terça-feira, 27 de novembro de 2012

UMA NOITE NO DESERTO

Uma noite parada, um frio triste e solitário, minhas mãos geladas, o amor que não se firmou.

Minhas noites infelizes, o mal cheiro que não saiu de minha mente, por que, noites, voc~e só vem para atormentar? Fica quieta, pelo menos para me acostumar. 

Meu sorriso que não volta, meu olhar que não se volta para esse paraíso existente. A luta pela volta que não tem volta, queria você sempre, mas certos momentos permitem que fique só. 

Essa tal invalidez que ainda é válida; essa tal tristeza, voltar outra vez por essas ruas tão desertas; esses sonhos melancólicos; essa vida sem destino nesse tal desatino, que saga pesada que não tem controle, que a morte ameaça os dias; que belas margaridas estão extintas nesse infeliz jardim que até o beija-flor desistiu de sugar o néctar. 

As flores não suportam e todas murcharam; os rios não aguentaram e apenas se transformaram em poças d'água, e minhas lágrimas secaram e não pude mais chorar. 

Mas sabia que meu coração morria por dentro; que o sono já não mora dentro de mim. E é como dizer: Oh, noite infeliz! Infelizmente o amigo é o eco. Os anos passarão e a vida parou. Aqui nessa noite no deserto eu pude descansar, mas o coração continuará morrendo por dentro.

(Aline Mendonça, estudante da 2ª Série B, do Calazans Freire)

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