Texto publicado no ENTRETENDO de papel em 04/02:
AVENIDA
MANOEL GONÇALVES
A Avenida Manoel
Gonçalves, ao contrário da Antônio Vitorino, não é tão velha, pois Josafá
Inácio não destaca em seu livro. Apenas faz menção do Senhor Antônio vitorino
como morador da Rua Salviano Florêncio. Em 1953, ano final que abrange o livro,
a vila tinha poucas ruas.
Manoel Gonçalves era avô de Salete Gonçalves, para identificarmos
melhor. Foi Manoel Gonçalves que construiu, em anos das décadas de 20 e 30, uma
bolandeira. Bolandeira era uma pequena fábrica de descaroçar algodão. A dita
bolandeira ficava nas imediações da casa onde morei na Rua Augusto Pinheiro, 27,
que fica por trás da Rua Salviano Florêncio. Ele também foi um dos comerciantes
mais antigos, se não o mais antigo de todos. Chegou ao povoado casado em 1896,
vindo do sítio Várzea Alegre. Era casado com a senhora Chicuta. Além da
bolandeira, tinha uma casa de farinha. Teve dois irmãos que saíram cedo de
Upanema. José, que foi intendente de Macau, o antigo nome dado ao prefeito (1922).
Seu filho Albino, e também Severo (irmão de Manoel Gonçalves) foram prefeito
também.
A Avenida Manoel Gonçalves tem uma extensão longa que vai de praticamente
ponta a ponta da cidade, de Norte a Sul, ou seja, do bairro Ladeira do Sol a
Santa Paz. O Posto de Saúde, como
é conhecido hoje, naquela avenida, tem aproximadamente trinta anos. Quando
eu o conheci, era bem pequeno. Recordo-me do tempo em que ali não havia
estrutura alguma. Ou seja, quando ali era somente beco estreito. Era por ali
que passávamos, nós que vínhamos das bandas do centro ou beiço do rio.
Passávamos por ali para irmos à escola.
Ali era um caminho mais curto para
estudarmos na Escola Estadual Professor Alfredo Simonetti. Era um caminho fácil
e bom. Passávamos a pé, mas com corações e mentes na escola. Outros pontos mais
conhecidos, além da Unidade Mista de Saúde Raimundo Cândido(posto de saúde) estão
a Escola Estadual Professor Alfredo Simonetti, o comércio de Seu Olegário, de
Artemízio, e as lanchonetes de Lúcia, Jeremias e Fernando.
Um comentário:
Na rua Manoel Gonçalves tinha a casa de Manezim Lopes, pai de Mundinho da ambulância, onde hoje mora João Batista.
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