Na semana que passou, quando eu divulgava nas salas o resultado do simulado do Calazans, lembrei-me me de escrever algo sobre o passado.
Não é saudosismo. Não é. Não é reivindicar coisas do passado. Não é querer que o passado esteja presente no presente.
É querer que somente as coisas boas do passado sejam implementadas no presente.
Não me conformo que a nossa universidade - UERN - tenha extinguido o processo seletivo psv e optado pelo ENEM. Ocorreu o seguinte: abriu-se uma porta e fechou-se outra.
O vestibular tem algumas magias que o ENEM não tem. Começa pela divulgação do gabarito oficial logo após cada prova. Geralmente se dava às 13 horas.
Á de Antônio, bê de bola, cê de casa, dê de dado, é de espelho. Desses, somente o b e o d faziam mais sentido a identificação da letra.
O bom era a correção porque ficávamos tensos e dizíamos "acertei!" "Ah! Errei!"
Aí vinham os pedidos de anulação pelas questões mal elaboradas.
Ao chegar o dia da divulgação, que momento mágico!
Nosso nome que ecoava e o som que rasgava pelo mundo afora. Ou pelo rádio afora.
Os jornais impressos divulgavam e eternizavam nossos nomes.
Não era bom? Para quê acabar com isso? Para quê?
2 comentários:
belas palavras xavier. Concordo plenamente.
No dia que passei no vestibular ouvi o resultado em várias emissoras. Depois vi também no jornal impresso. Na cidade era aquela alegria. As pessoas parabenizavam pessoalmente pelo resultado. Hoje perdeu a graça. Os que passam no ENEM são parabenizados primeiramente nas redes sociais. Pessoalmente, poucos.
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