sábado, 20 de dezembro de 2008

PROJETO

PROJETO ENVOLVE A COMUNIDADE E REAFIRMA CULTURA NORDESTINA

Em roda, numa sala de aula da Escola Estadual Hegésippo Reis, em Natal (RN), 50 crianças de 7 a 11 anos escutam atentamente as histórias contadas pelos pais, avós, tios, amigos e professores. É mais uma das oficinas do projeto “Lugares Onde Moram as Palavras”, que ao longo de 2008 promoveu 36 encontros e resultou na série “Histórias Contadas” – uma coleção de cinco folhetos de cordel, livrinhos em papel simples, com textos cheios de rimas e ilustrados por xilogravuras, escritos e desenhados pelas próprias crianças.“A idéia principal era envolver toda a comunidade e promover a leitura. Por meio dos encontros, as crianças escutavam as histórias e as mais significativas e engraçadas foram transformadas em folhetos. A literatura de cordel é um gênero que está muito enraizado na nossa cultura e foi escolhida por ser uma literatura simples, com uma sonoridade que agrada as crianças e é facilmente encontrada em todo o nordeste, principalmente no Ceará, Pernambuco e Rio Grande do Norte”, diz a coordenadora pedagógica do projeto, Cláudia Santa Rosa.

As oficinas tiveram início no começo de março e se estenderam até outubro, no contra turno escolar. As aulas eram sempre relacionadas à literatura de cordel, explorando a leitura, a escrita e as xilogravuras do gênero. Os educadores atuaram como mediadores, auxiliando nas pesquisas e na seleção dos textos. “Um trabalho extremamente enriquecedor, pois indiretamente as crianças ampliaram seus repertórios. Elas pesquisavam sobre o tema, buscavam nos dicionários palavras e sinônimos e aprenderam o valor da tradição oral registrando as narrativas”, explica Claudia.
Após a finalização dos cordéis, aconteceu o lançamento da coleção e 160 escolas públicas de Natal, do 1º ao 5º ano do Ensino Fundamental, receberam as publicações para estimular os educadores a explorar o gênero em sala. O projeto é resultado da parceria entre a ONG Instituto de Desenvolvimento da Educação (IDE), o Instituto C&A e o Banco do Nordeste do Brasil e tem previsão para novas turmas em 2009.

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TRINTA E UM

Trinta e um centímetros é o que falta para a sangria da barragem "Jessé Pinto Freire", a conhecida barragem de Umari.