A cruviana não mete medo. Não. Ela é inexorável com as pessoas com pele sensível. Muitos até deixam de sair cedo de casa.
Não carece medo, pois não é uma criatura que possa matar. É fria.
Não contarei mais a história do homem que ficou com medo dela pois pensava que era outra coisa. Não vou repeti-la. Apenas porei o verbete produzido por Câmara Cascudo.
Cruviana: Frio da madrugada. Friagem com ou sem neblina. Baixa brusca de temperatura. Chuva fria e fina.
Graviana no Ceará. Corrubiana em Minas Gerais. Cruviana na Bahia, interior da Paraíba e Rio Grande do Norte. O vocábulo aparece nos versos do desafio nordestino. Não conheço personalização da cruviana. Há o registro do Sr. Daniel Gouveia (Folclore Brasileiro, V, Rio de Janeiro, 1926). "Aparece a Coruviana à procura daqueles que se deitam nus". É um vento frio, que sopra de oeste, também denominado de cruviana na bacia do Purus (Acre). Será termo trazido daí pelos nordestinos emigrantes em torna-viagem? (Dicionário do folclore brasileiro)
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