A notícia internacional mais comentada nesses quinze dias tem sido, sem sombra de dúvida, as manifestações dos egípcios para a deposição do cargo de presidente, o senhor Hosni Mubarak.
Mubarak, para os que têm até trinta anos -salvo os estudiosos da política internacional ou estudantes de História - era um nome desconhecido até duas semanas atrás.
Entretanto, para mim, já quase um cinquentão, Mubarak é um nome que está retido na memória desde sua entrada ao poder, no comecinho dos anos 80.
Naquela época, ávido por aprender tudo, mesmo contaminado pela ideia de que História é matéria de decoreba, e por conseguinte, sem qualquer importância, eu escutava o noticiário internacional ou raramente assistia pela TV.
Os trinta anos se passaram, sem que eu soubesse do paradeiro do presidente egípcio. Só umas poucas vezes é que via pela TV uma nota sobre aquele presidente.
Agora que ele tornou-se importante para a imprensa, dadas as circunstâncias de sua administração reprovável pela população, é que ele volta à tona, tornando-se importante, porque foi objeto de notícia por mais de duas semanas - e ainda renderá outras duas ou mais - mas tornou-se figura desimportante, porque agora, fora do poder, sairá de cena definitivamente. E só não vai sair totalmente desprestigiado porque os historiadores não deixarão de registrá-lo na história.
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