segunda-feira, 30 de novembro de 2020

LINGUAGEM

Palavras e ideias  - Há alguns anos, o Dr. Johnson O'Connor, do Laboratório de Engenharia Humana, de Boston, e do Instituto de Tecnologia, de Hoboken, New Jersey, submeteu a um teste de vocabulário cem alunos de um curso de formação de dirigentes de empresas industriais (industrial executives). Cinco  anos mais tarde, verificou que os dez por cento que haviam revelado maior conhecimento ocupavam cargos de direção, ao passo que dos vinte e cinco por cento mais "fracos" nenhum alcançara igual posição.
Isso não prova, entretanto, que, para vencer na vida, basta ter um bom vocabulário; outras qualidades se fazem, evidentemente, necessárias. Mas parece não restar dúvida de que, dispondo de palavras suficientes e adequadas à expressão do pensamento de maneira clara, fiel e precisa, estamos em melhores condições de assimilar conceitos, de refletir, de escolher, de julgar, do que outros, cujo acervo léxico seja insuficiente ou medíocre para a tarefa vital da comunicação. (Comunicação em prosa moderna - Othon M. Garcia)

O texto transcrito acima foi publicado em 1973. Portanto, seu pensamento não é compartilhado por muita gente, inclusive pela classes dos professores, e em especial aos que se intitulam educadores. A ideia principal gravita em torno da meritocracia. Para muitos, o foco da educação deve estar na cidadania e não no ensino. Os menos favorecidos, segundo eles, não conseguem disputar em pé de igualdade com os mãos favorecidos. Como dá pra perceber esse pensamento, os pobres só ascendem na vida através de um empurrãozinho. O teste feito para os personagens acima eram provavelmente pessoas escolarizadas, mas necessitavam do bom uso do vocabulário. Se tivesse feito o mesmo curso para pessoas de nível menor, certamente surtiria o mesmo efeito. O vasto conhecimento do léxico é, sem dúvida, algo que empurra pra frente o pobre e o rico. Leitura de livros grossos é a boa dica. 

ATÉ QUANDO?

Até quando não se sabe o dia, mês e ano que essa situação de escravidão vai ter fim. Não somos livres coisa alguma. Se fôssemos plenamente livres, não mais seríamos submetidos a usar máscaras, impedindo os pulmões de respirar livremente.

PROVÉRBIO

Galinha ciscadeira acha cobra.

domingo, 29 de novembro de 2020

ENTRETENDO - EDIÇÃO DE DOMINGO

TEXTOS ANTIGOS - Quando minha avó morreu - Rodrigo R. F. de Andrade

Minha avó morava longe, na fazenda, e só raramente podia me visitar. Mas procurava sempre manter contacto conosco, escrevendo e mandando pequenos presentes com regularidade, porque tinha pena de nós, que éramos seus netos órfãos. Ela nos tratava com o carinho grave que lhe inspirava a lembrança de meu pai, e tinha para mim um encanto meio triste,  de que eu nunca me esquecia.

Uma tarde, entretanto, chegou a notícia de sua morte. Fui eu mesmo que a recebi, de um parente com que me encontrei na praça fronteira à nossa casa. Ela falecera de repente, naquela manhã.

 Senti uma necessidade urgente de me esconder. Corri para casa e fui afundar a cabeça no travesseiro, onde principiei a chorar como um perdido. Não era tanto a imagem de minha avó que me corria à memória, quanto a voz dela, de que eu sentia uma saudade funda e desesperada. Aquela voz, que exprimia para mim um ideal de mansidão e de ternura, eu procurava ouvi-la como antigamente, e era a ideia de nunca mais escutar-lhe os sons familiares que me apertava o coração mais do que tudo.

Lembrei-me do que me tinham contado sobre a dor que minha avó sentira quando meu pai morreu. Depois, ocorreu-me a impressão do isolamento em que ela devia ter vivido seus últimos anos na fazenda velha de que não quis se mudar. Imaginei o horror de se morar sozinho naquele casarão sombrio, no meio de uma paisagem sinistra de que eu me lembrava bem. Senti um arrepio de medo à lembrança dos quartos escuros e mal-assombrados perto dos quais eu passava apavorado na última vez em que fora à fazenda. Com a mesma sensação de medo, recordei o pátio lajeado onde, à noite, uivavam cachorros magros; o Cruzeiro coberto de limo; a senzala abandonada cheia de morcegos; o muro de pedra, escurecido pela unidade; a grade enferrujada do quarto em que meu pai tinha morrido. E eu, que nunca dantes considerara  a hipótese de minha avó ser infeliz, acabei me compenetrando de que ninguém poderia ter sido tão desventurado. Isso me fazia soluçar convulsivamente.

Minha avó - A história da minha avó em quase nada se parece com a do autor acima. Morou com a gente um bom tempo. Falecera lá em casa numa noite, quem ando eu tinha em torno de dez anos.  Recebi pela manhã a notícia com surpresa, mas aos poucos entendi que na noite anterior havia umas pessoas "fazendo quarto", ou seja, fazendo companhia enquanto ela viajava para nunca mais voltar. Não chorei. Vi papai chorando. É disso que me lembro. Nem da rede carregada pelas pessoas não tenho nenhuma lembrança. Não me lembro de sua voz, mas ainda me recordo de alguns de seus costumes. "Cadê o menino capaia?" Ela pedia uma palha de carnaúba pra pra tirar o sarro do cachimbo. Se a gente demorava, ela perguntava pela palha. Rezava por todos os filhos, menos por papai, porque ele não a levava para a casa de outros filhos. Tinha 92 anos.

HUMOR

"O senhor devia pagar os impostos com um sorriso nos lábios."

"Já experimentei, mas quase fui em cana. Tive que pagar com dinheiro mesmo."

DEZEMBRO - Último mês do ano, assim chamado por ser o décimo no antigo calendário romano. No calendário albano tinha 35 dias, no de Numa 26, no de Júlio César 30 e no de Augusto 31. Era o mês em que se celebrava as saturnais. (Enciclopédia Brasileira Globo, volume 4).

EDUCAÇÃO - No país da educação, a cada dia vejo o ensino ir parar no brejo. A cada dia vejo os entendidos mergulharem na onda de que o país só pode mudar através da educação. Nem eles sabem que o país Brasil já é há muito tempo o país de uma educação avançada. Já caímos no poço e na lorota freirista, segundo a qual a sociedade deve estar dentro da escola, como se ela pudesse resolver os problemas sociais. Ivo precisa ver a uva, mas também os problemas que o cercam. Enquanto isso, nem a escola resolve os problemas que cercam Ivo, nem ele aprende gramática, matemática, física, química, história, línguas estrangeiras.

Vá Brasil pra frente!





sábado, 28 de novembro de 2020

QUE PALAVRA!

Carapina: Carpinteiro.

Aqui os carpinteiros são conhecidos com esse nome mesmo. Em outras partes do país ou em outra época o carpinteiro é chamado carapina.

PROVÉRBIO

Gaiola bonita não dá de comer a canário.

PALAVRA CERTA

Tem tem acento?

Tem tem acento circunflexo quando estiver na terceira pessoa do plural.

Eles têm muito dinheiro para gastar.
Ele não tem muito dinheiro para gastar.

Regra muito fácil. Não aprende quem não liga para aprender.

sexta-feira, 27 de novembro de 2020

EXPRESSÃO CERTA

Ir ao estádio: O valor do "a" como preposição é estupendo. 

O "a" nos traz uma ideia de movimento. Então, quem vai ao estádio está se movimentando. Ir "no" estádio não tem nenhum sentido de estar dentro enquanto vai ao estádio. "Em" mais "o": no. Em dá ideia de estar dentro.
 

PROVÉRBIO

Fraqueza não é ter sentimento.

quinta-feira, 26 de novembro de 2020

ARMANDO

Eu era criança e Armando já famoso. Só pude notar isso ontem quando soube que quando eu tinha treze, ele tinha dezoito. Jogava bem, mas não como Zico. Foi o que sempre achei e tantos outros brasileiros.

O argentino Maradona morreu ontem com sessenta anos. Tão distante daqui, mas muito próximo de nós pelo futebol. Nas Telefunkens de Upanema a gente o via jogar contra os nossos, e fazíamos a rivalidade. 

Hoje há outros maradonas talvez até melhores.

APREENSÃO

Apreensão é a palavra-chave que norteou todo o mundo desde março.

A escola talvez tenha sido a entidade que mais foi prejudicada pelo coiso-ruim, o vírus do século.

A escola foi fechada totalmente. Aos poucos, foi aberta, mas não plenamente.

A apreensão domina todo mundo. O próximo ano poderá tudo ser diferente.

PROVÉRBIO

Formiga corta longe da casa.

quarta-feira, 25 de novembro de 2020

LINGUAGEM

Conglomerados verbais - São expressões que formam uma única estrutura significativa. São as locuções, conjuntos inseperáveis, cuja análise compreende o todo e não os seus elementos em separado.

Abafar a banca: vencer, sobrepujar, dominar.
Abaixar a cabeça: submeter-se, humilhar-se.
Abrir a boca: bocejar; falar.
Abrir o coração: desabafar.

FRASE IMPARCIAL

Vidas importam.

PALAVRA CERTA

Calazans ou Calasãs?

Apesar de todo mundo que conheço escrever "Calazans", a forma correta é 'Calasãs", informa Luiz Antônio Sacconi.

Sacconi é gramático e lexicógrafo. Uma autoridade em origem das palavras. 

Como é do nosso conhecimento, a origem das palavras tem sua razão de ser. Elas não são criadas aleatoriamente.

Escrevemos "Escola Estadual José Calazans Freire". Mas não deve ser assim, diz a autoridade no assunto.

CONHECIMENTOS GERAIS

Fundação das primeiras povoações

Quando o rei D. Manuel recebeu a notícia do descobrimento, mandou ao Brasil três expedições para explorar o litoral e defender a terra dos ataques dos piratas estrangeiros. A primeira expedição veio em 1501 e foi, provavelmente, comandada por Gaspar de Lemos; as duas outras foram comandadas por Gonçalo Coelho (1503) e Cristovão Jaques (1516).
Morrendo D. Manuel e subindo ao trono D. João III, este  enviou mais duas expedições à nossa terra, a primeira, comandada por Cristóvão Jaques (1526) e a segunda por Mart Afonso de Sousa (1530). (Infância Brasileira, Terceira Série)

É significativo e importantíssimo o conhecimento da história do país porque ressignifica também em toda federação, seja nos Estados ou municípios.

PROVÉRBIO

Foi-se embora a caridade e ficou a carestia. (Ceará)

NÃO CULPO A NEM B

 Nem c.

terça-feira, 24 de novembro de 2020

AULAS PRESENCIAIS EM 2021

Mesmo distando mais de dois meses para o início do ano letivo, o governo do RN anuncia o início das aulas presenciais para o dia primeiro de fevereiro do ano que vem.

A volta está sob condições. As condições sanitárias. Nada está certo. E assim, para quem achava que aula é coisa choca, deve estar vibrando de alegria.

PROVÉRBIO

Filho só puxa o pai, quando o pai é cego.

CARRO A ÁLCOOL - UMA QUESTÃO DA LÍNGUA

Não há carro à álcool porque antes de palavra masculina não se usa crase. Temos carro à gasolina, a álcool, a óleo e também a gás.
E carrapato não existe. Ou seja, carro a pato. É o que me disse um engraçadinho acolá, metido a humorista.

ACHO MELHOR PAGAR SE FOR GRATUÍTO

 Isso mesmo!

segunda-feira, 23 de novembro de 2020

TEMPO AMANHÃ

O tempo amanhã ficará entre 24 e 35°. Informa Climatempo. Temos tido dias nublados por aqui. 

FRASES

 • O vento sopra aonde quer e quando quer.

• Não me pergunte com quantos paus é feita uma jangada. Quem sabe mesmo é o jangadeiro.


INGUINORANTES

 Os inguinorantes são piores que os ignorantes.

SERIÍSSIMO

 Não é tão seriíssimo o uso de seríssimo. Só por falta de um i?

Seriíssimo é usada mais formalmente. Há quem use a palavra faltando o i. Mas por cautela e obedecendo a gramática, ponham os dois is.

DICIONÁRIO DA POLÍTICA

Bate-esteira: É um termo emprestado da vaquejada. É o candidato que vai somente para ajudar outro a ganhar. Ele não tem capital de votos para ganhar, mas é candidato.

Pombeiro: Local onde pessoas da mesma corrente se reúnem para captar as novidades da política. Os pombeiros não fecham. É de ano a ano, mesmo quando não há eleição.

PROVÉRBIO

 Filho de onça já nasce pintado.

EDUCADOR DE VIOLÃO

Imagina aí um educador de violão e não um professor de violão.

domingo, 22 de novembro de 2020

ENTRETENDO - EDIÇÃO DE DOMINGO

TEXTOS ANTIGOS - Adesão - Stanislaw Ponte Preta

Diz que era um camarada que ia viajando num trem, no interior de São Paulo. Ia para a sua cidade, para visitar os parentes. No vagão em que viajava, iam também os componentes de uma chatíssima embaixada futebolística. Iam aos berros, alegres, comunicativos e, pelo que o homem pôde ouvir, vinham de uma cidade próxima, onde venceram um jogo pelo escore de 3x2, ganhando com isso uma taça de péssimo gosto, a qual - de vez em quando - enchiam de cerveja e bebiam fartamente, como faziam os nababos de outros tempos. 

O homem vinha imaginando essas coisas, quando um dos jogadores, ao passar rumo ao banheiro, derramou cerveja em sua calça. O homem ficou muito furioso e levantou-se, para ver se dava um jeito de enxugar. Passou à frente do jogador, entrou no banheiro e trancou a porta. Depois tirou a calça, esfregou um lenço e pendurou na janela, para acabar de secar. Foi aí que deu galho, isto é, numa árvore à beira da estrada de ferro ficou presa a calça a balançar, como a lhe dar adeus. 

O homem ficou no banheiro abilolado. A próxima cidade era a sua cidade, mas como desembarcar nela sem calça? E estava chateadíssimo, quando percebeu que o trem ia parar. Abriu a janelinha, desconsolado, no justo momento em que o comboio parava. E foi então que percebeu: o time de futebol ia desembarcar também ali, na sua cidade. O homem não conversou. Num instantinho tirou o paletó e a gravata, vestiu a camisa ao contrário, dando a impressão àqueles que o vissem de frente que era a camisa de um goleiro, e desembarcou no meio dos jogadores, a berrar: e a 2! 3 a 2! - Depois correu e entrou num táxi. 

HUMOR

- Você é capaz de guardar um segredo?
- Claro, afinal amigos são para essas coisas.
- Eu preciso de mil reais.
- Pode ficar tranquilo. Vou fazer de conta que nem ouvi.

DITADOS DAQUI 

- Mais perdido que cego em tiroteio.
- Mais quebrado que arroz de terceira.

PODER - Câmara de vereadores - "Em defesa do bem comum, a Câmara se pronunciará sobre qualquer assunto de interesse público." (Artigo 21, parágrafo 2° da lei  orgânica do município de Upanema)

ORIGEM DA PALAVRA - Cavanhaque: tipo de barba, usada por um general francês de nome Cavaignac. (Dicionário da origem e da evolução das palavras - Luiz A. P. Vitória).

POESIA - O eloquente

O eloquente
Em muitos momentos
Pode enlouquecer
Na loquacidade
Ou no que não consegue
Bem dizer.

As palavras enfeitadas
De belos enfeites
Se desvanecem
Perdem a cor
Quando bem dissecadas
Descobrem seu verdadeiro teor.

É desacreditada
Se bem observada
Desde o mais simples substantivo
Ou verbo bem verbalizado
Sua essência será desnudada
E a todos revelado.

Quem eloqua com muita eloquência
Colhe seus frutos e recolhe-os
Mas necessita de consistência
Necessita de autenticidade
Para que consiga
Digna sobrevivência.
 

sábado, 21 de novembro de 2020

QUASE UMA LAPADA

 O Flamengo venceu hoje à noite o Coritiba pelo Brasileirão: 3x1. Por pouco não deu uma lapada. 

A torcida número 1 não deve ter gostado.

FLAMENGO JOGA HOJE

A segunda maior torcida de futebol do Brasil  - a primeira é a contra - está de olho no resultado de hoje. Com certeza, a torcida contra também está. Vamos ver quem ganha hoje. 

Em Upanema não é diferente.

PRONÚNCIA CORRETA

E-mail - Palavra inglesa. Portanto, não pode ser correto pronunciar ê-meio. No inglês, a letra "e" tem som de "i". Portanto i-meio é a pronúncia certa.

QUE PALAVRAS!

Caraminguá: Dinheiro.
Caraminguás: Trastes velhos; cacarecos. (Aurélio).

Que palavras!

Caraminguá não é conhecida entre nós das bandas do Rio Grande do Norte. Aqui "dinheiro" tem outros nomes como grana, tostão, conto, vasilha, o meu.

Caraminguás também não é pronunciada por aqui. Pelo menos nunca ouvi.

PROVÉRBIO

 Filho de gato, caça rato.

sexta-feira, 20 de novembro de 2020

QUAL É A PALAVRA CERTA?

Quotidiano ou cotidiano?

Ambas são legítimas. A pronúncia é a mesma. Não se faz necessário pronunciar o u em quotidiano.

EXPRESSÃO DA LÍNGUA

Mais eleito - Candidato mais eleito não existe. Existe mais votado. Quem é eleito, é eleito e pronto! Zefini!

DICIONÁRIO DA POLÍTICA

Dia da eleição: O dia "d". D de decisão. 
Eleitor veaco: O que engana a todos os candidatos. Chega um e pede o voto. "Voto em você. Pode confiar". Com outros ele faz a mesma coisa. Espelha-se em grande parte dos candidatos que promete e não honra os compromissos quando chega lá em cima.

PROVÉRBIO

Filho criado, trabalho dobrado. (São Paulo)

quinta-feira, 19 de novembro de 2020

EXPRESSÃO DA LÍNGUA

De repente -  De repente escuto uns de repentes de outra maneira, tudo emendado. 

O grande mistério é o porquê disso. Alguém ensinou dessa maneira ou foi mesmo criatividade?

Fica um grande ponto de interrogação no ar. 

NOTAS DA MANHÃ

Nublada - Upanema está nublada agora de manhã.

Água - A água nas nossas torneiras volta aos poucos, depois de mais uma vez ficarmos reféns de problemas que não se resolvem.

E POR FALAR EM BANDEIRA

Quem não conhece a brincadeira do Passarás e nunca cantou assim?

Passarás, passarás
A bandeira é de ficar
se não for o da frente
tem que ser o de detrás
Trás, trás, trás.

Muito tempo depois, já fora da escola, descobri que a música não devia falar em bandeira. Teria sentido se fosse cantada assim.

Passarás, passarás
Algum deles há de ficar
se não for o da frente
tem que ser o de detrás
Trás, trás, trás.

O certo é que ouvíamos falar tanto em bandeira que ela não saía da nossa cabeça.



BANDEIRA

O dia da bandeira do Brasil é pouco lembrada. Se o significado de suas cores são esquecidas, imagina seu dia.

Nos dias festivos da cidade, seja civil ou religiosa, ela é alçada ao lado de outras. 

A escola antigamente não deixava de sempre relembrar sua existência. Agora ainda se lembra dela, mas em pequenas proporções.

DICIONÁRIO DA POLÍTICA

Zonas: A rural têm redutos eleitorais fortes, que podem eleger um vereador ou decidir um pleito para o executivo. A urbana tem um peso às vezes menor.
Peito: O poder.
Pesquisa: Há as oficiais divulgadas e as não. Há as extra-oficiais anotadas em caderninhos.
Pisadinha: Tipo de passeata.
Reunião: Um momento de acertos da campanha.
Calçada amiga: Um modelo de pequeno comício implementado aqui num passado não muito distante.
Comida dos candidatos: O que o eleitor oferecer.
Fogos de artifício: Pode ser tolerável se forem poucos, somente para chamar a atenção das pessoas. Pode ser desrespeitoso se foram soltados em grande quantidade.
Jogo: A política também é um. 
A coisa: Está bem aqui. Aqui é só alegria. Lá nao. Lá está difícil. 
Votos: Tem que pedir. Há gente que tem que fazê-lo pessoalmente, ao vivo e em cores.
Ala-moça: Grupo de moças que pulavam em cima do palanque ao lado dos candidatos. Eram vestidas da cor do partido. Não existe mais, pelo menos com esse nome.
Marreteiros: Eleitores que pedem qualquer coisa aos candidatos. Pode ser até um cigarro. O negócio é marretar.
Em cima do muro: A metáfora do muro é para dizer que alguém não se decidiu ainda em que vota. É um indeciso (v.)
Indeciso: Alguém que ainda não se decidiu sabe-se lá por que. O número de indecisos de verdade dar pra se contar nos dedos das mãos e pés.


PALAVRA CERTA

Palmeirense: Quem torce pela Sociedade Esportiva Palmeiras é palmeirense ou Esmeraldino. Há quem diga palmeirista, mas não tem sentido.

PROVÉRBIO

Festa acabada, músicas a pé.

quarta-feira, 18 de novembro de 2020

TEMPO QUENTE

O tempo continua quente e assim vai continuar. Tudo natural. Não há de quê se queixar. Não podemos mudar isso e pronto.

Agradeçamos pelo privilégio de termos com quê esfriar o tempo ao nosso redor. 

PROVÉRBIO

Ferida pequena é que doi. (Ceará)

segunda-feira, 16 de novembro de 2020

DICIONÁRIO DA POLÍTICA

Santinho: Um pequeno papel colorido com o nome do candidato, foto e número que aparece já urna no dia da eleição. Há também o número de tiragem e nomes dos partidos da coligação. Há santinho à beça à disposição dos eleitores. Eles também aparecem no chão nos dias após os comícios.

PROVÉRBIO

Fazer-se de bobo, para ganhar bornal alheio.

domingo, 15 de novembro de 2020

ENTRETENDO - EDIÇÃO DE DOMINGO

Dia de decisão

Os eleitores de Upanema decidem hoje quem vai administrar a cidade e quem vai compor o poder legislativo nos próximos quatro anos.

Votar - Votar é arriscar. Seja qual for a decisão das urnas de hoje, estaremos arriscando nosso futuro. 
Está na ponta dos dedos a decisão de quem irá tomar o destino da cidade.

Responsabilidade - Todas as pessoas que votam têm a responsabilidade do que faz, pois já atingiram a idade da razão.

HUMOR
"Me dê cinquenta reais"
"Não tenho"
"Então me dê trinta"
"Também não"
"Vinte"
"Não tenho"
"Cinco"
"Não"
"O que é isto no bolso?"
"Um colírio"
"Então dê um pingo no meu olho".


sábado, 14 de novembro de 2020

PROPOSTAS PARA O PRÓXIMO ADMINISTRADOR DA CIDADE

Na educação - Lutar pela volta do ensino-aprendizagem nas escolas. Que o foco seja na aprendizagem de conteúdos e não na cidadania e educação informal. A escola cuida do ensino. As demais ficam para outra área.

Na saúde - Lutar por emendas para a construção do tão sonhado hospital. Mais saúde e menos folia. Só assim sobrará dinheiro e o hospital não ficará na promessa.

DICIONÁRIO DA POLÍTICA

Fogueteiro: É alguém que fica responsável para soltar os fogos durante as carreatas, passeatas e comícios ou até mesmo ao longo da semana. 

QUE PALAVRA!

Caramba: Designa admiração, impaciência ou ironia. (Aurélio)

Em classe de palavras, é usada como interjeição e consequentemente, acompanhada do ponto de exclamação.

Não sei o motivo do apelido, mas havia um senhor que lhe deram a alcunha de Caramba. Ele não podia escutar esse nome e ficava enfezado da vida. Caramba: substantivo próprio. Caramba! Interjeição.

PROVÉRBIO

Fazer cortesia com o chapéu alheio.

PROVÉRBIO

Faz mais quem quer, do que quem pode.

sexta-feira, 13 de novembro de 2020

DICIONÁRIO DA POLÍTICA

Música nas ruas: As músicas dos candidatos tocadas nas ruas ecoam forte juízo a dentro. Os paredões poluem o meio. São mais suaves nos ouvidos dos que são "daquele lado". Os do outro não se sentem bem.

PROVÉRBIO

Farinha pouca, meu pirão primeiro. 

quinta-feira, 12 de novembro de 2020

DIA DO DIRETOR ESCOLAR

Na maioria dos estados brasileiros hoje é comemorado o dia do diretor escolar.

Outrora, a função do diretor era administrar, dirigir uma escola. Carregava-a nas costas com a ajuda do vice.

O tempo passou e muita coisa mudou no mundo. O diretor continua sendo diretor, mas quase ninguém o chama de diretor nem administrador. É gestor pra ali, é gestor pra acolá. 

Ouvi muito sobre o assunto, mas ainda continuo sem entender direito. 

Tenho uma vaga noção do assunto. Há quem diga que o diretor dirige e o gestor faz um gesto, apontando os problemas. O gestor tem uma equipe pedagógica que conduz a escola.

Em tempos em que não se fala mais em ensino, mas em educação, também não se fala mais em diretor como antigamente. Agora é gestão.

COMÍCIO

"Assim se denominavam as grandes assembleias realizadas em praça pública, e nas quais os gregos e romanos discutiam os assuntos de interesse nacional. Quando o povo também tinha o direito de votar, resolvendo assim os casos políticos da cidade em plena praça pública, os comícios se chamavam plebiscitos." (Enciclopédia Brasileira Globo, volume 4).

DICIONÁRIO DA POLÍTICA

Tchan: Foi um hit nos meados dos anos noventa, que estendeu-se até a política e serviu como paródia para muitas campanhas. 

"Segura o tchan, amarra o tchan, segura o tchan, tchan, tchan, tchan, tchan."

Em 1996, o tchan era do lado de Rosvaldo Medeiros. O tererê, de Amarildo Martins. "O que é o tererê?"

Tchan e tereré não têm significado algum definido.

CORINTHIANS

Palavra certa - O nome do tradicional e mais popular clube paulista é Corinthians - sem acento e com th. 

O nome completo é Sport Club Corinthians Paulista. 

Informações do gramático e lexicógrafo Luiz Antônio Sacconi.

PROVÉRBIO

Fama sem proveito, dá dor no peito.

quarta-feira, 11 de novembro de 2020

DICIONÁRIO DA POLÍTICA POLÍTICA

Desvio de função : É uma prática geralmente dos vereadores. Começa nos comícios ou no embate corpo a corpo. Algo que compete ao executivo, o vereador promete fazer e muitas vezes cumprem.

EXPRESSÃO DA LÍNGUA

Ônibus passa na porta de minha casa?

Não passa na porta porque pode derrubar. É perigoso.
O ônibus passa à porta de minha casa. Ou seja, perto de casa. 
A preposição "a" indica movimento. Na: em + a. A preposição  "em" indica algo no interior. Fácil,  não é?



PROVÉRBIO

Falar é fôlego, obrar, substância.

terça-feira, 10 de novembro de 2020

segunda-feira, 9 de novembro de 2020

SETENTA E NOVE

A chuva da tarde de hoje foi de 79mm.

FORTE

Chove forte agora em Upanema. Pouco antes de meio-dia e meia.

CHUVA POR AQUI

Dois - 2mm de chuva pela manhã em Upanema. 

O dia continua em tempo chuvoso como na época do que chamamos de inverno.

O dia promete chover mais.

MUNDO AQUI

Mesmo envolvidos numa campanha local, disputadíssima, os eleitores de Upanema torcem e comentam sobre a eleição nos States. É o milagre da globalização das informações.
O povo gosta de política. Não importa se é eleição para diretor de escola ou nos Estados Unidos.

PROVÉRBIO

Faca que não corta, pena que não escreve e amigo que não serve, que se perca, pouco importa (Gaúcho).

domingo, 8 de novembro de 2020

ENTRETENDO - EDIÇÃO DE DOMINGO

HUMOR - Dois homens carregavam um piano pelas escadas de um prédio. No quarto andar um deles resolve conferir quanto falta e então fala:

- Tenho duas notícias: uma é boa e a outra é ruim.

- Primeiro a boa.

- A boa é que faltam só seis andares.

- E qual é a notícia ruim?

- É que o prédio não é esse.

O MUNDO - O mundo está aqui através dos grande fatos. A eleição nos States é vista ao vivo aqui. E cada um torce pelo seu. Trump perdeu a eleição, mas o mundo não vai se acabar.

TEXTOS ANTIGOS - A casa do Caiçara 

O caiçara é o caboclo que vive no litoral paulista. É o mestiço que se dedica à pesca. Entre a praia e a várzea, que se estende até a orla do planalto, cresce uma vegetação que abriga as casas dos pescadores ou caiçaras.

Dispersas ou agrupadas nos cantos mais protegidos dos ventos frios do sul, as casas dos praianos comunicam-se com o mar por uma larga abertura da vegetação. 

A casa do caiçara é, em geral, de pau-a-pique, com abertura de sapé ou de folhagens. As paredes são barreadas, enquanto na parte sul do litoral, próximo ao Ribeira do Igarapé, as casas são de madeira.

O chão de terra batida, um pouco mais alto do que o terreiro, sustenta a parede central que separa um ou dois quartos da sala. No fundo, um pequeno compartimento serve de cozinha. Aí prepare-se o peixe e, em algumas casas, encontra-se a roda, a prensa e o forno para o fabrico da farinha de mandioca.

A casa do caiçara, apesar de pobre, é muito limpa, o mesmo acontecendo com o terreno que é sempre varrido. Flores e folhagens de um pequeno jardim alegram o terreiro.

Ao lado das casas nunca faltam as bananeiras brancas, o mamoeiro e um pezinho de café.  Em alguns terrenos mais enxutos, há pequenas roças onde se encontram o feijão, a mandioca e a cana-de-açúcar. Esta é transformada em garapa, com a qual adoçam o café.

Em frente à casa, as redes secam nos varais; os covos, espécie de cesto comprido para pescar pequenos peixes, espalham-se pelo chão; sobre toros, a canoa descansa.

Sentado próximo à casa, o caiçara, calmo e calado, conserta uma rede ou prepara novos anzóis, enquanto a mulher está ocupada na cozinha e os filhos brincam entre as galinhas que são criadas no terreiro. 

(Infância Brasileira, terceira série)

REFORMA ORTOGRÁFICA

No quinto parágrafo do texto acima, a palavra flores é acentuada com circunflexo no texto original. Agora e desde os anos setenta, não tem mais o acento.

No sexto parágrafo, a palavra pezinho é escrita assim: pèzinho. "um pèzinho de café". 

Antigamente, palavras como pezinho, cafezinho, somente, levavam acento grave, porque no original eram acentuadas.

ESTRUTURA DAS CASAS - Casas feitas de pau a pique eram barreadas ou ainda são. Cheguei a morar numa dessas na zona rural daqui de Upanema, no sítio Baixa do Juazeiro.

sábado, 7 de novembro de 2020

NÍVEIS DA CAMPANHA POLÍTICA

Quanto mais fica perto o dia 15, muda o nível da campanha política.

Tudo começou na fase pré. Quando ainda não eram candidatos, os atuais se apresentavam ao público como possíveis candidatos. Houve as convenções. Depois a campanha começou com reuniões, comícios, passeatas. Agora partem-se para os finalmentes. Últimos comícios e eleição no dia 15 de novembro.

PRONÚNCIA CORRETA

Subsídio

É uma das inúmeras palavras pronunciadas erradamente. Curioso é o fato que são falantes do mais alto escol.

O problema do som ss ou z - O som do segundo s deve ser como fossem dois. É como a palavra fosse escrita assim: subssídio ou subçídio.

Segundo o Aurélio, subsídio é o vencimento dos membros do legislativo.

QUESTÃO DA LÍNGUA

Ninguém defama ninguém

Isso mesmo. Não existe defamação. Ninguém defama ninguém porque simplesmente a palavra defamar não existe.

PARABÉNS PRA VOCÊS

Os parabéns hoje vão para os radialistas. 

Destaco de Upanema alguns nomes. Começo por Antônio Bezerra. Hoje fora do rádio, mas conseguia falar com uma boa desenvoltura. Não se apavorava diante do microfone como um mau jogador que quer se livrar da bola e joga para o alto.
Dequinha Bezerra fez história nas manhas da 104,9. Fazia um programa na FM com estilo de AM.
Anaximandro Eudson também foi destaque nas manhãs da 104 com programas de músicas ou entrevistas. Também não se assombrava com o aparelho em mãos.
Fabiano júnior começou também na FM local em programas musicais e esportivos. Hoje está na 95 de Mossoró e é comunicador respeitado. A cada dia cresce em sua profissão.


QUE PALAVRA!

Caradura: Cínico, sem-vergonha. (Aurélio)

Palavra rara por aqui. Usamos "cara de pau", "safado", "desavergonhado".

PROVÉRBIO

Faça o bem, não escolha a quem.

sexta-feira, 6 de novembro de 2020

DOS STATES ATÉ NÓS

Com a facilidade com que temos de comunicar, uma eleição pode ser nos States, em São Paulo, Mossoró ou aqui, e todo mundo tem interesse em torcer por alguém.

DICIONÁRIO DA POLÍTICA

Pula-pula: Do verbo pular. É a adesão na hora agar. Adesão na hora que supostamente aquele lado iria perder. "Pula, pula pra o lado de cá".
"Eles estão percebendo que o barco vão afundar..." 

PROVÉRBIO

Evitando a fumaça e cair no fogo.

quinta-feira, 5 de novembro de 2020

DICIONÁRIO DA POLÍTICA

Comício: É o ponto final das manifestações políticas. Há as carreatas, passeatas, reuniões,etc. No fim de tudo, o comício. É lá onde os candidatos e apoiadores fazem uma parte da propaganda da campanha. É o momento de todos conhecerem os candidatos e o que eles têm para dizer. Muitas pessoas não gostam de ouvir os candidatos. Bobagem! É lá onde descobrimos quase todas as intenções deles.

PROVÉRBIO

Eu sei de mim mesmo.

quarta-feira, 4 de novembro de 2020

CONVERSA

Numa conversa
Pouco se diz
Quando alguém diz que é
Tenha cuidado
Porque nem tudo que é dito
Não se pode botar fé.

A conversa bem dizida
Pode ser enganadora
Pode não levar a bom porto
Pode não ser bom sinal
E fazer um grande mal
Ao espírito e ao corpo.

PROVÉRBIO

Este mundo é redondo, mas está ficando chato. (Barão de Itararé)

terça-feira, 3 de novembro de 2020

EROS ABIÇURDOS

Entre os maiores erros absurdos na nossa língua que vejo balançando diariamente nas redes sociais, destaco os dois em um:

"Isso não tem nada haver, concerteza".

DICIONÁRIO DA POLÍTICA

Porta a porta: Uma visita quase indispensável que cada candidato deve fazer aos possíveis eleitores. Mesmo que não seja bem recebido por todos, é uma prática que faz parte do jogo. Há eleitores que não querem dispensar a visita de seu possível candidato. Outros decidem o voto somente pela propaganda, seja no palanque ou um simples pedido de um amigo.

PROVÉRBIO

Estar sempre com o olho no prato e outro no mato.

segunda-feira, 2 de novembro de 2020

VISITA

O país para para uma visita 
A quem não nos visita mais
A quem nos deixou
Há pouco
Ou há muito tempo atrás.

É uma visita diferente
Dependendo do crente
Nosso hóspede não interage
E não age àquilo que falamos
Não responde ao que interrogamos.

A visita é uma tradição
Arraigada ao longo dos tempos
É prática que consola
É um reencontro sem encontro
É presença na ausência.





DICIONÁRIO DA POLÍTICA

Campanha na feira: Distribuição de material de propaganda e conversa com os eleitores que frequentam a feira da segunda. No pingo do meio dia, os candidatos falam para a população. Muitos levam guarda-chuvas para que  suportar o calor. Geralmente dá muita gente, pois não somente os candidatos andam no meio do povo. Seus apoiadores os acompanham.

PROVÉRBIO

Estar com tudo e não estar prosa.
Morre o luxo e viva o bucho.
Morte de homem é uma só.

domingo, 1 de novembro de 2020

ENTRETENDO - EDIÇÃO DE DOMINGO

HUMOR
Imagine ontem à meia-noite entrou lá em casa um ladrão.
- E levou alguma coisa?
- Sim. Levou uma tremenda surra de minha mulher.
- Como assim?
- Ela pensou que era eu que estava chegando. (Folhinha do Sagrado Coração de Jesus, 2019)

DITADO DAQUI - Mais liso que o prato da música.

TEXTO ANTIGO - O galo que logrou a raposa - Monteiro Lobato

Um velho galo matreiro, percebendo a aproximação da raposa, empoleirou-se no cimo de uma árvore. A raposa desapontada, murmurou consigo: - Deixa estar que, meu malandro, deixa estar que já te curo! ... E em voz alta:
- Amigo, venho contar uma grande novidade: acabou-se a guerra entre os animais. Lobo e cordeiro, gavião e pinto, onça e veado, raposa e galinhas, todos os bichos agora são amigos. Desça, portanto, dese poleiro e venha receber o meu abraço de paz e amor.
- Muito bem! Exclamou o galo. Não imagina como tal notícia me alegra e me comove! Vou descer para abraçar a amiga raposa mas, como lá vem vindo três cachorros, acho bom esperá-los para que também eles tomem parte na bela confraternização.
Ao ouvir falar em cachorro, Dona Raposa não quis saber de histórias e tratou de por ao fresco, dizendo:
- Infelizmente, amigo Có-có-ri-có, tenho pressa e não posso esperar pelos amigos cães. Fica para outra vez a festa, sim? Até logo.
E raspou-se.

ORTOGRAFIA ANTIGA
Como veem, as palavras raposa e lobo não estão acentuadas. Mas na época que o texto acima foi publicada e até muito tempo depois, havia um acento circunflexo no o. Também acentuavam-se as palavras ele, este, flor, cor.

POESIA - Doce

Doces são as palavras
Que me dizes
Nos momentos mais amargosos
Da existência difícil
Que dificultaram ao extremo.

São palavras como bálsamo
Que perfuma e alivia
Como doce que endoça
O mais amargo dos amargores
Que refrigera o calor
Que ameniza a maior dor
E não a deixa mais endorecer.






POESIA

O que disse o luar Ao contemplar o luar Naquelas alturas Indaguei-o sério Sobre o que fazia Naquela longe lonjura. Apenas continuou Naquela ...