A SECA DISGRAÇADA
Por Glenda Graziele e Juliana Aquino
Meu Nordeste está morrendo
Suas folhas não estão mais crescendo
Minhas lagoas estão secas
Meu gado está morrendo.
Meu sertão não tem mais vida
Meu plantel não tem mais cor
Dependo de carro-pipa
Para aguar as minhas flô.
Só me lembro de Cidinha
A minha vaquinha
Que de sede tá morrendo
Mas coitada da bichinha.
Não vejo a hora da chuva voltar
Pra os meus bicho alimentar
E essa seca acabar
Pra alegria chegar.
Quando chega o inverno
Tudo melhora
Não fica parecendo aquele inferno
Com o sol quente de doze hora.
Quando cai um pingo de chuva
E sobe aquele bafo
Nós vai correndo desesperado
Pra sapatiá no molhado.
O sertanejo se alegra
Com a bonita e bela
Tarde singela.
A partir do dia 21 de dezembro
O sertão se alegra
Todo mundo comemora
Quando a seca vai embora.
Os moleque corre na rua adoidado
Com os pés descalço
Procurando uma biqueira
Pra começar a brincadeira.
Eu quero é ver
Meu sertão florescer
Pra vida voltar
E meu sertão se alegrar.
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