sábado, 13 de abril de 2019

POESIA


(Des)esperança

Esperei você por inúmeros dias
Após crepúsculos vi surgir auroras
Por vezes, madruguei na esperança
De ouvi-lo bater na minha porta.

Esperei você por muitas semanas
Fiz alguns planos, criei expectativas
No entanto você aqui não chegou
Frustraram-se minhas perspectivas.

Esperei você por  vários meses
num tempo que passou lentamente
Eram centenas e centenas de horas
Que sem piedade dividiam a gente.

Esperei você por diversos anos
Revivi todas quatros estações
Desvaneceu em mim a esperança
Alicerçada na dúvida e ilusões.

Esperei você por quase uma vida
Uma lição guardarei na lembrança
Que não se luta numa guerra perdida
E quem espera nem sempre alcança.

Júlia Costa

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TRINTA E UM

Trinta e um centímetros é o que falta para a sangria da barragem "Jessé Pinto Freire", a conhecida barragem de Umari.