sexta-feira, 30 de maio de 2008

ELEIÇÕES 2008

QUEM NÃO PODE SER POLÍTICO

Transcrevo parte de um artigo de Dom Aloísio Roque Oppermann scj, arcebispo de Uberaba, MG, que fala do momento atual.

“(...)duas qualidades negativas, que tolhem qualquer possibilidade de alguém ser bom político. A primeira é a característica de extravasar o ódio em cima dos adversários. Há gente que vive motivada pela raiva, cuja conversa revolve lembranças negativas. Jamais é capaz de se deliciar com o aspecto alegre da vida, ou de ver os acontecimentos com bom humor. A sua ocupação é demonstrar ódio pelo semelhante e planejar a destruição e o aniquilamento completo dos seus contendores. Como político, ungido pelas urnas, continuará a fazer a mesma coisa.
O segundo perigo que acompanha um mau político, é o espírito de vingança. Seu tempo integral é voltado para a preparação de armadilhas, com as quais deseja “dar o troco” aos seus adversários. Querer “dar tombo”, “passar a perna”, “enviar uma lembrança”, perseguir os amigos do adversário, premiar seus inimigos, e até usar de forma indevida a Lei da Corrupção Eleitoral, tudo se torna lícito. Enfim, o vingativo vive num mundo sórdido de querer dar umas boas risadas, e de sentir um prazer mórbido ao ver suas vítimas gemerem no pó da humilhação. Tais candidatos não podem receber o beneplácito dos cidadãos, porque, elevados ao poder, vão reduzir a pó os melhores servidores do bem público, e distinguir com favores públicos os piores elementos da sociedade. Ser político bem sucedido, e ser pessoa votada ao ódio e à vingança não é a mesma coisa. Basta olhar para o exemplo de vida de Tancredo Neves e de Juscelino Kubitschek.”

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PROVÉRBIO

A candeia morta e a gaita à porta.