sexta-feira, 25 de fevereiro de 2022

LESTE

Como está o leste? Como vive o leste? O leste não se cansa da mesmice? Quanta espera, quantos dias vividos, e o leste não sai do lugar.

Para aquelas bandas não se encontra uma novidade sequer. Um pé de novidade. Nem mão.

Parece que há só o caminho sem caminhantes nem caminhada. Só estrada poeirenta, cinzenta e e sem alegria. A alegria que falta aos morantes e transeuntes. Estes quando transitam não o fazem com a vontade bem vontade de fazer.

Falta ao leste uma coisa que escapa aos de dentro e de fora. Os que passam notam flagrantemente esta realidade. É um algo seco, com muito chão, ainda que a terra molhe todos os dias.

Seus dias passam sem que o leste assevere de seus ais, de suas agruras, de seu viver parado, issimamente parado num canto, amarrado em suas estaticidades, sem conseguir estrondear, sem extático ficar.

Quantos dias assim, quantos dias sem.

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PROVÉRBIO

A candeia morta e a gaita à porta.