domingo, 6 de setembro de 2020

ENTRETENDO - EDIÇÃO DE DOMINGO

Setembro chegou com pequenas novidades: anúncio da volta das aulas presenciais para 5 de outubro; queda dos números do coisa-ruim em todo estado; retração dos fogos; não-quebramento dos canos da caern.
Não haverá programação da festa do 16. Pelo menos presencial. Acho que só.

HUMOR
No hospício

Um visitante pergunta a um  doido:
- Meu amigo, por que está aqui?
- Não sei, respondeu o doido. Eu dizia que todo mundo estava louco e todo mundo dizia que o louco era eu. Claro, venceu a maioria.

ORIGEM DAS PALAVRAS
Chefe - do latim caput, cabeça, coisa principal, que vem em primeiro lugar. O francês dá à palavra chef, o significado de cabeça. (Dicionário da Origem e da Evolução das Palavras, de Luiz A. P. Vitória)
Chefe nos faz recordar o papel do chefe político. Hoje prefere-se chamar líder. Mas dá no mesmo. Concentrarmos na figura do chefe. Chefe era aquele que arrebanhava os votos no período da campanha e no dia do pleito. Recebia os eleitores em suas casas, dando-lhes comida e passagem, se preciso fosse. Muitos dos eleitores eram compadres e patrões. Também chamavam de chefetes, num sentido pejorativo. Os chefes tinham também a função de fazer prognósticos dos números de eleitores, como as condições de eleição. Eram pontes que ligavam a deputados e outras lideranças do Estado. Substituíam os institutos de pesquisa. Eram dados pé no chão. Assim, não podiam exagerar na maioria, senão, além de estarem enganando a si mesmos, estariam  enganando os seus chefes superiores. 

LINGUAGEM CERTA
Houveram muitos protestos. 
Aliás, houve muitos protestos. O verbo haver, quando significa acontecer, não varia.

TEXTOS ANTIGOS
Surge a imprensa

No dia seguinte Dona Benta começou sossegando a menina.
- Não temos guerra hoje, nem gente queimada viva. Vou contar a história da imprensa, inventada pelo Senhor Gutenberg depois de já ser muito velha na China. Até o aparecimento desse homem não existia no Ocidente um só livro impresso, um só jornal, uma só revista. Estamos hoje de tal modo acostumados aos livros, ao jornal e à revista, que nos parece impossível que assim fosse.
Os livros que existiam eram todo feitos à mão, ou manuscritos. Ora é fácil de compreender como isto os tornava caros. Só os reis e a gente muito rica podiam dar-se ao luxo de ter alguns. Uma Bíblia, por exemplo, custava tanto quanto uma casa. Por esse motivo as que havia nas igrejas, às ordens de quem as quisesse ler, eram presas a argola por meio de correntes de ferro. Medo de que as furtassem. Quem se lembraria atualmente de furtar uma Bíblia, hoje que os propagandistas andam a distribuí-las pelo mundo, de graça e aos milhões?
Tudo iria mudar, porém. Em 1440 o tal Gutenberg imaginou o meio mecânico de fazer livros. Esculpiu em madeira, separadamente, todas as letras do alfabeto, formando assim tipos. Com esses tipos formou palavras. Depois passando tinta sobre os tipos e comprimindo-os contra um papel, obteve a primeira coisa impressa. Estava inventada a imprensa. O Ocidente conseguira, afinal, o meio de sair do estado de estupidez crassa em que vivia. Com o livro e o jornal impressos mecanicamente, aos milheiros e por preço ao alcance de todos, quem é ignorante hoje é porque quer. Meios de iluminar o cérebro não faltam.
Em 1440 Gutenberg imprimiu na Alemanha o primeiro livro - uma Bíblia em latim. Na Inglaterra o primeiro livro impresso, sabem qual foi? Um tratado sobre o jogo de xadrez, feito por um tal Caxton!...(História do mundo para crianças - Monteiro Lobato)

PROVÉRBIO DAQUI
Mais difícil que enterro de anão.

POESIA - Ainda bem

Ainda bem que estás
Bem pertinho de mim
Para segurar minha mão
Quando eu sofrer empurrão
Vindo de frente ou de trás.

Tens para mim um valor
Indescritível até
Vivo tranquilo e sossegado
Por estares ao meu lado
Com alegria e amor.

Ainda bem que estás
Sempre com muita atenção
A tudo o que faço
Salvas dos meus embaraços
Mais que isso não quero mais.

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