A descoberta
Partiu no começo da madrugada e não avisou a ninguém o seu destino.
Como avisaria, se nem ele sabia para onde estava caminhando?
Saber, sabia, mas o que estava planejando fazer. Era uma descoberta. Para que conseguisse cumpria seu intento, precisava de pessoas que compartilhassem seu destino. E foi o que fez. Chamou dois amigos dos bons e corajosos.
O que ele queria mesmo descobrir? Esperem, que mais adiante todos vão saber.
Saiu célere, numa pressa de quem não quer perder o bonde e cumprir uma missão importante.
O caminho, além de tortuoso, havia obstáculos que os impediam de caminhar com facilidade. Era um caminho que não permitia o uso de transporte nenhum. As pernas eram o transporte único.
Adentraram a mata adentro e foram em direção do destino, guiados, é claro, pelo personagem que tinha interesse na descoberta.
Descobriu, enfim, mas sem antes ouvir os resmungos, como de costume, quando passava muitas vezes por aquele trecho.
Os resmungos e pequenos grunhidos era tudo o que encabulava nosso personagem. Daí veio a ideia de procurar descobrir o que aquilo se tratava.
Um doido, quase varrido de vez, vindo de longe, frequentava aquele local fechado de matas virgens, quase todos os dias. O nosso visitante, por ser caçador por esporte, ao passar por ali algumas vezes, não compreendia o fenômeno. Meio medroso que era, resolveu desvendar o mistério na companhia de amigos.
Por fim, desvendando o mistério, viu que o doido era inofensivo e podia continua nas suas viagens madrugadeiras e na sua louquice.
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