domingo, 25 de outubro de 2020

ENTRETENDO - EDIÇÃO DE DOMINGO

HUMOR - 

"Qual é seu meio de vida?" "Eu tenho um cachorro." "Ora essa! E isso dá lucro?"

"Claro! O animal é muito bonito e fiel. Eu o vendo e ele volta sempre."

TEXTOS ANTIGOS - Jangadas do Nordeste

Antes de romper o dia, os jangadeiros deixam as suas choupanas, construídas entre os coqueiros da praia, e partem para a luta no oceano.
As jangadas são empurradas para o mar por meio de dois rolos de madeira. Suas velas já estão abertas, como grandes asas. Quando as jangadas começam a flutuar, os caboclos pulam para cima delas, em movimento.
O vestuário dos jangadeiros é simples e resistente. Calças de pano forte, arregaçadas até os joelhos, camisa ser tecido ralo, aberta ao peito, chapéu de palha desabado. As jangadas são feitas com cinco paus unidos, entre si, por cravos de madeira. Conduzem, além dos pescadores, o "samburá", cesto para guardar o peixe, a "quimanga", vasilha com alimentos (farinha, banana, rapadura, peixe assado), um barrilzinho com água, o "tanaçu", âncora de pedra amarrada a uma corda, remos e o "tapinambá", novelos de linhas de pesca.
Assim preparados, saem para o alto-mar, à procura de peixe. Não temem as ondas e os ventos. Enfrentam, com calma e coragem, as mais terríveis tempestades. E, após vários dias de luta nas águas revoltas de oceano, voltam alegres e felizes, com as jangadas carregadas de peixe.
Nas praias, com os olhos fitos no horizonte, a mulher e os filhos aguardam, ansiosamente, o seu regresso.
Felizmente, graças à habilidade dos pescadores, é muito raro haver um naufrágio. Eles conhecem todos os segredos do mar.
Os jangadeiros do nordeste dão a todos os brasileiros uma bela lição de coragem, de energia e de heroísmo. (Theobaldo Miranda Santos)

POLÍTICA - Resenhas
Depois das passeatas, comícios, vem a resenha no dia seguinte. São muitas histórias. As mais variadas histórias. Umas têm sentido.  Outras não.

PROMESSAS - Muitas promessas do alto do palanque, com o tempo, transformam-se em meras promeças.

POESIA - Novelo

Percebi
Que fui novelado no novelo
Dos teus fios
Quando senti-me preso
Por uma coisa
Que me apertava
Com apertos firmes
E não queria mais desapertar.

O tempo passou
Sem que o desaperto
Desapertasse meu coração
E eu pudesse ser livre
De suas apertadas algemas
Que me oprimiam
E não me fazia feliz.

As algemas desalgemaram
Mas as marcas que ficaram
Não tiraram as marcas
Que me fazem ter a certeza
De que ainda não me deixaram.






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