quinta-feira, 15 de abril de 2010

A BR 110 E O EMPANEMAMENTO

"Isso a

qui é Upanema".

"Aqui as coisas não mudam e não melhoram."

"Aqui nada vai pra frente".

Todas essas frases fizeram parte do repertório esculhambatório de cidadãos upanemenses do passado quando desabafavam e diziam que o progresso nunca iria nos alcançar.

Se formos localizar o tempo desses desabafos, poderíamos dizer que foi mais intenso há quinze anos passados.

Naquela época a cidade vivia um tempo de atraso em todos os sentidos. Não havia uma ação governamental em qualquer área da esfera executiva que a gente pudesse se orgulhar.

Aos poucos, novos horizontes se abriram e começamos a respirar melhor.

A construção da barragem deu um impulso de qualidade na economia do município.

Quando ninguém esperava, a cidade foi urbanizada em forma de praças, calçamentos e ginásio de esporte. Houve a reforma do mercado, ressuscitamento da banda de música e criação de um jornal e uma rádio comunitária.

O governo federal patrocinou um grande investimento na construção de casas populares. A contrapartida do poder público municipal fez com que muitos cidadãos tivessem suas casas próprias.

Quando ninguém mais esperava, o tema da construção da BR 110 volta a ser o centro das discussões em todas as rodas de conversa.

Desacreditada, a classe política local e estadual tiveram que arregaçar as mangas e fazerem alguma coisa.

Vieram aqui e prometeram, prometeram e prometeram, sob a mira do povão que escutava atentamente as audiências públicas e lançamentos de editais.

O quadro está mais ou menos estável. O conceito da classe política não é o mesmo de pelo menos cinco meses atrás.

O processo de empanemamento – termo que significa o estado da cidade que não consegue progredir – vai aos poucos sendo desfeito.

Daqui a alguns dias, teremos mais movimentação na cidade a respeito da novela BR 110. O que resta é acompanharmos sem paixão o que pode acontecer com a evolução do empanemamento. Se desempanemamemos de vez ou se ficaremos ainda empanemados nesse item.



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TRINTA E UM

Trinta e um centímetros é o que falta para a sangria da barragem "Jessé Pinto Freire", a conhecida barragem de Umari.