sábado, 26 de março de 2022

CRÔNICA

Um desenho vago

Apenas um desenho vago que se pode fazer por nós, que estamos longe, mesmo perto fisicamente.

Não se pode vê com os olhos físicos, mas vislumbra-se em vultos aquilo que está detrás da cortina, escondida em sete ou mais chaves.

O desenho é quase imperceptível. Há leves marcas exteriores que se deixam ver, mas não se deixam aparecer com precisão. Se assim fosse, seu reino não resistiria por muito tempo. 

O que está por trás da cortina não é coisa para ser vista por muitos. Ora, mesmo o pouco, é coisa para perigar.

Perigo à vista, dado a empreitada que se desenrola, que se tece nos umbrais da escuridão espessa. Espessa, que, ao passar dos anos, desgasta-se a ponto de desescurecer e desespessar de tal forma que não resistirá à luzes da virtude e do bem. 

É nesse tempo que tudo o que está escondido virá à tona e desmanchará tudo o que foi urdido no período da bonança, regada a engodo e dissimulação.


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TRINTA E UM

Trinta e um centímetros é o que falta para a sangria da barragem "Jessé Pinto Freire", a conhecida barragem de Umari.