sexta-feira, 14 de outubro de 2011

QUALQUER SEMELHANÇA NÃO É MERA COINCIDÊNCIA

Já disse diversas vezes aos alunos que o futebol tem muito a ensiná-los.

Ao assistir a uma partida de futebol, aprendemos principalmente que as pessoas erram muito, mas têm a chance de melhorar. Isso vale também para os erros de arbitragem.

O futebol também ensina muito sobre a disciplina/indisciplina. Quem andar fora dos padrões do jogo, será advertido. Muitas vezes a advertência se dá pela via verbal. Outras vezes o não-verbal funciona direitinho, através de cartões, que variam entre amarelo e vermelho. O verde dessa vez ficou de fora. Que não se queixem os verdes por isso.

O não-verbal é contundente nesse sentido. Ele pode detonar um jogador, mas pode também educar. Diferentemente do que escutamos nos meios educacionais, no campo de futebol as punições funcionam, quase sempre de forma educativa. É que há teóricos que são terminantemente contra os "cartões" na sala de aula. Eles precisam urgentemente assistir os jogos, ou se assistirem, que prestem mais atenção nesse aspecto.

Uma partida de futebol nos ensina isso que falei acima e muito mais. Ensina que podemos mudar e nos emendar. Exemplo disso é o que presenciamos com o jovem craque Neymar, do Santos, que vive em dificuldades com a passagem de sua adolescência. Mas ele tem uma virtude que é de tentar mudar. Ontem ele "foi expulso após desacatar o árbitro Wilton Pereira Sampaio. Após receber inúmeras faltas durante a partida, o atacante do Peixe pediu o cartão amarelo para o adversário, mas foi ele quem recebeu a advertência. Na sequência, a Joia bateu palmas para o árbitro, sendo irônico com a decisão." (site Yahoo)

– Parabéns para você, parabéns! – disse o atacante ao ser punido.

Neymar chorou no vestiário, diz o técnico Mury Ramalho.

Com nossos alunos, coisas semelhantes ocorrem. Há até uns que têm a síndrome de Neymar. Só que com algumas diferenças:
a) Não querem mudar, nem se submeter à autoridade;

b) Muito pelo contrário de Neymar, são autoritários de carteirinha;

c) Se professor e diretor autoriário não é nada legal, imaginem alunos autoritários.

A síndrome de Neymar está presente nas nossas escolas. Só que o craque do Santos e da seleção está a mil léguas de distância deles, porque está se superando.

Quando Neymar aplaudiu o árbitro, numa forma irônica, ele foi punido. Aqui há alunos que também aplaudem o professor que não submete às indisciplinas deles. As semelhanças e diferenças estão aí. 

Neymar está tentando melhorar. Viva Neymar por isso!

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