segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

ANO LETIVO

INÍCIO DO ANO LETIVO

Para quem trabalha na área da educação, o ano começa pra valer hoje. Para os que respiram carnaval, só acreditam que o ano iniciou depois que termina aquela festa. Eu, pelo contrário, só me tranqüilizo de verdade quando termina.

Voltando para o ponto onde iniciei o texto, referia-me ao início do ano letivo. Calazans Freire e Alfredo Simonetti recebem os alunos hoje.

Aqui com os meus botões fico pensando na clientela que vamos receber a partir de amanhã até o final do ano.

Fico pensando nas inúmeras tentativas que fiz no intuito de colocá-los pelo menos num patamar razoável de educação.

Não comungo com as idéias josiélicas, anatécicas ou cristovônicas sobre a educação. Os três adjetivos referem-se ao senador Cristovam Buarque e aos professores Anatécio e Josiel. Eles ainda apostam num modelo de educação de um modo utópico.

Também não sou um derrotista. Apenas fico meio aperreado e às vezes chateado por não conseguir fazer o negócio andar. O negócio a que me refiro é a aprendizagem dos alunos.

Vejo que temos muita ferramenta boa, a começar pelos profissionais. Outras ferramentas ótimas são os livros didáticos. Temos também livros de leituras de ótima qualidade. A estrutura física (Calazans, por exemplo) não é de se jogar fora. Temos a merenda, que não deixa de ser um estímulo.

O que falta?

Será que falta que estimule os alunos?

Será os que são interessados em estudar pra valer estão se espelhando nos maus profissionais ao invés de seguirem os melhores?

Hoje é dia de discurso. Iremos dizer a eles como trabalhamos. O que queremos deles. Que vamos orientá-los, ajudá-los na aprendizagem. Que estamos ali para levarmos o melhor pra eles.

Vamos encontrá-los bem receptivos.

Mas a partir de amanhã, Deus queira que eu erre! Até parece que nada do que foi dito antes serviu.

Fico chateado quando alguns teóricos botam a culpa só na gente.

Muito lamentável. Muito lamentável mesmo.

Apesar de tudo, vale a pena tentarmos mais uma vez.

3 comentários:

Profº Erivan Silva disse...

Paciência meu caro amigo!
Solidário ao seu comentário (ótimo, por sinal), não poderia deixar de compartilhar contigo aquilo que penso. A realidade na Educação é uma só em todo o país. Aqui, onde moro, convivo com pessoas do Sul, Sudeste e Nordeste do país. Sempre no final de ano, viajam e trazem os mesmos comentários sobre a Educação: é a "mesma" em todo lugar. Nossos alunos nada querem. Numa turma de 40 educandos, 10 no máximo, falam em estudar para a prova, para um concurso público, para o vestibular. Percebemos em seus olhos, a falta de percepção de futuro. Surgiram os supervisores, orientadores, psicólogos; cursos de aperfeiçoamento (muitos insistem em chamá-los de "reciclagem"), milhões e milhões investidos(PDE, PME, PROFIPES, ESCOLA DE FÁBRICA e outros mais.)e a coisa não anda. Sem ofença(longe de mim)a ninguém! Mas, os "críticos" da Educação precisam entrar em uma sala de aula e ficar, pelo menos, um ano com alunos para perceberem quem são, realmente, os responsáveis pelo declínio visível na Educação. Portanto, meu amigo, não é necessário mais comentário.Um abraço.

Profº Francisco Gondim disse...

Mas é bom lembrar que nosso país tem trabalhado muito para que a escola não dê certo. É só olharmos ao redor. Se estivéssemos em um país sério, já seríamos uma potência! A não ser que eu acreditasse que a mladição divina estevesse derramada com muita concentração sobre nosso país. Vocês analisem, por exemplo, que esse pessoal prega que o professor é para ser um sacerdote, incinuando que esse profissionl não deve pensar em salários. Eles querem que sejamos uns monstros (ou mesmos serpentes que não têm amor aos filhos). O profissional da educação é para amar os alunos e esquecer de amar a família. A não ser que eu esteja doido. Porque quando me dizem que eu devo comemorar o salário de miséria que ganhamos, estão me dizendo que eu devo ficar muito feliz por não poder oferecer as condições mínimas de sobrevivência aos meus filhos. Ou não é assim?
Mas voltando ao sacerdócio. Vocês conhecem alguma religião que não remunera os seus sacerdotes? Por favor me informem.

Josiel disse...

KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK

Esse homem,...
Ora Josiélico.
Ainda bem que sou lembrado por ser otimista.

QUE PALAVRA!

Burra Está aqui uma palavra conhecida de todo falante da língua portuguesa, mas somente em um sentido. No sentido mais conhecido, temos: Fêm...