DO MEU CADERNO
Revirando umas anotações do passado, leio o seguinte:
“No dia 20 próximo passado a categoria dos trabalhadores em Educação, em assembleia, tanto em Mossoró quanto em Natal, decidiram acabar o movimento grevista. Não houve ganho substancial para a categoria, mas houve um ganho político. Essas foram as palavras da representante do SINTE-MO. O desgaste não foi só da parte dos educadores, mas também do governo.
Historiando o início: o governo ia dividir o aumento de 140% em quatro vezes. Com as negociações, chegou a somente duas parcelas e mais 10% em julho e mais 10% em agosto. E ainda a não punição para os grevistas. A greve ainda é salutar, apesar de muitos não pensarem dessa maneira.”
O texto entre aspas foi escrito no meu caderninho em 23 de maio de 1991. Como veem, ele está descontextualizado tendo em vista que a greve do Estado recente já terminou há muitos dias.
Quero, ainda contextualizar o texto acima. Naquela época, o governo do Estado era José Agripino, eleito em 1990. Outra coisa que podemos observar é que naquele tempo as percentagens de reivindicações eram bastante altas por causa da inflação galopante.
Observemos, também que nada mudou nos governantes. O que diferencia do resultado daquela greve é que houve algum ganho. E agora, que eu saiba, saímos quase de mãos vazias.
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