Até que ponto nos pode servir a experiência alheia? Grande número de pessoas, inclusive educadores acham que podemos desenvolver uma personalidade ideal mediante a imitação de modelos ideais. Aliás, a educação tradicional é baseada na imitação, e quando dizemos educação nos referimos, não só à que em geral se ministra nas escolas, como, principalmente, à que recebemos em casa.
Pais e mestres são pródigos em apontar modelos aos filhos e alunos: "Imitem fulano; sejam como beltrano". Grandes homens, santos e heróis os mais diversos são tomados por modelos e impingidos compulsoriamente às crianças, que em geral se esforçam por imitá-los pela vida afora. Quando têm algum talento, conseguem-no mais ou menos; quando não têm talento, acabam frustradas e neuróticas.
A imitação pura e simples destrói, porque educar, até no sentido etimológico do verbo, quer dizer: trazer de dentro para fora. Instruir é acumular informações. Educar é desenvolver potencialidades. Quando a escolas e os pais instruem os seus alunos e filhos, vão bem. Fornecem-lhes elementos para que possam desenvolver determinadas atividades no meio onde vivem. Quanto mais informações específicas possui um engenheiro, mais grandiosa, ou pelo menos mais funcional é a ponte que ele constrói. Precisas informações científicas ou técnicas são indispensáveis ao cientista ou ao profissional de qualquer categoria. (Biblioteca do Saber, volume 3).
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