sexta-feira, 2 de novembro de 2018

NINGUÉM QUER MORRER

Conta a história que um velhinho, já cansado de trabalhar, juntava lenha no mato para cozinhar o feijão.

Lá pelas tantas, começou a se enfezar com o fato de pegar o pequeno feixe de lenha e botar no ombro pra depois cair junto. Não se sustentava por causa do peso dos anos.

Numa das vezes que caiu com o pequeno feixe, começou a esbravejar e chamando a morte:

"Morte, ó morte, venha me buscar! Não suporto mais esta vida! Pra quê viver desse jeito? Em outros tempos eu juntava um grande feixe de lenha e levava pra casa. Hoje não consigo levar este pequeno feixe."

Continuou na cantilena até que a morte atendeu o chamado e se apresentou da forma mais cadavérica possível:

"Pronto eu! Me chamou"?

O velho ao ver a morte diante de si, ficou apavorado e com voz  trêmula, exclamou:

"Chamei, sim, mas para ajudar a levar o feixe de lenha!"

Nenhum comentário:

DEZESSEIS

Faltam apenas dezesseis centímetros para a barragem "Jessé Pinto Freire" - barragem de Umari - sangrar.