domingo, 5 de abril de 2009

TEXTOS DE DOMINGO

A HISTÓRIA DE PURAQUÉ

Poraquê é “peixe actinopterígio, caraciforme, electroforídeo (Electrophorus electricus), da Amazônia, de coloração negra tendente ao chocolate-escuro, salpicada de pequenas manchas amarelas, vermelhas ou branco-sujo, corpo alongado, cilíndrico, e provido apenas de nadadeira anal, que percorre grande extensão do abdome.”
Mas não é de peixe que quero falar. É de um personagem de carne e osso, daqui, cujo nome lembra o peixe. Ele era conhecido por Puraqué. Vou tentar reproduzir a história que me contaram.

Um senhor daqui contratou Puraqué para levar um gado para um comprador na cidade de Areia Branca. A viagem foi muito cansativa. Só foi chegar lá no segundo dia. Morrendo de fome, esperava que oferecessem alguma comida.

De repente alguém, lá dentro, chama: “Puraqué, chegue comer”! Era o que ele queria. Correu pra cozinha. Percebeu que chegou igual com um cachorro. Não disse nada e voltou desconfiado e com fome. De acanhado que era, não disse nada e enfrentou mais um tempo sem comer nada. Passaram-se as horas e as tripas roncando. E ele calado, desconfiado e com fome. Mais tarde, talvez no jantar, a dona da casa chama lá dentro: “Puraqué!” Não agüentando mais a fome, foi decidido a esclarecer o que estava ocorrendo. Quando chegou na cozinha, o cachorro, seu xará, estava ao seu lado pra comer de novo. Ele aproveitou a oportunidade e disse à dona da casa que também era conhecido pela alcunha de Puraqué. A mulher desculpou-se e forneceu também pra ele um bom jantar.

Júnior de Nezinho e da professora Rosa, que me contou esta história, concluiu dizendo que o nosso personagem voltou da viagem de barriga cheia e ainda trouxe queijo, rapadura e outros mantimentos.

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