De todos os carnavais que já vi, os que fiquei mais próximos foram dois. O primeiro foi na época da FM 89, em que Jorge Luiz ainda era vereador.
Naquele tempo eu fazia um programa na FM. Era o "Informativo 89". O diretor da emissora era Robson Matoso.
Por colaborar com a 89, fomos convidados a participar da caravana de Jorge Luiz, pelas ruas da cidade, de bar em bar, em cima de um transporte, todo pintado com as cores da FM. Ao descer do carro, a gente tinha bebida e churrasco de graça.
Naquele dia comi e bebi um bocado. Foi a minha primeira participação em carnaval.
A segunda, foi mais discreta ainda. Foi numa época em que eu tinha me desassembleiado recentemente. Talvez uns dois anos.
Eu passava próximo a Lanchonete do Ivan, de calça comprida, limpinho. De repente, mais que de repente, deparo-me com um rapaz de Upanema, que morava em Mossoró e que também tinha rasgado a batina naqueles dias e eu não sabia.
O menino estava com uma fome de bebida que fazia gosto. Estava com um copo de uma bebida quente – talvez um uísque. Quando me viu foi logo estirando a mão e me oferecendo. Acho que ele pensava que eu não ia beber. Mas foi engano. Não contei conversa. Peguei o copo e engoli todo o líquido de um só fôlego, diante dos olhos escandalosos do rapaz.
Quando terminei de engolir a bebida, ele não se conteve e disse:
- Tá desperado?
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