segunda-feira, 23 de março de 2020

POEMA

Cai a noite

Cai a noite
Caio com ela
Procuro não acompanhar
Sua escuridão
Mas vou com ela
Acompanho até onde posso.

Luto pra ficar acordado
Resisto até onde posso
Ficar de olhos abertos.

Olho as estrelas
Não há uma sequer
Que possa brilhar
Aqui dentro.

Um grilo cricrila
Outro bichinho chia acolá
E a noite vai
Não pode parar
Seu curso é inevitável
Vou com ela
As pálpebras não podem
Mais resistir.

A cidade dorme
Não há outro remédio
Dormir.





Nenhum comentário:

CHUVA PASSAGEIRA

Agora pela tarde, uma chuva passageira, tão passageira, que há pouco o que registrar: Três milímetros.