Com a morte hoje do radialista Seu Mané, da rádio Rural de Mossoró, me faz recordar os tempos da minha infância: uma na zona rural e outra na Rua Francisco Agostinho.
Muitas músicas do meu tempo foram tocadas no programa de Seu mané. "A hora da coalhada" foi um estouro de audiência nos anos 70 e 80. O programa era um espécie de internet hoje. Tinha um quadro naquele programa que era "notas e avisos". Lá para as seis e meia, todo mundo encostava o ouvido para escutar um aviso que algum parente poderia mandar.
Lembro-me de uma notícia triste de morte de um familiar meu (contra-parente). Só que eu desconfiava da veracidade do fato. Apostei na mentira. Minha mãe acreditou e ficou com o coração na mão e a reza na boca.
Quando foi na hora dos avisos, todos lá em casa, colados no rádio, ouvimos a notícia verdadeira: a pessoa passava bem, disse Seu Mané.
Com sua maneira de comunicar, com jeito meio rude, conquistou a todos. Dizer que foi uma perda é uma tremenda frase desnecessária. Mas foi.
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