A MELHOR COISA (Maria Eugênia Celso)
Qual a melhor, ó criança,
Das coisas todas que vês?
O mar que nunca se cansa,
A flor que o vento balança,
O ninho que a rola fez?...
O brinquedo com que brincas,
A bala doce que trincas,
O peralta do teu cão?
O livro que histórias conta,
Ou a lua que desponta
Lá no céu, como lampião?...
O sol, que da terra ao fundo,
Torna o grãozinho fecundo,
Melhor que tudo será?...
Desde o sábio mais profundo
Aos mais pobre vagabundo,
Nada é melhor neste mundo
Que a mamãe que Deus nos dá!
DE HOJE A OITO
De hoje a oito dias o país para para escolher novos administradores dos recursos públicos. Em tempos modernos, não se fala mais nisso: administradores. Somente os mais velhos que ainda teimam em expressões que não se usa mais. Agora quem cuida dos bens pecuniários são os gestores. O outro poder a ser posto lá nas alturas são os legisladores, que não são inferiores em poder. Eles também gestam as pecúnias quando propõem leis que regulam os poderes dos administradores.
Há um novo lixo na rua. Um lixo de uma época, digamos.
Tropeçamos cotidianamente nessas coisas por serem jogadas, descartadas. Cabeça, tronco e membro.
Uns jogam fora por não apoiarem; outros, por não preservarem a natureza ou terem o costume de preservarem a história estampada naquilo que agora é lixo, mas no futuro é material histórico vivo.
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