domingo, 14 de fevereiro de 2021

ENTRETENDO - EDIÇÃO DE DOMINGO

TEXTOS ANTIGOS

A lenda do açúcar

O avô de Paulo contou-lhe hoje mais uma das muitas lendas que conhece.

Quando a cana-de-açúcar era desconhecida, o mel de abelhas era a substância usada para adoçar os alimentos e as bebidas.

O mel era tirado das abelhas silvestres, porque ninguém fazia criação de abelhas como hoje. 

Havia na Índia muitos caçadores de abelhas, que procuravam os cortiços para extrair o mel. O chefe dos caçadores de abelhas era Neburdá, o mais hábil de todos para descobrir as colmeias e extrair o mel. Um dia, Neburdá, seguindo a pista de numerosas abelhas que encontrara, descobriu uma enorme colmeia no alto de uma árvore seca.

O caçador, pondo fogo à árvore, matou centenas de abelhas, recolheu o mel e deitou-se, ali mesmo, para descansar. Dormiu e, então, sonhou que estava cercado por milhões de abelhas que discutiam. 

Este homem é nosso inimigo; sou de opinião que ele deve ser condenado à morte, dizia uma grande abelha. 

Não, dizia outra, a sua morte não nos livrará dos outros caçadores iguais a ele. O que devemos fazer é ensinar-lhe o uso do mel de bambu com que o elefante se alimenta.

Essa ideia foi aceita e as abelhas ensinaram a Neburdá que à beira do rio cresciam uns bambus, que os elefantes apreciavam muito e que, espremidos, davam excelente mel. 

Quando acordou, Neburdá lembrou-se do sonho. Correu até as margens do rio, onde viu um bando de elefantes que comiam certas canas que cresciam ali. Corou uma delas e provou-a, deliciando-se com o suco doce e refrescante. Levou para casa um feixe de canas, que chamou, como as abelhas do sonho, de bambu de mel. 

Para guardar o caldo da cana sem azedar, o caçador ferveu-o, obtendo um verdadeiro mel, grosso e dourado como o das abelhas.

No fundo da vasilha, depositou-se a massa escura, muito doce, que se esfarelava com facilidade. Neburdá tinha descoberto o açúcar de cana. (Do livro Infância Brasileira, terceira série primária)

PAUL McCARTNEY, O LATINISTA

"Sempre foi bom latinista, mas quando eu disse que ele precisaria muito do latim, ele começou a negligenciar", testemunha o pai do ex-Beatle. (Do livro Paul McCartney, por ele mesmo)

Como todo pai, Jim queria que o filho fosse para a Universidade. Mas ele queria a música. Como bem o disse, Paul precisaria do latim por lá, visto que é uma língua importante para que conheçamos outras. Sua importância está sendo negligenciada pelos nossos maiorais da educação. O latim é indispensável para nós falantes da língua de Camões. Sinto falta dessa mãe.

PLURAL CERTO

Se bacurau é escrito com u no final, nada mais lógico que o seu plural seja bacuraus e não bacurais.

CARNAVAL

Origem da palavra: Do baixo latim, carnis levamen, prazer da carne, mais tarde estropiado para carnevale e carnaval.

A Igreja permitia que os fieis se entregassem a certos prazeres, antes de enfrentarem os rigores dos quarenta dias da quaresma. É dessa prática que derivam as orgias que constituem o carnaval moderno, sem que, todavia, se lhe siga a penitência correspondente. (Dicionário da origem e da evolução das palavras. Luiz A. P. Vitória).

Se a igreja já permitiu que os fieis se entregassem a certos prazeres, hoje não é assim. Há a alegria do carnaval e a outra a da Páscoa, a maior festa cristã.

CARNAVAL II

Não acredito que possa existir alegria em um carnaval sem haja um algo como força motriz que impulsione tanta alegria.

CARNAVAL III

Entre o carnaval e a liberdade há uma relação íntima. Em tempos passados, idos dos anos 70 e 80, a gente percebia o povão na rua, como se estivesse saído de uma prisão. Um respiro de democracia.

Agora, nesses dias, as pessoas estão ainda presas pelo bichinho invisível a olho nu e não podem pular o carnaval. Tempos diferentes!

CARNAVAL IV

Os decretos não permitem a realização do carnaval, tendo em vista as aglomerações. Então, será inevitável o embate entre a força policial e os que teimam em foliar.

NUBLADO

Mais um dia nublado. Tempo de chuva.

DIA 11 COM CHUVA

15 foi o número da chuva do dia 11, quinta-feira.

MAIS DE MIL E QUINHENTOS

O ano de 2020 foi um dos anos que mais vi chuva nesses meus quase 56 de idade. Em 1974 e 1985, foram anos similares ao ano passado. Foram mais de mil e quinhentos milímetros que contabilizei através do meu medidor do quintal.



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