domingo, 3 de abril de 2022

ENTRETENDO - EDIÇÃO DE DOMINGO

O negrinho do pastoreio 

O manto negro da escravidão cobria a terra brasileira. 

Os escravos sofriam penas cruéis impostas pelos maus senhores.

Foi nessa época de dor par a raça negra que um pequeno escravo, menino de catorze anos, se tornou o o herói  desta lenda simples, que criou um gênio e imaginou um santo. 

Muitos camponeses gaúchos creem no Negrinho, e acha possível que alguém o tenha visto subir ao céu apoiado numa nuvem luminosa, tendo do seu lado a virgem a sorrir-lhe...

Pelas estradas rio-grandenses, não é raro verem-se velas acesas sobre os moirões dos currais.

Estando a vela acesa, o Negrinho saberá que o gaúcho está aflito e irá em busca da ovelha tresmalhada.

O Negrinho conhece a imensa planície dos pampas. Ele viveu ali cuidando dos animais, feliz no trabalho que tão bem conhecia e amava. Mas um dia seu amo e senhor, estancieiro e cruel, deu por falta de um novilho. Espancou barbaramente o menino escravo e o mandou á procura da rês perdida.

O negrinho andou, andou, andou... e voltou triste, certo de receber outro castigo.

O estancieiro carrasco o recebeu a chicote. Desancou-o até que o sangue começou a escorrer-lhe pelo corpo. Depois, como se não bastasse tamanha crueldade, amarrou-o, seminu, a escorrer sangue, em cima de um formigueiro.

Passaram-se três dias e três noites.

Na manhã do quarto dia, o estancieiro resolveu ir ao formigueiro retirar corpo e enterrá-lo. 

Que viu?

O Negrinho estava vivo, iluminado com uma luz diferente, lindo, misteriosamente suspenso no meio dos novilhos.

Por entre as nuvens, a Virgem Maria, sorrindo, abençoava-o.
 
Diz o povo que o Negrinho nunca mais saiu da terra. Vive nos campos, nos rios, e nas estâncias, entre rebanhos, andando por toda parte à procura dos animais doentes e perdidos... (Pingos de leitura, quarta série - Norma de Castro Leite e Maria Angelina Generoso)

CHUVAS DE MARÇO - As precipitações pluviométricas do mês de março foram aproximadas de janeiro. Não chegaram aos trezentos milímetros, mas andaram perto.


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DEZESSEIS

Faltam apenas dezesseis centímetros para a barragem "Jessé Pinto Freire" - barragem de Umari - sangrar.