domingo, 4 de junho de 2017

MILTON MAQUES ENTREVISTADO NO JORNAL DE UPANEMA

Continuação da entrevista do doutor Milton Marques:

MM: Lá em João Pessoa, quando terminei o científico, fiz o vestibular de medicina e tive a sorte de ser aprovado. No quarto ano, eu comecei a me interessar por psiquiatria graças ao professor Heronildes da Silva. Resultado: quando abriu o concurso para fazer residência na USP em São Paulo, uma concorrência violenta, eu consegui passar. Foi outra grande vitória que achei em minha vida. Passei um ano fazendo esse curso e, apesar de ter passado em alguns concursos em São Paulo, voltei para Mossoró. Não sei se por causa de minha mãe ou por causa de minha namorada Zilene que hoje é minha esposa.

Aqui em Mossoró não tinha médico psiquiatra. Então, comecei a fazer psiquiatria aqui e entendi de fazer uma casa de saúde. Naquela época, os pacientes ficavam na cadeia pública até juntar 4 ou 5 pacientes para levá-los a Natal. Eu achei aquilo um tanto animalesco e resolvi fazer a casa de saúde. Eu não tinha capital para fazê-la. Então fiz uma sociedade de 5 médicos. Alugamos uma casa no centro da cidade. De lá, depois de dois anos, eu comecei a construir a Casa de Saúde São Camilo.

JU: O senhor foi o pioneiro na TV em Mossoró. Nos fale um pouco sobre este arrojado projeto.

MM: É que eu pensava: por que que Mossoró continua tendo a mesma era só do rádio? Já faz tanto tempo que temos televisão em todo canto. Por que que Mossoró não tem? Campina Grande já tem televisão há mais de vinte anos. Eu comecei a perceber que tinha que ter uma televisão em Mossoró. Só que uma televisão aberta em Mossoró para ser paga pelo comércio local não seria fácil, pois a televisão é um produto caro. Aí foi quando eu parti para a possibilidade de ter uma a cabo. Por que a cabo? Porque uma parte pode ser custeada pelo comércio e a parte pelo usuário. Ela está começando a aparecer, a existir. Claro, que ainda está muito tímida, sem progração definida. Nós estamos construindo aqui o prédio para o canal local. Com mais três meses, a gente estará com o canal pronto. Certamente prestará um serviço melhor à cidade.

JU: Como está a expansão da TCM?

MM: A expansão da TCM está se dando. Nós hoje estamos com 22 por cento da cidade, mas até dezembro com 42 por cento. A meta agora é atingir mais três bairros grandes, ou seja, Alto da Conceição, o restante da Boa Vista com o restante do Nova Betânia e também o Alto São Manuel. Logo depois a meta é descer para o Centro da cidade. Aí você me pergunta: por que não para o Centro agora? É que nós queríamos chegar no centro da cidade quando tivéssemos condições de oferecer internet. E internet você só oferce depois de atingir 40 por cento dos lares da cidade. Esse é um princípio da Anatel.


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