Eu vou pedir à Lua
Eu vou pedir à lua
Pra iluminar a rua
Pra ver se eu encontro
O meu amor, ô, ô, ô
Você se escondeu
E eu nem sei pra onde ir
Por que você se esconde
Eu vou te procurar
Oh lua!
Oh lua cor de prata
Me diga por favor
Por onde anda aquela ingrata
Oh lua!
Me diga por favor
Se ela anda sozinha
Ou se tem um novo amor.
Na música acima, interpretada por Borba de Paula, há pelo menos dois aspectos gramaticais interessantes:
O primeiro é o uso da crase. A crase no a se dá porque quem pede, pede algo a alguém e a palavra lua admite o artigo a. Então, podemos fazer uma continha: a+a=à.
E nunca nos esqueçamos que crase não é acento. O acento é o grave.
O outro aspecto é um caso de figura de linguagem. Ocorre uma prosopopeia ou personificação. O fato de o eu lírico pedir à lua para que ilumine a rua, que diga onde aquela ingrata está e e se ela está sozinha ou se tem um novo amor, dá a entender que ele trata a lua como se fosse uma pessoa. Só gente tem esses atributos e nunca uma lua.
Todo mundo canta a música, mas são poucos os que sabem que aqui ocorreu uma prosopopeia.
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