno quando se trata de não ter aula por causa de pandemia, imprensado, greve e outras coisas, então é bom que os alunos procurem aproveitar o tempo em que estiver havendo aula, sem reclamar tanto do tempo em que está frequentando.

Por que devemos aproveitar o máximo o tempo escolar?

Porque ninguém sabe o que pode acontecer daqui pra frente. Os mais jovens não sabem que até por causa de chuvas em excesso pode o ano letivo ser interrompido por um tempo. Em 2009, passamos aproximadamente um mês sem ter aulas por causa das fortes chuvas e a consequente sangria da barragem de Umari.

A sangria da barragem de Umarí, localizada no município de Upanema, aumentou bastante depois das últimas chuvas caídas na região. A barragem, terceiro maior reservatório de água do Estado, está com 0,65 cm de lâmina d`água, sendo a maior de sua história e, causando estragos por onde passa. Com isso, a situação se agravou em algumas áreas próximas da margem do rio, que corta a cidade. 

Nas primeiras horas de hoje, duas famílias tiveram que ser retiradas de suas casas devido à invasão das águas. Uma, foi transferida para casa de parentes, a outra está abrigada no colégio municipal Maria Gorete. No total, cerca de seis famílias já foram retiradas de seus lares em decorrência da enchente.

Outro problema causado pelas chuvas, é o isolamento das comunidades rurais. A única passagem molhada que dava acesso as comunidades localizadas a leste do município, está debaixo d`água. As aulas foram suspensas em virtude das estradas vicinais não apresentarem condições de tráfego. Ontem à noite, no caso mais grave, uma mulher em trabalho de parto teve que ser transferida para Açú, pois não conseguia chegar a sede do município upanemense. Toda a operação teve o apoio da Polícia Rodoviária Federal, que estava orientada pela Secretaria Municipal de Saúde, caso ocorressem problemas com os atoleiros da estrada de barro que liga os dois municípios. Pelas informações obtidas, mãe e filho passam bem. (Secretaria de Turismo e Comunicação de Upanema, em 27 de maio de 2009)

Bastou a nossa barragem sangrar para que as coisas por aqui ficassem preta. 

A dica que dou a todos é que voltemos com vontade de estudar. "Tudo pode acontecer". É o que sempre diz um velho amigo setentão.

domingo, 6 de março de 2022

ENTRETENDO - EDIÇÃO DE DOMINGO

Madrugada no sertão (Visconde de Taunay)

Eis que, aos poucos, lá para as bandas do oriente, clareia um cantinho do céu. Branqueja, mais e mais, qual se, a subir da terra, fora lentamente desdobrando-se adelgaçado véu de gaza branca.

Passam-se largos minutos. 

Depois, nesse fundo alvadio que se tinge de duvidoso rosicler, acende-se a medo uma riscazinha vermelha, que se alonga mais do que se alarga. Paralela a esta, rompe, dali a pouco, outra já mais extensa e afogueada, instantes após, terceira, essa então abraseada como linha de fogo.

São as barras do dia.

De novo sopra com vivacidade a brisa, que fora gradualmente morrendo; mas vem agora mais quente, com um hálito perfumado de brando calor. 

Nessa hora de misterioso lusco-fusco é que se ouve, de quando em quando, um baque sonoro, acompanhado de estridente grita cromática. É o canto das anhumapocas, que, na margem dos rios ou à beira dos alagadiços, anuncia o alvorecer e acorda as aracuãs pousadas nos ribeirinhos. Ergue-se também o alarido mais forte dos quero-queros, cujos alvos bandos giram vertiginosamente sobre as águs correntes.

De manso, porém, se vai difundindo a claridade pelo firmamento além...

Na terra burburinha o ruído da vida. Doce orvalho banha as plantinhas dos vales, zumbe um mundo de insetos, e nos ramos dos arbustos a passarinhada miúda - coleiros, canários-da-terra, serra-serras, azulões, lavadeiras, pintassilgos, bicudos, tico-ticos e tiés - chilra baixinho, ainda tonta de sono e como a sonhar...

CHUVA DE ONTEM - 3mm. A primeira de março por aqui.

CHUVA EM 2022- Segundo o professor de Meteorologia e Climatologia da Universidade Federal Rural do semiárido, José Spínola Sobrinho, as precipitações de chuva para a nossa região geralmente ocorrem entre os meses de março e abril, e findando em maio.

QUEM PLANTA EM JANEIRO - E quem planta em janeiro, perde em fevereiro. 

sábado, 5 de março de 2022

VOLTA DAS AULAS

As aulas na rede estadual recomeçam na próxima segunda-feira, 7.

Foram exatamente quatorze dias sem aula.

Agora, mãos à obra e mentes a funcionar!

QUE PALAVRAS!

Cenóbio - Habitação de monges 

Cenobita - Monge que leva vida em comum  com outros (Aurélio). 

REDE ESTADUAL ACEITA PROPOSTA DO GOVERNO E ENCERRA GREVE APÓS QUASE UM MÊS DE LUTA

Do site do Sinte

Terminou na tarde desta sexta-feira (04) a greve da Rede Estadual de ensino do Rio Grande do Norte. O movimento grevista acabou após os trabalhadores em educação, durante Assembleia conduzida pelo SINTE/RN, acatarem a última proposta apresentada pelo Governo do Estado para implementar o Piso Salarial 2022 (VEJA A PROPOSTA ABAIXO). Desta forma, o ano letivo vai começar na segunda-feira, 07 de março.

Iniciada em 15 de fevereiro, a greve tinha como objetivo principal arrancar do Estado a implementação dos 33,24%. Conseguiu, mas após quase um mês de paralisação, muita luta e várias audiências.

Confira abaixo a nova proposta apresentada ao SINTE durante audiência nesta sexta (04) e aceita pela categoria:

Para os/as professores/as que recebem abaixo do valor do Piso 2022 (R$3.845,63 – 40 horas; R$2.884,59 – 30 horas): reajuste escalonado de até 33,24%, retroativo a janeiro.

Para os/as demais educadores/as, que atualmente recebem valor acima do Piso, implantação de percentuais cumulativos, sendo: 15,03% em março; 6% em novembro; e 9,28% em dezembro.

Retroativo de 15,03%, relativo aos meses de janeiro e fevereiro, pago em 9 (nove) parcelas, de abril a dezembro de 2022.

Retroativo do percentual restante pago em 12 parcelas, ao longo de 2023, desde que o pagamento mensal do retroativo fique abaixo de 2,5% da receita corrente líquida do Estado. Caso o percentual ultrapasse os 2,5%, o retroativo será pago em até 18 parcelas, de janeiro de 2023 a junho de 2024.

O Governo levará o acordo ao Núcleo de Ações Coletivas (NAC) do Tribunal de Justiça do RN (TJRN).

Adicionalmente, o Governo afirma que encaminhará um projeto de Lei à Assembleia Legislativa para a implantação linear na carreira.

Presentes na audiência, além de dirigentes do SINTE/RN e assessoria do Sindicato, a Chefe do Executivo Estadual, governadora Fátima Bezerra; os/as Secretários/as de Educação, Planejamento, Administração e Gabinete Civil; o Controlador Geral; e o Procurador Geral do Estado.

Em um primeiro momento, o Governo propôs quitar o restante do percentual do retroativo em 24 meses. Esse prazo foi considerado muito longo pelos sindicalistas e, com isso, o SINTE buscou reduzir o tempo de quitação do retroativo. Incialmente, o governo argumentou que poderia rediscutir o retroativo conforme melhoria na arrecadação estadual. Mas, na sequência, a Governadora se reuniu com parte de sua equipe e retornou com a proposta de quitação do retroativo em até 18 meses.

PROVÉRBIO

Se cair, não passa do chão.

sexta-feira, 4 de março de 2022

AULÃO GRATUITO

Cursinho Show

O "Cursinho Show" promove um aulão gratuito voltado para o ENEM e com vagas limitadas. 

Será no dia 8 de março, terça-feira, no Calazans Freire.

Mais informações, falar com Waguinho.


PROVÉRBIO

Plantando dá... calo na mão.

AINDA PARADOS

A duração da greve da rede estadual de ensino já ultrapassou os dez dias úteis. Não há notícia concreta do andamento para que se chegue ao término do movimento. 

Ainda continua forte. Os mais otimistas acreditam num desenlace em breve.

quinta-feira, 3 de março de 2022

EM CINZAS

Vivemos no momento em que as cinzas são produtos de um processo anterior. Foram movimentos intensos e ininterruptos. Forçação de barra. Agressões contra os intestinos, a velha e boa moral e belas virtudes.

O dia pós-quatro simboliza o resultado de tudo o que foi plantado naqueles dias: pó. É no dia do pó em que cada um olha para trás e sente no corpo e na consciência o seu estado.


PROVÉRBIO

Estar-se vendo as gatas.

quarta-feira, 2 de março de 2022

BALANÇO DO MÊS

Sobre escola, chuva, folia sem folia, mundo...

Fevereiro é mês pequeno. E este ano é dos que faz parte do que é menor: 28 dias. Deu uma certa impressão que demorou muito. 

Os acontecimentos bombaram na escola, com pouca chuva e, para acabar de completar, um princípio de guerra lá para as bandas de longe.

Escola parada é sinal de que o tempo não passa satisfatoriamente para os que nela frequentam. Faltou piso.

Depois daquela ritumba de janeiro, os números de fevereiro foram poucos. Até na folia: período de carnaval sem carnaval oficial patrocinado. Março chegou também sem novidades. Será outro mês de grande espera.


PROVÉRBIO

Só não esquece a cabeça porque está pregada no pescoço.

terça-feira, 1 de março de 2022

CONTO

Conto de carnaval*   

Por Francisco Xavier Gondim

A cidade vivia um clima pré-carnavalesco. Onze da manhã da quinta-feira. Os meninos ligaram garantindo a vinda para uma das maiores festas que a cidade tem, ao lado da Festa do Esporte e Padroeira. Quando eles vinham, era sucesso garantido, pois sempre botávamos aquele "boneco" de arrepiar. Pra começar, quase que desmanchávamos o velho jipe do papai, pintando as laterais e a frente. Pintando, não, melando de tinta até mesmo o para-brisa. A festa estava garantida, sim.

Por que jipe e não o corsa que estava seminovo? Quem conhece jipe sabe que ele "aguenta o pancão". Sua atração nas quatro rodas não deixa ninguém na estrada: enfrenta e vence lama, areia, pedras, subida e os maiores empecilhos. 

Depois de termos recebido a ligação, ficamos mais animados ainda pra pularmos o carnaval daquele ano. Tanto assim, é que decidimos começar a nossa festa logo naquela hora. Botamos gás no transporte e pulamos em cima dele, com a mesma roupa que estávamos. Não esperamos que a costureira aprontasse a roupa dos quatro dias.

Como morávamos perto uns dos outros, não foi difícil juntar todos num lugar só e principiarmos a festa antecipadamente. Fomos ao bar de Seu Manuel e pegamos umas vodkas, cervejas, gelo, refrigerantes. Na bodega de Dona Sinhá pegamos carne e alguns quitutes, além de fósforos, óleo, etc. É que decidirmos fazermos uma farrinha fora da cidade enquanto chegava a festa de momo.

E assim, partimos faltando dez para as duas. 

Saímos em disparada em direção de um sítio da zona rural que tinha espaço amplo e distava uns três quilômetros. Ao chegarmos lá, já tínhamos consumido umas boas doses. A casa velha estava suja em razão de ser pouco visitada. Da turma, alguns fizeram uma pequena faxina. Outros continuaram tomando a cachacinha em pequenos goles. Outros preferiam ficar ouvindo o som velho do carro e dançar ao redor esquentando o clima de carnaval que só iria começar na cidade no dia seguinte. Preferi pegar gravetos e providenciar um fogo para assar a carne que serviria como tira-gosto.

Nossos vizinhos de sítio ficavam tão distantes que não escutavam nossa zuada. Melhor assim.

Na saída tínhamos decidido voltar antes da meia-noite daquela quinta e emendarmos na folia direto até a manhã da quarta-feira. Já chegava as nove e alguns pareciam baleados pela malvada. O pequeno açude servia de banho para aliviar os efeitos do álcool. 

Lá pras dez e meia, perguntei à turma se queria ir embora. 

- O clima está muito bom, disse um colega. Era mais de onze quando todos concordaram voltar pra cidade. 

- Quem será o motorista? Gritou um.

- Eu, não!

- Também não!

- Também não!

- Eu estou bêbado, mas louco, não!

Apesar de ter tomado umas, chamei-os a razão o fato de estarmos movidos álcool. Mesmo assim, Leo atirou-se dentro do carro dizendo que o conduziria  visto que estava em perfeitas condições de guiá-lo.

Como todos estavam incapacitados para dirigir, Leo foi aceito.

- Vamos, porque já são quase meia-noite.

Saímos gritando e o carro voou baixo. Na primeira curva senti que não ia dar certo. 

Em poucos instantes, na segunda curva sobramos em cima de uns mofumbos de galhos grossos, descendo num barranco não muito fundo. O espatifado de gente foi pra todo lado. Caí de costas em cima de um colega. Só me lembro disso. Somente no hospital soube de detalhes: cinco foram levados pra cidade vizinha com braços ou pernas quebradas. Os demais curaram seus ferimentos na cidade mesmo.

E o velho jipe? Ah! Dele restaram muita coisa: as rodas, a direção, o esqueleto central e a lembrança.

A nós, a lição de nunca mais querermos combinar álcool, carnaval antecipado e direção de carro. 

E os colegas que ligaram? Eles só chegaram à noite da sexta-feira quando já estávamos remoendo no juízo o grande arrependimento  da mancada em que havíamos nos metido. 

(*"O Conto de carnaval" foi primeiramente publicado no Jornal O Mossoroense e depois no Jornal de Upanema em 3 de março de 2004)



REGISTRO PLUVIOMÉTRICO DE FEVEREIRO

Os registros colhidos aqui do nosso quintal foram de apenas sessenta e sete milímetros bem distribuídos entre os dias 2, 14, 19 e 23.

As chuvas de fevereiro foram infinitamente com menores precipitações que as de janeiro: 228mm.

CRÔNICA

GALOS AUSENTES

Onde estão os galos com seus cantos da madrugada e varando as manhãs?

Choco para alguns, pois seu canto não é universal na sua entoação e ritmo. Até a bondade e a beleza da voz variam de galo para galo.

Há aqueles que dão uns estirões, uma cantada esticada, que nos dão a ideia que aquilo não acaba mais ou que mesmo engoliu alguma coisa e está engasgado o pobrezinho. Mas não. Pode ser que ele esteja tão rouco de cantar que forçou demais as cordas vocais. 

Há ainda a possibilidade de uma gripe apanhada por aí - não dos humanos. Se isso fosse possível, certamente não haveria um galo sequer sem gripe, devido a onda terrível pela qual passamos.

Como num fio bem articulado, seus cantos se interligam de rua a rua. Até parece que eles combinam a hora de um começar e de outro emendar, lá bem longe. Quem começa primeiro? O melhor cantor poderia comandar o início do canto, pois se sentiria privilegiado. Os melhores cantariam antes? 

Não é assim entre os humanos nos shows que fazem por aí. Os que fazem a janela são os primeiros mas não são os melhores. Teoricamente, pelo menos, não são os melhores nem ganham igual. Entre os galos tanto faz, visto que eles não ganham nada com isso. Cantam pelo instinto, quiçá por prazer.

São perturbados muitas vezes por estranhos que se intrometem em suas vidas num captar para si e tirar de seus donos o senhorio. Geralmente são captações ilegais e criminosas. Criminosas em dois sentidos: o furto e o crime propriamente dito,  e depois de levá-lo para algum lugar para servir de saboroso tira-gosto de uma cana malvada com os amigos.

Sei que sinto a ausência desses cantos. Será que eles mudaram de bairro com seus donos? Ou será que eles estão tão escassos que os donos os venderam e não renovaram o estoque?

Sua música matinal precisa voltar para ecoar no espaço e encantar novamente os ouvidos de seus apreciadores.



PROVÉRBIO

Guardar o que não precisa.

PROVÉRBIO

A cabeça manda os membros.