sexta-feira, 30 de novembro de 2012

GERAÇÃO DESTRUÍDA

A decepção chega ultimamente mais rápido. A desvalorização do ser aumenta. A falta de noção do que quer dizer respeito. A falta de humor quando se conta uma piada. A destruição do hábito da leitura chegou em nossa geração. 

Falta espaço para aqueles que mesmo dessa geração vivem de forma atrasada; que o livro é amigo; que os pais são importantes; que professores são mestres e não palhaços; que a escola é a nossa segunda casa; que médicos não salvam vidas e sim, Deus.

Mas me estristece quando os namorados não vivem à moda antiga; de que uma flor é um gesto de amor; que um passeio ao campo rejuvenesce qualquer ser que esteja desesperado e decepcionado. 

Não sei quem destruiu; não sei quem diz que o poeta é louco; que receber um beijo doce e amável dos pais em público é coisa de gente besta. E quando vamos mostrar aos filhos o quanto os amamos?

As pessoas mudam de uma forma inusitada. E quando vou dizer o que aprendi? E quando vou gritar para o mundo que o meu refúgio é o lápis e o papel?

Destruíram e levaram a felicidade. Roubaram sorrisos, desmascararam os amados que não têm mais espaço nesse mundo. Onde se encontram as simples e doces palavras? E os gestos meigos, que fala a paz, a justiça, e prega a igualdade, e nos dias de chuva é um dia de cinzas; que o velho perde forças e que os jovens destroem-se a si mesmo.

(Aline Mendonça é aluna da 2ª Série B, Ensino Médio, do Calazans Freire)




quinta-feira, 29 de novembro de 2012

E POR FALAR EM NUVENS

As nuvens amanheceram encobrindo o astro-rei, o popular sol, aquele que é o centro, digo, o que digamos que seja o centro, o que ao seu redor rodeiam planetas.

Elas parecem ser a esperança, ou sinal de esperança para quem gosta de ver as águas derramarem no solo, frutificando a semente e germinando as plantas.

Elas nos dão sinal de que algo vai acontecer ao sertão seco, de muitos meses.

Elas não são feitas de algodão, tenho certeza. Agora, de que elas são feitas, aposto que pouca gente descobriu.

UM DIA

"Um dia me disseram que as nuvens não eram de algodão". (Engenheiros do Havaii)

quarta-feira, 28 de novembro de 2012

NOMES

Ou os nomes dos secretariáveis estão sendo escolhidos de forma bem discreta ou eu sou desinformado mesmo.

É provável que a alternativa b seja a verdadeira.

terça-feira, 27 de novembro de 2012

PRIMEIRA EDIÇÃO

Publicamos ontem a primeira edição do blog ENTRETENDO em papel. Quem quiser uma cópia, é só procurar em Erivan Cópias, no Mercado Central.

Divulgaremos principalmente o que temos de bom, como a poesia, a crônica local, etc. Se sobrar espaço, poderei relatar fatos da política local, principalmente do passado.


UMA NOITE NO DESERTO

Uma noite parada, um frio triste e solitário, minhas mãos geladas, o amor que não se firmou.

Minhas noites infelizes, o mal cheiro que não saiu de minha mente, por que, noites, voc~e só vem para atormentar? Fica quieta, pelo menos para me acostumar. 

Meu sorriso que não volta, meu olhar que não se volta para esse paraíso existente. A luta pela volta que não tem volta, queria você sempre, mas certos momentos permitem que fique só. 

Essa tal invalidez que ainda é válida; essa tal tristeza, voltar outra vez por essas ruas tão desertas; esses sonhos melancólicos; essa vida sem destino nesse tal desatino, que saga pesada que não tem controle, que a morte ameaça os dias; que belas margaridas estão extintas nesse infeliz jardim que até o beija-flor desistiu de sugar o néctar. 

As flores não suportam e todas murcharam; os rios não aguentaram e apenas se transformaram em poças d'água, e minhas lágrimas secaram e não pude mais chorar. 

Mas sabia que meu coração morria por dentro; que o sono já não mora dentro de mim. E é como dizer: Oh, noite infeliz! Infelizmente o amigo é o eco. Os anos passarão e a vida parou. Aqui nessa noite no deserto eu pude descansar, mas o coração continuará morrendo por dentro.

(Aline Mendonça, estudante da 2ª Série B, do Calazans Freire)

segunda-feira, 26 de novembro de 2012

TEMPOS QUENTES

Apesar de vivermos por aqui desde o nosso nascimento, não nos acostumamos com o tempo quente. O calorão do Nordeste chega a uma altura que nos parece diariamente bater recordes de quenturas.

É algo que soa com contundência a ponto de uma pessoa ontem ter exclamado:

- O que é isso?

OUTRO DESTAQUE DA FEIRA DO ALFREDO

Outro destaque da feira do Alfredo foi a apresentação dos poderes constituídos do país. 

Eles tinham dificuldade em explicar visto que muitos não convivem com a mídia, apesar de assistirmos diariamente na TV notícias sobre a presidência, os governos estaduais e municipais, no poder executivo e escândalos e mais escândalos nos demais poderes. 
 
Na TV, o fraco da maioria dos alunos é o futebol, o filme, a novela. Mas mesmo assim, eles deram conta do conteúdo. Tenho certeza de que eles não saíram do mesmo jeito que entraram.

AGRADECIMENTO

Recebi um grupo de alunas da Escola Alfredo Simonetti a fim de que eu respondesse a algumas perguntas sobre o meu ofício de escrever.

Qual não foi minha surpresa quando vi aquela homenagem sobre a minha passagem pelas letras upanemenses, no Jornal de Upanema e e pela publicação do dicionário upanemês.

Agradeço a todos que lembraram do meu nome. Faço, porém, uma ressalva: há outras pessoas que também contribuíram com as letras de nossa cidade. Se formos comentar, duvido que não direi numa sentada.

ANÁLISE SOBRE A FEIRA DE CIÊNCIAS DO ALFREDO

Como eu dizia no dia da feira, esse tipo de atividade escolar é sempre positiva. 

Estive lá e vi a empolgação dos meninos, num esforço de repassar os conteúdos que estudaram para passar para os visitantes. Havia uns que era mesmo muito meninos a ponto de não saberem se expressar.

Mas não tirou o mérito deles. Estavam com a mão na massa, no centro, sentindo na pele o trabalho de um professor: preparo da aula e explicação. E ainda por cima, em pé. 

Reaproveitamento

Um dos trabalhos , muito simples, por sinal, foi a banca de artesanato que discorria sobre o  reaproveitamento das sobras dos tecidos. Eles me mostraram que os tecidos que sobram das roupas servem para fazer boneca de pano, colchas, tapetes e pegador de panelas. Nada mais óbvio, mas muitas vezes nos passam despercebidos.

O cinema

O cinema foi o mais concorrido, a meu ver. As pessoas faziam fila para assistir à uma sessão de dez minutos mais ou menos. Lá era exibido o trabalho do grupo de idosos "Dois Irmãos", dirigido por Geraldo Magela.

Positivo o trabalho da feira, porque o colégio recebe a comunidade para assistir a uma aula diferente.

 




domingo, 25 de novembro de 2012

SONHAR É VIVER


As noites passam rápidas, mas às vezes não. Quando se sonha, realiza-se mais uma de nossas atividades que tem o dever de todos os dias serem realizados. Quando se sonha com o que nos sentimos bem, temos a sensação de  que o dia foi satisfatório. Realizar sonhos em realidade é viver o interior de si; é viver seu próprio eco; é olhar o outro como o seu irmão; é abrir novas portas em nossas vidas. 

O sonho tem a capacidade de tornar um quadro triste em felicidade; quem sonha guarda um grande gênio que nenhum ladrão conseguirá roubar. Uma criança chora por não sonhar o presente tão esperado. Mas o sonho tem a obrigação de trazer um dos seus sonhos sem que precise chorar aos seus pais. O sonho realiza o desejo de ser feliz se o amor, acima de tudo, valorizar o que há de mais importante e isso se chama você.

Sonhar é jogar fora as mágoas e correr perigo em uma dessas viagens que só os sonhos te proporcionam. 

(Aline Mendoça, estudante da 2ª série do Ensino Médio da Escola Estadual José Calazans Freire)

sábado, 24 de novembro de 2012

EDIÇÃO EM PAPEL

Vai sair em breve uma edição experimental do blog ENTRETENDO em papel.

Claro, que não existe blog em papel. Também não é jornal. É apenas para manter o "vício" de escrever para alguns leitores que não têm acesso à internet.

A publicação manterá a linha de contação de histórias, dicas de leitura e incentivo desta. Não tem pretensão de fazer estardalhaço. Somente algumas linhas para entreter os leitores.

sexta-feira, 23 de novembro de 2012

NOTA INFERIOR À MÉDIA NACIONAL DO ENEM

"Resultados por escola do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2011, divulgados ontem pelo Ministério da Educação (MEC), mostram que 92% da escolas estaduais tiveram nota abaixo da média geral do Brasil na prova objetiva. As redes estaduais concentram a maioria dos estudantes de ensino médio do País.

O resultado dos estudantes das redes estaduais evidencia a crise que o País enfrenta no ensino médio público, com currículos defasados e pouco sedutores, altos índices de evasão e baixo desempenho em avaliações. O cenário é praticamente o mesmo em todos os Estados, que não conseguiram registrar 20% das escolas com notas acima da média nacional."

(Do Estadão)

Comentário: Será que o motivo é esse mesmo, relatado pelo jornal Estadão? Currículos defasados e pouco sedutores, altos índices de evasão e baixo desempenho em avaliações.
Concordo com os dois últimos motivos. Quanto aos dois primeiros, não.

Será que os currículos são mesmo defasados ou a prática pedagógica e a exigência dos conteúdos não estão adequadas, assim como parecem ser nas escolas particulares?

QUE PALAVRA!

Cafarnaum Lugar de tumulto e desordem. Confusão. (Dicionário escolar da Academia Brasileira de Letras)