HISTÓRIA DE UPANEMA - Primeiro prefeito eleito constitucionalmente
Silvestre Veras Barbosa. Era do Partido Social Democrata -
PSD. Foi o primeiro prefeito eleito constitucionalmente. Sua eleição foi em 3
de outubro de 1954, tendo como seu companheiro de chapa João Francisco Freire
Filho. Assumiu o cargo em 31 de janeiro de 1955. Cumpriu um mandato de 5 anos.
A primeira corrida eleitoral do município para prefeito teve
a participação de três candidaturas. A vitoriosa, formada por Silvestre Veras e
João Francisco. A formada por Vicente Rocha e Luiz Vitorino, que obteve a segunda
maior votação, e Tito Jácome com Antônio Bezerra, que completaram o pleito.
Todos os candidatos a prefeito já
figuravam na política local. Tito Jácome já tinha sido prefeito de Augusto
Severo, município ao qual pertencia Upanema. Silvestre Veras tinha grande
influência na política da região, e Vicente Rocha, que encerrava seu mandato de
vereador, também naquele município, representando o então povoado de Upanema.
Apenas Vicente Rocha tinha moradia fixa no novo território upanemense. Este
figurava como favorito, porém, com a falta de entendimento político com o grupo
que apoiou a candidatura de Tito Jácome, Vicente Rocha assistiu a vitória do
seu maior concorrente, Silvestre Veras, acontecer.
A administração de Silvestre Veras e João Francisco, por ser
a primeira administração democrática, marcou uma nova etapa
político-organizacional do município. Os upanemenses puderam acompanhar mais
próximo o funcionamento administrativo de um município. Nessa época, a verba
municipal proveniente da União, era repassada anualmente e de um valor sem
maiores proporções. O outro único recurso à disposição do executivo era as
taxas arrecadadas dos feirantes por ocasião das feiras-livres e dos pontos
comerciais fixos. As obras de maior destaque desta administração foram o
calçamento do centro da cidade, formado por duas ruas principais e a primeira
quadra de esportes. A prefeitura não possuía quadro de funcionários legalmente
estabelecido, muito embora a educação e a arrecadação municipal eram de
responsabilidade da prefeitura e, portanto, os professores e fiscais eram
compensados pelo poder público.
(Do livreto "Upanema: A história dos três
poderes - de Distrito a cidade", de Inez Tavares de Mendonça e José Wilson
Tavares Bezerra)
Silvestre Veras é também nome de escola na cidade de Paraú.
Foto de Silvestre Veras em www.imagensdeupanema.blogspot.com
COSTUMES ANTIGOS
O café da manhã - O café da manhã não era café. É o título de um dos capítulos do livro "Só é velho quem quer", de Thomas Morgan, escritor estadunidense.
O depoimento que o escritor americano dá sobre sua avó é parecido com o de muitas pessoas daquele tempo entre nós e outras décadas depois, ressalvadas algumas poucas diferenças:
...Quando viviam no campo, desde crianças, alimentavam-se pela manhã cedo com um copo de coalhada, broa de milho e duas bananas maduras, indo em seguida para o campo, plantar, colher, enfim, desenvolver as atividades da época. Convém lembrar que esta primeira refeição era feita lá pelas 4 e meia da manhã, invariavelmente todos os dias. "O sol ainda não havia saído e tido era escuro quando a gente saía para o trabalho na roça", conta minha avó. "Lá pelas 9 horas, parávamos para o primeiro descanso, bebíamos muita água, comíamos algumas frutas, às vezes bebíamos café forte e voltávamos ao trabalho até às três da tarde. Quando o sol estava muito quente, nos abrigávamos com chapéus de palha, ou embaixo de árvores. Quem ficava em casa, preparava o almoço e quando chegávamos da roça, tínhamos muito apetite. O trabalho era duro e a gente comia o suficiente."
Quer saber o que a família de minha avó fazia logo após limparem a louça do almoço? Dormiam por uma hora ou mais, embalados pelo gostoso vaivém das redes aramadas na varanda. Bebês no colo dos pais, e os mais velhos deitados em esteiras no assoalho da casa. todos tiravam a famosa madorna, que nada mais era que uma gostosa sonolência, quase infantil.
Quando despertavam, o sol já estava se pondo. Era a hora de molhar as plantas na horta, jogar o último milho para as galinhas e prepararem o café da noite. (Só é velho quem quer, página 70, 71 e 73)
A MULHER COM DUPLA JORNADA - Observamos que a mulher naquele tempo já tinha dupla jornada ou mais de trabalho. Se precisasse trabalhar fora, ela ia. Testemunhei no meu tempo as mulheres ajudando os maridos na roça ou em outro trabalho, como cuidar dos animais.
VOLTA DO LATIM
Ditongos - Os ditongos que usam em latim são; ae, oe, au; poucas vezes se encontram heus, heu, eheu, ceu, seu, neu; ei dó aparece na interjeição hei. Ae provém de ai (arcaico) e oe de oi. Gramática latina para os ginásios do Brasil - José Ladislau Peter)
O ditongo é um encontro de uma vogal e semivogal ou uma semivogal e uma vogal numa mesma sílaba. Alguns ditongos em português: ai, au, ie. Caixa, degrau e série.
O latim deixou para nós falantes da língua uma herança cultural muito grande. Está viva no português histórico, dizia meu professor de latim.
HUMOR
Muito irritado após a reunião de pais e professores no colégio, o pai reclama com o filho:
- Eu faço um sacrifício enorme para pagar a sua escola e a professora me diz que dos 20 alunos da sala você é o pior!
- Pô! a situação podia ser pior, né, pai?
- Pior?!
- A sala podia ter 40 alunos!
(Seleção de Seleções)
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