sexta-feira, 15 de maio de 2009

PARA QUEM AINDA NÃO VIU- EDIÇÃO DAS MÃES DO JU IV

VOZES DOS SAPOS


Se a gente prestar atenção ao canto dos sapos e se ligar numa frase, escutaremos direitinho aquilo. Na época em que parte dos servidores do Estado estavam em greve, nós servidores de Upanema ficamos na iminência de também engrossarmos o movimento. Assim, cada vez que eu ouvia um coaxar de um sapo, parece até que ele estava dizendo: “greve já! greve já!” Ou então: “Entrem em greve, entrem em greve!” Ou ainda: “Povo frouxo, povo frouxo!”
O coaxar dos sapos foi bem retratado pelo poeta Manuel Bandeira, quando fazia critica à poesia parnasiana:

“Enfunando os papos,
Saem da penumbra,
Aos pulos, os sapos.
A luz os deslumbra.
Em ronco que aterra,
Berra o sapo-boi:
- Meu pai foi à guerra!
- Não foi - Foi! – Não foi!

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PROVÉRBIO

A consideração é inimiga dos apetites.