domingo, 18 de julho de 2010

FUTEBOL TAMBÉM É ISSO

O espetáculo a que assistimos ontem à tarde no Freirão - intolerância e pancadaria - é o retrato bem fotografado de uma das fachadas do ser humano.

Não temos o direito de nos escandalizar com aquilo, porque a brutalidade e a estupidez não é algo de outro mundo, inventada por jogadores upanemenses.

Podemos, no mínimo, dizer que o feio espetáculo poderia ter sido menos intenso se a polícia estivesse presente. Por mais "arrochados" que sejam, os humanos ainda temem os cassetetes.

Sou do tempo que a violência gratuita nos estádios, mesmo em jogos oficiais, era comum. Jogadores se agrediam, juízes eram cuspidos, torcida invadia o estádio e descia o braço no juiz, bandeirinha e nos próprios jogadores. Nunca mais aconteceu aquilo porque tomaram as providências.

Não devemos nos escandalizar porque o futebol é uma arena, onde todos disputam em suas linhas, uma vitória, tendo como alvo a ultrapassagem do adversário e finalmente o gol.

Naquele pequeno espaço, eles se tocam, sentem o hálito, como num ringue.

Assim, o que esperamos? Que a paz reine cem por cento?

Futebol não é só esporte. Futebol é guerra, jogo. É um jogo de interesses. Interesses de cada um para defender o coletivo.

Já o futebol, enquanto somente esporte, sem interesses, a coisa flui mais leve, serena.

Não defendo a violência no futebol em nenhuma circunstância, mas não mais me escandalizo com as agressões que frequentemente presenciamos nos estádios. Advogo também a punição para os agressores, porque as pessoas ainda não inventaram outra forma de amenizar a violência.

P.S.

Uma boa conversa também é uma grande aliada que educa ao lado da punição.

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