Procuro você por todos os cantos, seja viela ou grande rua de beco largo.
Estás escondido ou escondendo-se de todos para que ninguém o encontre?
Será uma autodefesa das mais eficientes a ponto de o esconder-se ser a melhor tática de proteger-se contra os humanos?
Achas que o esconder - ou não te escondes? - adiará o seu confronto com as pessoas?
Ou já tenho achado, mas vivo tateando, pois só o vulto me aparece nos olhos?
Estás entre nós, eu sei, pois sinto e sentimos todos os dias o seu leve farfalhar, o seu leve zoar, chiar, às vezes.
És abstrato, também sei, mas com força concreta. Também sei que tens força para diluir ou mesmo que seja um pequeno abalar dos fatos e coisas.
És algo quem não aparece e quem faz leitores imaginar quem sois, mas não adivinhará, ainda com muitas custas.
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