Retalhos se espalham no horizonte calmo como todos os calmos dos nossos dias cotidianos.
Nossos quotidianos dias se espalham como espalhados estão nossos projetos, nossas boas e más intenções. Espalhadas estão também as vidas infrutíferas, em berços esplêndidos e também nos mais singelos.
Vidas regaladas também são passageiras como a tarde que se esvai, de segundo em segundo. De um grão de areia forma-se um monte que alteia no horizonte, soberano, admirável, esplendoroso.
Numa tarde tão linda de sol os ventos brandos aparecem de vez em quando para aliviar sua quentura natural e boa.
A noite logo cairá, altaneira. E ninguém, mas ninguém mesmo a impedirá de chegar, escurecer e meter medo nos medrosos e agasalhar, com seu silêncio e escuridão, os que querem dormir dignamente.
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