A teclagem tem prendido com suas garras um número infinito de pessoas. é instrumento de escravidão e não de libertação.
Antigamente o batimento de teclas era privilégio para poucos. Teclas duras, pesadas, que exigiam do teclador um esforço a mais. Cada batida era ouvida longe. Não dava para teclar sem que outros ouvissem. No silêncio da madrugada, imagino os escritores daquele tempo, quão barulho fazia. Os profissionais da imprensa, em cartórios e escritórios o batido era grande.
O tempo passa e as teclas foram espalhadas, socializadas para mais, muito mais gente e em forma diferente. Tecladas suaves, apenas com as pontas dos dedos uma leve batida.
A depender do aparelho, mal dá para se ouvir algum som. De datilografia passa a ser digitação - de digitu, dedo. Mas o resultado é o mesmo: produção de textos.
Tecla-se em toda parte e de várias maneiras, dependendo também do tamanho do aparelho.
Há gostos variados - variando de pessoa pra pessoa. Há quem ocupe uma mão na colher da comida e outro no teclado. E há também os que caminham e teclam ao mesmo tempo: caminhando e teclando e seguindo o povão.
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