terça-feira, 15 de outubro de 2024

ENSINAR E EDUCAR: THAT IS THE QUESTION!

Sempre quando chega o dia do professor, é a mesma conversa: todo mundo valoriza sua função importante na sociedade, que deveria ganhar mais, ser mais visto, et cetera coisa e tal.

Uma coisa que ocorre nessas falas é o fato da distância entre o falar e o fazer. É no palanque político que o que se diz não condiz com a prática. Se dão tanto valor, por que não mudam o quadro caótico do ensino, seja no pecuniário, seja no pedagógico?

No pecuniário, seria mais fácil se os governantes pusessem em prática o que está na lei. No pedagógico é muito pior, se considerarmos a questão conceitual: o professor é pago para ensinar ou educar?

Hoje em dia, o ensino é colocado em segundo plano. Senão vejamos a política educacional vigente. Temos secretários e ministros da educação e não do ensino.

Já tivemos o Brasil como pátria educadora e não ensinadora. Isso é prova que o ensino é posto em segundo ou nenhum plano. Temos até patrono da educação e não do ensino. Ele mesmo se dizia educador. Poucas vezes era apresentado como professor.

Já no Pisa

O Brasil ficou entre os 15 piores na avaliação do Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa) sobre criatividade divulgada nesta terça-feira pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). A liderança, assim como linguagens, matemática e ciências, ficou com Singapura. 

O Pisa define o pensamento criativo como "a competência para se envolver produtivamente na geração, avaliação e melhoria de ideias que possam resultar em soluções originais e eficazes, avanços no conhecimento e expressões impactantes da imaginação" e afirma que ele pode ser desenvolvido por meio da prática e que pode ser demonstrada em contextos cotidianos.

Fazem a prova alunos entre 15 anos e 3 meses e 16 anos e 2 meses na época da avaliação que completaram pelo menos seis anos de educação formal. No teste, os estudantes tiveram 1 hora para responder a 18 questões, que avaliaram quatro dimensões:

Expressão escrita: envolve comunicar ideias e imaginação por meio da linguagem escrita;
Expressão visual: envolve comunicar ideias e imaginação por meio de uma variedade de diferentes mídias;
Resolução de problemas sociais: envolve compreender diferentes perspectivas, atender às necessidades de outras pessoas e encontrar soluções inovadoras e funcionais para as partes envolvidas;
Resolução de problemas científicos: envolve gerar novas ideias, projetar experimentos para investigar hipóteses e desenvolver novos métodos ou invenções para resolver problemas.
Em uma das questões, os estudantes foram apresentados a uma pintura, e o item pedia para que eles escrevessem três títulos para a imagem. Em outra, eram apresentadas quatro imagens formando uma história em quadrinhos e o aluno precisava criar os diálogos.

A maioria dos 12 países que superaram a média da OCDE em pensamento criativo também superaram a média em matemática, leitura e ciências. Apenas Portugal obteve um desempenho acima da média da OCDE em pensamento criativo (34 pontos), mas não significativamente diferente da média das outras provas. (Da revista Exame em 18 de junho de 2024).

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PROVÉRBIO

A paixão é má conselheira.