terça-feira, 19 de agosto de 2008

FENÔMENO

MANÉ BOLA, ESTÃO ENCHENDO MINHA BOLA!

“Ei, você é Mané Bola”?
“Mané Bola, você já colocou alguma coisa no blog hoje?”
“Está com o caderninho na mão anotando alguma coisa pra botar no blog, hein?”
“Fale, sério: você é ou não é Mané Bola?”
“Não precisa negar. Eu sei que você é Mané bola!”
“Você é Mané Bola porque ele é um cara inteligente. Ele sabe das coisas.”
“Você é Mané Bola porque ele escreve muito bem, é inteligente, conhece muito os acontecimentos da cidade.”
“Não tem pra onde correr: você é Mané Bola.”
“Diga aí, Mané Bola, como vai”?
“Mané Bola, não precisa negar.”
“Procuro outra pessoa, mas não acho. Mané bola só pode ser você.”
“Eu vi você no comício de Luiz Jairo e Maristela. Você tava anotando as coisas pra botar no blog. No blog de Mané Bola que é você.”
“Você não nega que seja Mané Bola.”

Todas as falas acima são dirigidas a mim porque sou um suspeito de ser o maior fenômeno da atualidade em se falando de pessoa que está sendo procurada por todos os que acessam a internet aqui.
Mané Bola é uma figura muito artista, como se diz na linguagem coloquial. É uma pessoa de carne e osso que está conseguindo ter outra identidade, de uma forma virtual à guisa de Fernando Pessoa que tinha alguns heterônimos. O grande escritor português criou para si alguns personagens como se fossem pseudônimos, mas não eram. Ele preferiu chamar de heterônimos. Os principais eram: Alberto Caeiro, o camponês sábio.
Ricardo Reis, o neoclássico, racionalista e semipagão, e Álvaro de Campos, o futurista, neurótico e angustiado. Era como se fosse uma encarnação de outra pessoa nele. Mané Bola não é a mesma coisa, mas é parecido. Acredito que ele não é ele em todos os momentos. É tão verdade isso porque ele não aconselha nem o voto a Maristela nem a Luiz Jairo. Mas como pessoa de carne e osso ele vota em alguém e acredito que ele já tenha se decidido, tendo em vista a eleição ser muito polarizadada.
Mas quanto a defesa da minha pessoa em dizer que não sou Mané Bola, não farei isso, porque não adianta. Só sei de uma coisa: é que se continuarem me acusando de ser esse misterioso personagem, eu começarei a pensar que só eu em Upanema é que sou inteligente. Eu e Mané Bola, é claro. E não é bom colocar como parâmetro de suspeita o fato de eu ser inteligente. De inteligentes Upanema está cheio. Basta ter uma vivência e um conhecimento razoável das coisas ( principalmente na área científica) para que saiba fazer o papel do Mané Bola. Além de ter bastante tempo. E coragem também.

Nenhum comentário:

PROVÉRBIO

A candeia morta e a gaita à porta.