ARMADILHA
Por Júlia Costa
Esvaziei-me de sentimentos
Ergui muros para minha proteção
Mantive longe desejos
e vontades
Perigosas armadilhas da ilusão.
Mas tu de mim
aproximastes
Com uma voz doce me fez acreditar
Que o muro mantém a dor distante
Mas impede o amor de entrar.
Entusiasmada com tuas
palavras
Que para mim soavam como canção
Destruí os muros, demoli barreiras
Deixei livre para
ti o meu coração.
Seduzida pela grande felicidade
Que a tua companhia
me causava
Amei-te com muita intensidade
Quanto mais te tinha, mais desejava.
Porém minha alegria pouco durou
Logo mostraste tua real intenção
Quando percebestes que era amor
Viraste-me as costas, sem compaixão.
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