A decepção chega ultimamente mais rápido. A desvalorização do ser aumenta. A falta de noção do que quer dizer respeito. A falta de humor quando se conta uma piada. A destruição do hábito da leitura chegou em nossa geração.
Falta espaço para aqueles que mesmo dessa geração vivem de forma atrasada; que o livro é amigo; que os pais são importantes; que professores são mestres e não palhaços; que a escola é a nossa segunda casa; que médicos não salvam vidas e sim, Deus.
Mas me estristece quando os namorados não vivem à moda antiga; de que uma flor é um gesto de amor; que um passeio ao campo rejuvenesce qualquer ser que esteja desesperado e decepcionado.
Não sei quem destruiu; não sei quem diz que o poeta é louco; que receber um beijo doce e amável dos pais em público é coisa de gente besta. E quando vamos mostrar aos filhos o quanto os amamos?
As pessoas mudam de uma forma inusitada. E quando vou dizer o que aprendi? E quando vou gritar para o mundo que o meu refúgio é o lápis e o papel?
Destruíram e levaram a felicidade. Roubaram sorrisos, desmascararam os amados que não têm mais espaço nesse mundo. Onde se encontram as simples e doces palavras? E os gestos meigos, que fala a paz, a justiça, e prega a igualdade, e nos dias de chuva é um dia de cinzas; que o velho perde forças e que os jovens destroem-se a si mesmo.
(Aline Mendonça é aluna da 2ª Série B, Ensino Médio, do Calazans Freire)